"Chorei imediatamente ao ver a minha história ali, escrita. Esperava que ela pudesse ajudar as pessoas a ver as suas verdadeiras luzes. Livres de qualquer preconceito ou julgamento desnecessário, de uma forma que apenas o amor importe. Nada mais." (AZEVEDO, Roberto. As luzes em mim, p. 187)
Fábio
“Antes de mergulhar no sono, ele refletiu - não pela primeira vez - sobre como os adultos eram curiosos. Tomavam álcool, laxantes ou soníferos para espantar os medos e conseguir dormir, mas eram medos mansos e domésticos: trabalho, dinheiro, o que a professora vai pensar se eu não vestir Jennie melhor, será que minha mulher ainda me ama, quem são meus verdadeiros amigos. Eram suaves comparados aos medos que toda criança enfrenta a cada noite na escuridão do quarto, sem esperar que ninguém a entenda a não ser outra criança. Não existe terapia em grupo, nem psiquiatra, nem assistente social para criança que tem de lidar com a coisa debaixo da cama ou dentro do porão todas as noites, a coisa que a ameaça e provoca além do limite da visão. A mesma batalha é travada noite após noite, e a única cura é a eventual ossificação da imaginação, que também se chama idade adulta.” (KING, Stephen. Salem, p.331)
Natalia
“Dá para usar o se pra um monte de coisa até enlouquecer, minha garota.” (KING, Stephen; CHIZMAR, Richard. A pequena caixa de Gwendy, p. 157)
Sissi
“Garotas como você não precisam de acompanhantes, porque tem namorado. Você precisa esquecer essa ideia” (HOANG, Helen. Os números do amor, p. 42)
“A vida pode realmente começar de novo? Você pode simplesmente virar a página do caderno que registrou sua história e começar a escrever uma nova história?”
Nem todos estão falando a verdade...
Iniciei esta leitura num momento não muito bom, então, o que eu demoraria em média 10 dias para ler, acabei demorando dois meses. No início, tudo me parecia demorado demais, lento demais. Mas acontece que não era o livro. Não era Donlea. Era eu. Estava num momento de mudanças de casa, mudança de ano, viagem agendada… E o livro eu lia nas minhas horas vagas. E quando isso acontecia? Muito pouco.
Quando tudo isso foi reduzido, a leitura engatou de uma forma que li mais de 100 páginas num dia e o que eu mais queria era saber o que tinha acontecido na história.
Vamos entendê-la:
A vida de Grace Sebold muda da água para o vinho durante uma viagem de férias com o namorado numa ilha no Caribe. Ele é assassinado e quem é a principal suspeita? Claro, a namorada. E isso custa a sua liberdade. Depois de dez anos presa, supostamente por um crime que não cometeu, surge a chance de a protagonista provar a sua inocência através da ajuda da cineasta Sidney.
Ao se deparar com a história, Sidney começa a observar que existem falhas no processo e acredita veementemente que ela pode ser inocente. Então, a moça fecha um contrato com um programa de televisão e começa a apresentar um documentário semanal, “A garota de Sugar Beach”, a respeito do crime e da condenação, questionando se realmente é o certo, se é fruto de incompetência dos peritos. Foi tudo muito rápido, a conclusão do culpado, a condenação e a prisão. Pelo fato de as ilhas caribenhas receberem muitos turistas, acredita-se que esse julgamento imediato tenha ocorrido para não espantar os viajantes.
Afinal, quem está?
“De cara me escolheram como suspeita e depois procuraram provas para respaldar sua teoria.”
Antes de findar as gravações, o clamor popular leva o caso a ser reaberto e um novo fato provoca uma reviravolta: Sidney recebe uma carta anônima alegando que essa é a pior coisa que ela já fez e que se arrependerá disso. Atônita, ela começa a investigar o passado de Grace e mais dúvidas surgem. Porém, agora tudo parece piorar para Sidney, pois o que está em risco não é tão somente a fama e sua carreira, mas a sua vida.
O intrigante na escrita de Donlea é que eu já estava rindo na cara da sociedade achando que estava linda e bela abafando por descobrir o culpado de tudo. Mas, pera aí, gente… Esse autor é tão fantástico que conseguiu tirar todas as minhas esperanças sobre os suspeitos. A narrativa é gostosa, o enredo é tão bem trabalhado que consegue enganar o mais viciado no gênero. Achei que a história tomaria um rumo estilo Rio vermelho e confesso que no início até fiquei decepcionada com isso. Porém, não tem nada a ver. N - A - D - A.
Você arriscaria a sua carreira para ajudar uma suposta inocente?
Sobre a edição:
A capa nos transmite algo bem sombrio e duvidoso, assim como o título propõe. Acredito que a cor tenha ligação com sangue, mas não achei necessária. Gosto de editoras que se preocupam em colocar o nome do livro em destaque a colocar o nome do autor e isso a editora propõe com qualidade. A diagramação é bem feita e confortável. No mais, é uma excelente junção: estética e qualidade adoráveis.
