Mulher é um bicho esquisito... (diz a letra de Rita Lee e Roberto de Carvalho). Na verdade, mulher é um bicho esperto, como águia. Não é à toa que tem uma história de repressão que traspassa séculos, apesar de alguns raros oásis de matriarcado. Entretanto, dando-lhe oportunidade ela é tanto quanto ou até mesmo mais capaz do que o sexo oposto. Mas, o lado prático e objetivo sempre foram mais atribuídos ao masculino.
Na bíblia relata-se que a mulher deve ser submissa ao homem. Porém... Ela deve ser “submissa” e não “escrava”. Muitos generalizam e querem explorá-las. Há uma grande diferença. É relatado que se deve respeitar o marido em suas opiniões, da mesma forma que ele deve compreender as ideias de sua esposa e ver se é adequada para tomar determinada decisão.
A mulher, mais do que pensamos, tem o feeling* para desenvolver atividades múltiplas ou mais de um trabalho para atender a uma série de demandas que a tipifica como moderna, não deixa de ser admirável. Eis o ônus da sua modernidade conquistada. Como salienta França: “as mulheres nunca tiveram tanto acesso para se realizarem profissionalmente, o problema é que essa atividade vem somar-se o trabalho de dona de casa, mãe e esposa”. Embora ocupem hoje espaços consideráveis, não tem como tamponar o fato de que muitas mulheres ainda vivem sob o julgo do “macho”. No fundo, é esse ente privilegiado que trabalha menos e tem ao seu dispor um maior número de regalias. Assim sendo, há mulheres que, mesmo inseridas no mercado de trabalho formal ou informal, permanecem desqualificadas enquanto profissionais e seres humanos. Sabem fazer tanto os serviços domésticos, quanto os de fora e ainda mais... Serviços em que homens estão encarregados como administrar empresas; trabalhar em zona de risco como policiais, bombeiras e inúmeras outras tarefas melhores do que muitos homens por aí, porém não são tão bem valorizadas como deveriam.
O homem, diferente do sexo oposto, não consegue fazer mais do que duas coisas simultaneamente, como se estivesse fazendo uma; tem dificuldades para ir ao supermercado e escolher os produtos mais acessíveis e de melhor uso; não administra cuidar da casa, da comida, da roupa lavada e passada; contudo, se consegue desenvolver alguma dessas, é insuficientemente capaz de realizar todas, num período de tempo mínimo, que seja.
As mulheres, servem muito mais do que para ser uma simples dona de casa ou uma trabalhadora mal remunerada. Ela é o alicerce para uma família estabilizar-se; é a estrutura para um problema emocional; a força, na hora da fraqueza do homem e o equilíbrio, na hora do desespero.
Mais do que uma mulher, ela é uma super, mega, ultra, blaster mulher; mas precisa ser bem mais aceita no mundo, não como uma pessoa do sexo feminino, mas como a força de mudança para um futuro melhor.
1° Lugar na edição Blogueando *-*
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* Feeling: Percepção, simpatia, sentido.