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Foto por Cláudia Vasconcelos |
O clima hoje é de Natal e não poderia deixar de resenhar um livro que abordasse essa época festiva. No entanto, devo mencionar que essa não foi uma escolha muito promissora para mim. Dentre tantos livros que abordam esse tema, infelizmente, minha seleção não foi a melhor.
A obra começa relatando sobre três anjos: Mercy, Shirley e Goodness. Elas estão em uma missão de treinar o novo anjo Will. As três se metem em confusão e arrastam o Will para o mesmo “barco”. De tanto quererem ajudar, eles acabam atrapalhando. O anjo Gabriel tenta colocá-los nos eixos, afinal, eles fazem parte de um grupo de oração e são responsáveis por ajudar as pessoas na Terra a realizar os seus desejos.
A história é engraçada, de início. Os anjos são divertidos e o livro parece ser daqueles que te faz dar risadas do início ao fim. Porém, quando os anjos resolvem descer para a Terra, sem querer, Will faz com que Lucie e Aren tropecem um no outro e eis que tudo começa a retroceder e desvirtuar a minha visão.
É noite de ano novo e as pessoas costumam comemorar. Convencida por Wendy a curtir a noite em Times Square, Lucie aceita e então conhece Aren. Ele terminou seu casamento e ainda não se conforma com a traição da esposa, contudo, sua irmã Josie o incentiva a ir dar uma volta.
Ambos estão de costas e sem querer acabam se trombando. Eles se olham e, sem emoção alguma para mim, o beijo surge mesmo sem saber nada um do outro, nem ao menos o nome. Quando a cena acaba, o repentino casal resolve perguntar os seus respectivos nomes e eles decidem ir a um restaurante para conversarem. Quando li essa parte do livro, minha maior vontade era abandonar a leitura. Contudo, meu clima natalino estava muito bom, então resolvi dar uma chance à obra. Se eu soubesse que o desfecho teria sido da forma que foi, não teria dado vazão a esse período de Natal.
Concluir a leitura foi um processo bastante difícil, embora os anjos fossem o mentor de eu querer saber quais seriam as próximas besteiras que eles cometeriam. Lucie e Aren se conheceram por um erro de Will, já que nos planos do tal anjo Gabriel eles deveriam se conhecer anos depois.
A narrativa provoca uma leitura veloz, com fácil entendimento de cada cena. Porém, o enredo em si não é cativante. O casal é clichê e, principalmente, os obstáculos e intrigas. O ponto fulminante foi a maneira que tudo aconteceu e a forma como a autora explorou o relacionamento de ambos.
Depois de horas conversando, Lucie percebe que está na hora de ir para casa e Aren resolve marcar um novo encontro. Ela decide pensar e alega que não está em um período de envolvimentos. Aren marca para eles se encontrarem após uma semana, mas Lucie nada garante de ir vê-lo. Entretando, como toda história clichê, obstáculos surgem e o encontro de ambos pode não acontecer.
Achei a capa linda e chamativa, confesso que desejei a leitura mais pela aparência do que por qualquer outra coisa. A revisão não é perfeita, mas os erros são quase imperceptíveis com exceção de um deslize da autora: no final do livro ela troca o nome de Lucie por Jocie.
Existem aqueles que preferiam ter ido ver o filme do Pelé a ter que ler esse livro, como diria Chaves; existem aqueles que gostaram da obra e acharam-na fofa. Bom, eu fico na primeira lista.
Quotes:
“Algumas pessoas parecem querer que Deus intervenha e atenda a seus pedidos sem que contribuam para isso”.
“Intenções, meu jovem, são pavimentos ao longo da estrada da morte”.