Indico o livro para quem curte ou não o gênero, tenho certeza que vai te agradar. Me deu uma saudade do autor… Preciso solicitar as primeiras obras do Donlea, torcendo ainda para que seja publicada outras o quanto antes.
E se isso colocasse em risco a sua vida?
Quotes:
“-... E nisso reside o problema com o nosso sistema de justiça; e com isso quero dizer com o sistema mundial. Podemos simplesmente nos defender contra alegações absurdas, mas o segredinho sujo é que, se a acusação quiser condenar alguém, tudo o que ela tem de fazer é apresentar as acusações mais ridículas inimagináveis, em grande quantidade, e reapresentá-las muitas vezes para influenciar o júri.” (p. 186)
“- Não sei. É tudo uma palhaçada. Sabia que a minha mesa está cheia de cartas implorando por ajuda, com cada remetente jurando que foi condenado injustamente? Sei que nem todos estão falando a verdade, mas quantos estão?” (p. 257)
Outras fotos:
Título: Não confie em ninguém (exemplar cedido pela editora)
Quando a editora me enviou esse exemplar sem que eu pedisse, achei estranho. Confesso que nunca passou pela minha cabeça ler algum livro do universo LGBTQ+, tive um pouco de receio ao iniciar a leitura, por não saber o que poderia encontrar aqui. Mas, ao mesmo tempo que eu tive esse receio, algo dentro de mim dizia que eu iria gostar, pois pela sinopse pude notar que o livro seria muito sensível. E, nesse sentido, eu não estava enganada.
O que eu não imaginava era o turbilhão de emoções que esse livro me proporcionaria e quantas reflexões me traria. Me vi devorando as páginas e sentindo meu coração ser esmagado em cada uma delas.
Vamos conhecer a história?
Marcos jamais esquecerá tudo o que viveu na cidade onde nascera. A morte do pai, a perda da visão e a despedida das pessoas que mais amava são as marcas que carregará por toda vida.
Dez anos se passaram e ele precisa voltar àquela cidade e reviver alguns fantasmas de seu passado. Aos dezessete anos, ele tem receio do que possa encontrar no primeiro dia de aula, já que está voltando para a mesma escola que estudou quando era criança.
O que ele não esperava, era que na busca por respostas do passado, ele se depararia com dois garotos de nomes iguais que despertaria em si sentimentos completamente diferentes.
Marcos é um garoto doce, gentil, mas que encontrou na grosseria uma forma de afastar as pessoas que lhe causavam mal devido a sua deficiência. Mas Maurício enxergou além. Enxergou sua alma, toda sua essência, muito além daquele garoto tímido de olhos azuis. E através dele, Marcos encontrou luz em sua vida, ainda que só enxergasse escuridão.
Eu adorei ver a construção desse relacionamento e ver como este nasceu de uma forma pura, única, livre de qualquer maldade. O autor escreve de uma forma que te faz sentir o que os personagens sentem e te faz questionar: o que há de errado nisso?
Eu fiquei impressionada pela força desses rapazes e principalmente de Marcos, por enfrentar preconceitos pela deficiência e pela sua sexualidade. O mundo está cheio de maldade e ninguém está imune, disso tenho total convicção. Mas você seria capaz de enfrentar o mundo pelo direito de ser feliz? Pelo direito de amar e ser amado? Pelo direito de ser aceito como você é?
Nada me preparou para a avalanche de sentimentos que esse livro me trouxe e pela forma como mexeu comigo e abalou todas as minhas estruturas. É um romance leve e ao mesmo tempo intenso, pois, por mais que o autor traga um tema forte, ele escreveu com tanta maestria e suavidade, que aqueceu meu coração de uma forma incrível.
Acho que essa deveria ser uma leitura obrigatória para todos, sem exceção. Para que possam refletir sobre como suas atitudes magoam os outros, sobre como devemos aceitar o outro como ele é e como todos merecem ser felizes.
Parabenizo o autor mais uma vez por essa obra prima. Eu não tenho palavras para descrever o tanto que esse livro significou para mim. Minha melhor leitura do ano até agora, sem sombra de dúvidas.
Por favor, leiam. O mundo precisa conhecer a história de Má e Mau e se apaixonar por eles tanto quanto eu.
"Chorei imediatamente ao ver a minha história ali, escrita. Esperava que ela pudesse ajudar as pessoas a ver as suas verdadeiras luzes. Livres de qualquer preconceito ou julgamento desnecessário, de uma forma que apenas o amor importe. Nada mais."
Sobre a edição: A edição está linda, com uma diagramação perfeita. Adorei a capa, achei muito sutil e ao mesmo tempo marcante.
Título: As luzes em mim (exemplar cedido pela editora) Autor: Roberto Azevedo Editora: Rico Páginas: 190 Ano: 2018
Se tem um livro que me emociona, é este aqui. Não no sentido de arrancar lágrimas, mas no sentido de me deixar orgulhosa e feliz. Já falei aqui, mas não sei se lembram… O cão dos Baskerville foi o primeiro livro que li. Na infância, eu adorava ir à escola e ouvir as histórias que os professores liam para nós.
Certo dia, uma determinada professora colocou vários livros num pano, no chão, e pediu que cada um escolhesse um para levar para casa, ler e fazer comentários na semana seguinte. Então o que mais me chamou a atenção foi esse. Na época, ele tinha capa dura e tinha a foto de um cão bem sombrio, mas que me conquistou logo de cara. Claro que a versão que li era bem diferente de agora: tinha várias ilustrações lindas no decorrer das páginas, bem típico para prender a atenção de uma criança.
Este é um livro que divide opiniões, começando aqui no Blog, inclusive. Tem aquele que ama e aquele que não vê graça alguma. Porém, querendo ou não, esta é uma das mais famosas histórias do detetive Sherlock Holmes.
E o que temos aqui? A morte de alguém muito importante, é claro. Sir Charles é dono de uma grande propriedade em Devoshire, além de possuir muitas terras, títulos e dinheiro. Ele é conhecido na região por suas benfeitorias, muito embora viva sozinho e tenha hábitos muito estranhos.
Certa noite, ele é encontrado morto e isso, para os camponeses de Devon, tem relação com uma antiga maldição de família, uma grande herança e um cão meio estranho que perseguiu a família Baskervilles por várias gerações.
Algo intriga as pessoas ao redor, afinal, as evidências sugerem que a causa da morte foi um ataque cardíaco ocasionado por medo, pois seu rosto estava distorcido, o que dava a entender que ele viu algo aterrorizante. Holmes se depara com um dos casos mais difíceis de sua carreira, até o momento. Ele, que é tão metódico, se envolve numa trama que mistura realidade e superstição.
Logo no início da história percebemos que Holmes e Watson estão analisando uma bengala que foi esquecida por alguém no apartamento do detetive. As análises de Watson não são tão precisas e certeiras quanto as de Holmes, porém, é com a ajuda delas que Holmes chega a algumas conclusões, pois ele usa dos erros de Watson, ou até mesmo de algumas observações não tão boas, para enxergar o que de fato ocorreu. Com isso, percebemos que os dois precisam trabalhar juntos, seja neste ou em qualquer outro livro. Um precisa do outro. Holmes não seria Holmes se não tivesse Watson ao seu lado.
A qualidade de Doyle é saber encaixar as palavras no lugar certo, saber colocar as pessoas e o enredo da maneira correta. A narrativa é intrigante, envolvente e a gente fica se perguntando o que raios aconteceu com Charles e o famoso cão dos Baskerville. Criamos um suspeito, construímos essa ideia e, de repente, o autor desconstrói tudo e mostra o quanto estamos errados. Isso é delicioso.
É difícil falar mais da história sem dar spoilers. Basicamente é isso que vocês precisam saber para correrem para ler. Ah! Uma coisa… Eu disse no início que as opiniões são “divididas” aqui no Blog porque um acredita que a história é meio óbvia, outros acham a história magnífica. Somos 3 votos que consideram o livro muito bom contra apenas 1 voto que o livro não é um dos melhores do autor.
Sobre a edição:
Martin Claret é chefe quando o assunto é qualidade estético. As capas sempre são as mais bonitas, a diagramação é sempre confortável. E essa nova edição do livro me deixou querendo ter todas da coleção. Claro que ela não é a mais bonita do que a que li quando era criança, até porque a versão que li era bem infantil mesmo, com várias ilustrações por toda página. Aqui não tiro o mérito, é bem feita, com relevos. Não há do que reclamar.
Outras fotos:
Título: O cão dos Baskerville (exemplar cedido pela editora)
Leon Carter vê sua vida desmoronar na sua frente: sua esposa grávida é usada como escudo de um bandido em um assalto e, por mais que nada lhe aconteça, o susto que toma é tão grande que faz sua pressão subir e ela acaba falecendo.
Os médicos tentam salvar o bebê fazendo uma cesárea de emergência, mas infelizmente uma semana depois o pequeno não resiste e Leon também enterra seu filho.
E aí nosso protagonista se muda para uma cabana no fim do mundo e vive isoladamente por três anos, fugindo de tudo e de todos para tentar esquecer a dor que toma conta do seu coração. Até ser convocado por seu pai a voltar para a cidade.
A proposta de seu pai é absurda, mas ele se vê coagido a aceitar, pois, caso contrário, este venderá a empresa e milhares de pessoas estarão no olho da rua. Leon não dá a mínima para a fortuna do pai, mas com o bom coração que tem, não consegue simplesmente negar. E então topa investigar a vida de sua cunhada, esposa do irmão caçula Alef, para saber se ela realmente o ama ou está interessada na fortuna do sogro.
Mas o que Leon não esperava era que sua cunhada Maya tivesse uma irmã gêmea que faria todo seu mundo virar. Aquela “Olhos de Gazela” de personalidade forte fez com que Leon voltasse a sentir algo há muito desconhecido.
Zayla é uma mulher forte e destemida. Sempre lutou pela independência financeira e quis ter sua vida livre, nunca esteve em seus planos se casar e constituir uma família. Até que um certo Leão entrou em sua vida e bagunçou todos os seus planos, lhe fazendo questionar se a vida solitária seria realmente algo que gostaria.
A notícia de uma gravidez pega o nosso casal desprevenido e vem trazer um certo brilho à vida desses dois. Mas o que não sabem é que nem todos que estão ao seu lado torcem pela felicidade deles e verão que a força da inveja pode colocar muitas vidas em perigo.
Um romance intenso, cheio de reviravoltas que te faz sentir um frio na espinha e torcer desesperadamente para que tudo dê certo no final, pois, nesse livro, “nem tudo que parece é”. Eu amei a experiência de leitura e foi bastante enriquecedora para mim.
Único ponto negativo que encontrei foi que, ao ser narrado em terceira pessoa, os pensamentos dos personagens se misturavam à narrativa, deixando um pouco confuso. Acho que se tivesse colocado-os em itálico, facilitaria bastante.
Sobre a edição: a diagramação é ótima, páginas amareladas e bom espaçamento. Porém, tive um problema com algumas páginas soltando no primeiro exemplar que recebi, então entrei em contato com a editora, que muito solícita, imediatamente me enviou um novo exemplar e infelizmente ocorreu o mesmo. Penso que pode ser defeito nesse lote e espero que a editora fique atenta quanto a isso. No mais, é um livro muito bonito.
Título: Leon (exemplar cedido pela editora) Autora: Angie Mello Editora: Rico Páginas: 308 Ano: 2018
Fantasia, ficção científica e fábula, uma combinação inusitada que deu muito certo.
Obs: Você irá encontrar muito a palavra “tempo” nesse texto, mas assim como ele… é inevitável.
Marcando o tempo (Sinopse)
Quando as coisas não vão nada bem e os economistas preveem uma enorme crise financeira, a família de Vitória - assim como o resto do mundo - decide se esconder em suas misteriosas caixas pretas à espera de tempos melhores. No entanto, após vários anos, a caixa de Vitória se abre e a menina se vê em uma cidade em ruínas.
Sem rumo, ela caminha por prédios e ruas tomadas por florestas e animais selvagens, até chegar à uma casa onde várias crianças se reúnem em torno de uma senhora para ouvir a história de um rei ganancioso que conquistou o mundo, mas desejava conquistar o tempo. Para poupar sua bela princesa dos dias escuros e sombrios, normais ou sem valor, ele a coloca em uma arca mágica transparente como cristal, mas tecida com uma seda de teia de aranha tão densa que o próprio tempo não consegue penetrar.
Vitória aos poucos percebe uma conexão entre sua própria história e a do reino mágico. Junto com seus novos amigos, ela precisa encontrar uma forma de consertar o mundo antes que seja tarde demais.
Aproveitando o tempo
A ilusão do tempo começa com Vitória, uma garotinha que quer apenas passar mais tempo com seus pais, seja assistindo filmes, saindo para tomar um sorvete ou algo do tipo, o importante é aproveitar os momentos juntos.
Porém, seus pais andam muito preocupados com a situação do país, coisa que se agrava com a notícia dos Economistas de que uma grande crise está por vir. A salvação é uma caixa produzida pela TIMAX onde seu tempo é preservado e você pode esperar dentro dela até a crise passar.
Essa é a solução encontrada pelos pais de Vitória assim como pelo resto do mundo. A consequência disso é devastadora, já que quando a caixa de Vitória se abre ela se depara com uma cidade invadida pela florestas, bichos e casas em ruínas. Tudo devido ao fato de todos estarem “dormindo” em suas caixas.
Vitória então encontra um garoto que a leva até uma casa habitada por outras crianças e uma senhora. Essa senhora chama-se Rosa e ela tem uma história para contar. É a história de um rei e sua filha (Obsidiana), onde o rei após fazer certas coisas (que não irei contar para não dar spoiler) fica obcecado em preservar sua única filha, bem mais precioso, protegendo-a das garras do tempo, fazendo assim com que ela saia da arca que a protege apenas em dias considerados perfeitos, para que Obsidiana não gaste seus minutos preciosos com coisas ruins.
Em um mundo cada vez mais corrido, onde a frase “tempo é dinheiro” se faz cada vez mais presente e pais passam menos tempo com seus filhos, A Ilusão do Tempo é um tapa na cara da sociedade. O livro inteiro constrói críticas em relação à como quando corremos em busca de ganhar tempo ironicamente acabamos por perdê-lo
As pessoas cada vez menos param para aproveitar coisas simples da vida. Levantamos, vamos trabalhar e ao chegar em casa já estamos cansados, restando apenas dormir para no outro dia retomar a rotina, com a desculpa de que precisamos trabalhar para ter as coisas e nos sustentar. Mas do que adianta ter as coisas se não se pode aproveitá-las? E até que ponto aquilo realmente é importante?
Muitas pessoas se apegam a bens materiais e esquecem de aproveitar o tempo com com as pessoas que estão ao seu redor. Um grande exemplo disso é o rei Dímon, que em sua busca por vencer o tempo e aproveitar suas conquistas, acaba não aproveitando os momentos que deveria passar com sua filha, sem contar a privação que provoca a jovem Obsidiana ao trancafiá-la na arca.
A loucura de Dímon é tão grande que ele não consegue perceber como vai envelhecendo enquanto Obsidiana continua da mesma forma. Fazendo um paralelo ao quanto vamos perdendo oportunidades na vida por passar muito tempo preocupado com o que não é importante.
E assim, com várias passagens marcantes, lições e reviravoltas A ilusão do tempo vai conquistando o leitor a cada página, se tornando um daqueles livros impossíveis de parar de ler até que esteja de fato finalizado. Muitos personagens cativantes em uma mistura de gêneros literários que deu mais do que certo.
Se você é criança deve ler para aprender lições de como valorizar o tempo, se você é jovem deve ler para aprender que o tempo não é tudo, se você for adulto deve ler para aprender a dar tempo ao que realmente importa e se for idoso será uma ótima leitura para pensar no tempo que passou e lembrar que ainda dá tempo sim de fazer muita coisa.
Analisando o tempo
Em relação a edição da Morro Branco eu só tenho que elogiar. Perfeita, letras ótimas, detalhes no livro de encantar, uma capa muito bonita e de quebra um marcador que vem junto com qualquer livro da editora. Para que mais?
Tempo bem gasto
E é isso. A Ilusão do tempo é um livro que no meu entendimento deveria ser leitura obrigatória para todo mundo. Um livro incrível, gostoso de ler e divertido, com uma mensagem excelente de plano de fundo contada de forma magistral. Com certeza eu favoritei esse livro e posso dizer que sua leitura é sim um tempo bem gasto.
Bjs, abraços e até a próxima.
Lições aprendidas com o tempo (Quotes)
"Às vezes é possível controlar mais ao controlar menos."
"Você acredita ter conquistado o mundo, mas eu lhe digo uma coisa: ninguém conquista o mundo se não pode conquistar o tempo!"
"De que me vale meio reino se eu não tenho tempo para aproveitá-lo?"
"Mas é possível chorar mesmo com o sol brilhando lá fora - disse ela - e rir num dia de chuva e ventania."
"Antes mesmo que você se dê conta, nós teremos mais um belo dia juntos. Não se preocupe com o tempo. Ele é só o sofrimento dos mortais."
"Mas Jako disse que é melhor ser amado por uma pessoa que você também ama do que ser venerado por milhões que você não conhece! Que valor tem um amor que não é recíproco?"
"Eu não tinha mais certeza se o mundo estava enfeitiçado ou se ele havia se livrado de um feitiço. As pessoas já o tinham destruído tanto. As pessoas estavam numa corrida contra o tempo, tentando acumular tantas coisas e tanto lixo quanto pudessem. Destruíram tudo que havia de belo e agora elas se fechavam dentro de sua própria idiotice."
Olá, leitores. É com muita satisfação que viemos anunciar que o Blog é parceiro do Grupo Companhia das Letras. Há 4 anos fazemos parte do Time de Leitores, e agora somos parceiros oficial. Este mês o Blog completa DOZE anos de existência e esse é um grande presente, sem dúvidas.
Não é de se espantar por tanta felicidade nossa, afinal, é uma das maiores editoras do mercado. A qualidade dos seus livros é algo magnífico e sem contar que a briga aqui vai ser bem grande quando tivermos Stephen King no catálogo.
Teremos muito mais resenhas da editora do que o normal, além de muitas colunas variadas e, não poderia faltar, muitos sorteios. Afinal, vocês também merecem ganhar prêmios por essa conquista.
Vamos conhecer um pouquinho sobre ele?
Sobre o Grupo
Fundada em 1986 por Luiz Schwarcz e Lilia Moritz Schwarcz nos fundos da gráfica Cromocart, que pertencia ao avô de Luiz, a editora surgiu com foco original em literatura e ciências humanas, sempre atenta à qualidade do texto, das traduções, do projeto gráfico e do acabamento em todas as etapas do processo de edição. Rumo à Estação Finlândia, do americano Edmund Wilson, foi um dos quatros primeiros títulos publicados e logo se tornou um grande sucesso; no total foram 48 lançamentos no primeiro ano. Hoje são 16 selos dedicados aos mais variados segmentos.
Ao longo dos anos, a editora selou importantes parcerias, entre elas a com os irmãos Moreira Salles, que se tornaram sócios em 1989. Em 2009, foi a vez de cruzar o Atlântico e se juntar à Penguin para lançar a coleção de clássicos universais e nacionais no mercado brasileiro. Em 2011, a Penguin adquiriu 45% das ações da Companhia das Letras. (Em 2013, a Penguin se fundiu com a Random House, criando a Penguin Random House, o maior grupo editorial do mundo).
Da junção da editora paulista Companhia das Letras com a carioca Objetiva, em 2015, nasceria o Grupo Companhia das Letras, que reúne o mais expressivo acervo de escritores e poetas brasileiros — de Chico Buarque a Jorge Amado, de Ruy Castro a Roberto Pompeu de Toledo, de João Ubaldo Ribeiro a João Cabral de Melo Neto, de Carlos Drummond de Andrade a Milton Hatoum — e um catálogo estrangeiro que prima por prêmios Nobel e pesos-pesados da literatura: Amós Oz, Fernando Pessoa, Haruki Murakami, Italo Calvino, J. M. Coetzee, Jorge Luis Borges, Mario Vargas Llosa, Oliver Sacks, Orhan Pamuk, Philip Roth e Salman Rushdie. Sem falar do grande time de autores de não-ficção, como Andrew Solomon, Daniel Goleman, Gay Talese, Simon Montefiore, Thomas L. Friedman, Walter Isaacson, Tony Judt, entre outros.
Querido por leitores de variadas idades, perfis e formações, o Grupo Companhia das Letras chega a 2016 como líder de mercado, segundo a Nielsen, congregando 1,5 milhão de seguidores via redessociais, com alcance mensal de 10 milhões de usuários pelas diversas plataformas digitais em que atua. A editora apostou desde o início no livro digital e hoje já tem mais de dois mil títulos convertidos em e-book.
O Grupo Companhia das Letras inaugurou um moderno depósito de seis mil metros quadrados em 2015, em Guarulhos (SP), e distribui seus livros em todo o território nacional, de forma rápida e eficiente. Possui também representantes de vendas nas principais regiões do país.
Seus 250 funcionários trabalham divididos em dez departamentos a fim de garantir o lançamento de cerca de 30 novos títulos por mês, sem perder de vista a ênfase na imaginação, na qualidade e na experiência de leitura que marcam cada um de seus livros.
Algumas de suas obras (cliquem na imagem para conhecerem as resenhas)
E aí, gostaram? Contem pra gente e espero que essa parceria tenha muitos frutos para todos nós.
Eu estava a caminho de um encontro, sabe? Um cara que eu conheci no Tinder.
Acontece que no meio do caminho meu celular ficou sem bateria e entrei em um bar para tentar carregar o aparelho.
Depois disso, nada na minha vida foi o mesmo.
Oi, pessoal. Eu sou a Sissi Freire e hoje vamos conversar sobre O Bar, uma produção Espanhola, Original Netflix.
Em um bar no centro de Madri, várias pessoas tomam calmamente seus cafés da manhaã Tudo muito natural e, pelo que podemos deduzir, costumeiro. Até aí, eu estava tranquila sentada na cama, comendo meu próprio pão com manteiga (me julguem) quando um dos clientes se despede de todos e ao colocar o pé do lado de fora do estabelecimento...
POW
Um tiro na cabeça. Todo mundo fica em polvorosa, e claro, tem um bom samaritano que corre para ajudar o moribundo quando...
POW
Lógico que depois de dois abatidos, ninguém tem coragem de colocar os pés para fora do Bar, e se veem presos. O problema é que a convivência com estranhos pode ser tão perigosa quanto se arriscar do lado de fora.
O Bar foi lançado em 2017 com direção do espanhol Álex de la Iglesia, que também é o responsável pelo inacreditável Perfectos Desconocidos, que em breve aparecerá por aqui e vocês vão entender porque achei inacreditável.
Se você assistiu o filme A pele que habito, vai se lembrar da bela Bianca Suárez, a nossa jovem protagonista Elena. Ela também trabalhou na série El Barco junto com Mario Casas, que dá vida ao hipster Nacho. Aliás, ele também está em Contratiempo, disponível na Netflix e já adicionado a minha lista de filmes a serem assistidos.
O restante do elenco conta com nomes como Terele Pavez Carmem Machi e Joaquin Climent.
Mas vamos falar do que interessa. E o que pode ter de interessante um punhado de pessoas completamente aleatórias presas em um bar? Eu vou dizer para vocês que O MEDO REVELA QUEM REALMENTE SOMOS. Profundo, não é mesmo?
Mas essa é a realidade exposta nua e crua no decorrer do filme. Eles não se conhecem, estão apavorados, tem classes sociais muito diferentes, segredos e motivos plausíveis o suficiente para que, em um estalar de dedos, comecem a agir como animais.
Afinal, quem gosta de se sentir acuado?
A fina camada de civilidade desaparece como em um passe de mágica, e logo tudo se transforma em um caos, no início meio organizado, mas que caminha a passos largos para a total anarquia. Temos uma patricinha, um Mendigo, um Hipster, a dona (bem assustadora) do bar, o atendente, uma senhora solteirona, um homem com uma maleta e um homem agressivo.
Obviamente, a primeira coisa que fazem é tentar racionalizar a situação.
O que está acontecendo?
De onde vêm os tiros e por que estão atirando?
Se saírem, também serão mortos?
Onde está a policia e, p**a m**da, por que o caso não está sendo noticiado na televisão?
É isso mesmo, gente. Os noticiários estão ignorando esse bar, em uma esquina de Madri, com dois mortos na calçada e agora isolado.
Como assim isolado?
Eu digo... a rua foi evacuada e agora existe uma barricada de pneus em chamas na frente de tão desolado estabelecimento.
Tá bom pra vocês?
Eu já estava BEM SENTADA NA CAMA, atenta a todos os detalhes quando eles começaram a dar asas à imaginação e foram montando uma lista de teorias da conspiração.
Comente #EUNUNCA se você nunca caiu na tentação de encontrar uma dessas teorias para algo na vida. Duvido!
Tudo bem, mas estamos falando de UM BAR, certo? Aonde esse filme vai nos levar? Oito pessoas confinadas em um único ambiente podem te deixar enfadado, entediado e você pode chegar a abandonar o filme.
Nada disso, a direção do filme vai te surpreender com outros cenários, que eu não vou mencionar aqui para não dar spoiler, pois eu espero MESMO que você veja o filme e venha comentar comigo.
Fato é que eles não querem ficar ali – você ia querer ficar? Ah, eu não sei.. sou famosa por dizer que em caso de apocalipse zumbi ia logo esticar o braço para ganhar uma mordida e acabar com o sofrimento... então não sei como seria nesse Barzinho não....
Enfim, nessa busca pela fuga alguns limites são testados e eu consegui detectar algumas críticas sociais. Por exemplo, por que a vida do mendigo vale menos que a dos outros? Ou por que desprezar a mulher solitária pelo simples fato de... ela ser solitária?
Existe, sim, um motivo para tudo que está acontecendo dentro desse bar. Não se preocupe de chegar ao final sem saber porque essas pessoas se viram encurraladas nesse beco aparentemente sem saída.
Já ouvi gente classificando esse filme como comédia e/ou como suspense. Eu não gostaria de etiquetá-lo em nenhuma dessas categorias, pois acredito que uma boa história, quando bem contada, pode ser o que quiser. Desde o mais profundo drama até uma ensurdecedora comédia.
Mas, assim, o humor é NEGRO. Daquele tipo que a gente vê em filmes ingleses e franceses com uma certa frequência, e que – acabo de descobrir – também fazem sucesso nos espanhóis. Será isso uma tendência do cinema europeu que eu nunca parei para analisar?
Outra coisa que vale a pena mencionar é que o elenco é afiadíssimo, dando gosto de ver como aquelas pessoas tão diferentes agem e reagem as mais inusitadas situações.
Ah sim, e se você é fã de uma boa música, abra bem os ouvidos e o coração para a trilha sonora desse filme, que está disponível no Spotify.
Bem, essa é a minha indicação do dia.
Se você já viu O Bar, comente aqui e diga a sua honesta opinião. Se não viu ainda corre na Netflix para conferir e volta para conversar comigo.
Jhonatan é funcionário de uma empresa de advocacia e foi escalado para fazer uma viagem à Transilvânia e conhecer o homem cujo dinheiro seria gasto na compra de uma residência nos entornos de Londres. Sua função seria destacar as principais exigências do comprador para que pudessem escolher a residência que mais o agradaria. Porém, a viagem mostrou-se estranha desde o início e, posteriormente, Jhonatan descobre estar no covil de seres maléficos e passa a temer pela própria vida.
O livro todo é narrado em primeira pessoa. A narrativa em forma de diários e cartas nos leva a conhecer o íntimo de cada personagem. No início, Jhonatan descreve minuciosamente todos os momentos que o fizeram sentir frio na espinha, desde funcionários que cochichavam e apontavam-lhe os dedos, lobos na estrada, até momentos em que encarava o próprio Drácula.
Subitamente, o livro passa a focar em Mina, noiva de Jhonatan, e Lucy, amiga de Mina, que trocam confidências através de cartas e que terão fundamental importância na história.
Essa mudança abrupta dá uma queda na história, pois os personagens precisam ser inseridos aos poucos, mas conforme vamos os conhecendo, a leitura volta a fluir.
Muita coisa bizarra começa a acontecer. Mas uma que marca bastante o contexto é quando um navio aporta, sendo acompanhado por um denso nevoeiro, sem tripulação, apenas com seu capitão, morto, com ferimentos no pescoço, como se atacado por algum animal.
Algum tempo depois, Mina passa algumas noites na casa de sua amiga Lucy, que vem sofrendo ataques de sonambulismo crescentes. Numa noite, encontra-a ao relento, próxima a um homem estranho, de face pálida e olhos fumegantes. Havia uma ferida muito peculiar em seu pescoço.
Lucy começa a ficar doente e mais dois personagens são inseridos na história: Dr. Seward e Dr. Van Helsing. Este último é responsável por juntar todas as peças do quebra-cabeça e descobrir quem vem fazendo mal a Lucy.
Uma vez descoberto e comprovado, começa uma verdadeira caça ao Conde Drácula!
Eu me surpreendi bastante com o livro por vários motivos. Primeiro pelo modo como é narrada a história. Os diários e cartas vão a fundo, não deixam as coisas naquela superficialidade, tanto em emoções quanto em acontecimentos. Às vezes, um mesmo dia é passado por pontos de vistas diferentes.
Outra coisa que eu jamais imaginaria é que o Drácula em si quase não apareceria. Eu pensava que ele estaria em cada página, dilacerando pescoços e banhando-se em sangue. Mas o contexto é basicamente a narrativa de acontecimentos pós-Drácula, isto é, os efeitos que uma visita do Drácula pode causar.
Não obstante à sua data de lançamento, "Drácula" tem uma leitura tão suave que nem parece a linguagem de um clássico, excetuando-se os diálogos, claro.
Corações Quebrados é o segundo volume da série Quebrados, da Sofia Silva e posso dizer que amei muito mais essa experiência do que a primeira.
Diogo e Emília são pessoas completamente diferentes que vivem em países diferentes, mas com uma coisa em comum: trauma.
Diogo é um veterano de guerra e ver todos os seus amigos morrendo no Afeganistão só fez com que suas cicatrizes no coração fossem ainda maiores do que as de seu corpo. Emília é uma estudante de veterinária que tinha acabado de ser pedida em casamento pelo namorado quando o pior aconteceu. Um acidente levou toda a sua família e, no momento que ela mais precisou, seu noivo virou-lhe as costas, deixando-a sozinha com marcas profundas em seu coração.
Nenhum dos dois quer continuar a viver e não encontram forças para isso. Mas um encontro de almas pode mudar tudo.
Rafaela, tia de Emília e dona da clínica em que ela vive (a mesma clínica que Paola vivia em Sorrisos Quebrados) entra em contato com o psicólogo de Diogo em Portugal, para testar uma metodologia nova. Ambos passaram por terríveis traumas e poderiam ajudar um ao outro.
E então a amizade entre esses dois surgiu. No início, Emília teve muita dificuldade em se abrir com um desconhecido, mesmo que apenas por mensagens, mas Diogo tinha um senso de humor incrível e ela logo se viu sorrindo em suas conversas.
A ligação entre os dois se tornou mais forte, até que de mensagens de texto passaram a ligações e pouco depois a chamadas de vídeo e os dois se viram maravilhados pela pessoa que estava do outro lado da linha/tela.
Eles não sabiam que rumo tomaria aquele relacionamento, mas de uma coisa estavam certos: haviam se apaixonado um pelo outro e não havia nada que pudessem fazer para mudar isso.
Tudo corria bem até uma mensagem inofensiva aos olhos de Diogo magoar profundamente Emília e ela cortou todo tipo de contato com ele. Mudou de número, cancelou seu e-mail e ele se viu perdido, pois não suportava mais ficar sem ela.
Então nosso amigo portuga desembarca no Brasil, mais precisamente em Campinas, para confrontar Emília e descobrir o que aconteceu.
Mas quando ele a vê pela primeira vez, tudo faz sentido. O medo que ela tinha de se abrir com ele e principalmente, o da rejeição. Durante todo o relacionamento deles, o fantasma do Lucas (seu ex-noivo), assombrou os pensamentos de Emília e por mais que ela se esforçasse, era difícil confiar em Diogo.
E esse por sua vez, enxergou a alma de Emília, enxergou uma mulher extraordinária, muito além das cicatrizes que ela carregava daquele acidente.
Então nosso amigo fará de tudo, tudo mesmo, para que ela confie a ele seu coração e possam passar uma vida juntos.
“Cada vez acredito mais que a mudança acontece quando não estamos à espera. Nem sempre ela parte de nós, mas cabe a cada um que ela continue.”
Pensem num livro bom! Agora multipliquem por 10000000! Não vai chegar a 1% desse livro. É uma leitura maravilhosa que deve ser feita por todos! Deveria ser obrigatória!
Sofia Silva sabe trabalhar as emoções e tocar no fundo do coração do leitor. Eu simplesmente fiquei apaixonada por tanta lição aprendida nessa obra!
Um fato muito interessante, que só enriqueceu a leitura, foi que os capítulos eram alternados entre Diogo e Emília. Quando eram narrados por ele, a narrativa era feita em português de Portugal e quando era feita por Emília, em português do Brasil.
Além de ter uma experiência riquíssima, ainda aprendi muitas palavras novas portuguesas que eu jamais pensei que existissem. Uma riqueza cultural incrível.
Se eu recomendo a leitura? Sem sombra de dúvidas!
Comecei o ano com pé direito com essa leitura que já se tornou a minha favorita!
Sobre a edição: como podem ver nas fotos, a Valentina arrasou nessa edição. A diagramação é perfeita, achei inclusive bem mais bonita do que o primeiro volume da série. Simplesmente maravilhosa!
Outras fotos:
Título: Corações Quebrados (exemplar cedido pela editora)
Autora: Sofia Silva
Editora: Valentina
Páginas: 344
Ano: 2018 *Adquira seu exemplar através do sorteio do Blog, basta clicar aqui