“Houve um tempo em que não eras escrava, lembra-te disso. Caminhavas sozinha, alegre, e banhavas-te com o ventre nu. Dizes que perdeste toda e qualquer lembrança disso, recorda-te... Dizes que não há palavras para descrevê-lo, dizes que isso não existe. Mas lembra-te. Faze um esforço e recorda-te. Ou, se não conseguires, inventa.” (KOLTUV, Barbara Black. O Livro de Lilith, p. 173).
"— Ouça, garota - fungou Aelius. — Os livros que amamos nos amam de volta. E assim como nós marcamos a nossa posição nas páginas, as páginas deixam marcas em nós. Eu enxergo isso em você, do mesmo jeito que com certeza vê em mim. Você é uma filha das palavras. Uma garota com uma história para contar." (KRISTOFF, Jay. Nevernight, p. 348)
"E se todos os outros aceitassem a mentira imposta pelo Partido — se todos os registros contassem a mesma história —, a mentira tornava-se história e virava verdade. “ Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado”, rezava o lema do Partido."
"Não importa o quanto tentemos fazer as coisas certas e justas, não importa quantas leis sejam feitas para reger a convivência entre diferentes grupos de pessoas, a vida sempre tem as suas artimanhas e truques para fazer o que bem entende, não importa o quanto nos esforcemos para evitar as surpresas e as injustiças. A verdade é que nunca estamos imunes a ela." (MENDONÇA, Gutti. A diferença que fiz, p. 181).
"Isso é o que mais me preocupa na nossa situação. Não estamos brigando por causa do aquecedor de água ou pela vaga do estacionamento no estádio. Não estamos brigando por dinheiro, por ciúme ou por falta de comunicação. Estamos brigando porque não sabemos o que fazer para ser felizes. Estamos brigando porque não estamos felizes. Estamos brigando porque não fazemos mais o outro feliz."
"O sol nasce independentemente das nossas dores. Por mais que acreditemos que o mundo acabou, o sol sempre nasce."
"Só porque dá para levar a vida sem uma pessoa não significa que a gente queira isso"
"Em algum nível, minha vida amorosa é um fator definidor da minha identidade. (...) O amor representa uma grande parte de quem eu sou. Isso é bom? Quer dizer, é para ser assim mesmo?"
Em Labirinto, conhecemos Tomás, um advogado irreverente e bem sucedido, porém, que leva consigo um enorme vazio de um trauma passado do qual ele não saiu ileso e, assim, passa seus dias se mantendo ocupado, na constante busca da felicidade e do amor.
Confesso que tive que sair um pouco da minha zona de conforto para fazer essa leitura, mas tenho que admitir que não me arrependo. Esse livro me trouxe grandes reflexões sobre o amor, sobre a sociedade, sobre o que é certo e o que é errado e até que ponto ser feliz é egoísmo quando se envolve o amor. O autor Francisco Prado sabe te envolver com as palavras e traz questões reais para questionar o leitor de uma maneira única, notável e intensa.“O curioso é que este homem, embora ocupasse a maior parte do seu tempo. Não preenchia o vazio que ele trazia dentro do peito, dentro de si mesmo, como se em cada célula do seu corpo faltasse um pedacinho de alguma coisa indistinta.”
“Será que os momentos de felicidade são tão bons só porque são raros?”
Apenas uma coisa me confundiu na leitura e foi a maneira que as conversas são colocadas, - já que o travessão que indica a fala dos personagens muda de uma conversa para outra, sem mencionar o nome de quem está falando, - às vezes tive dificuldade para saber quem estava falando o que, mas depois que me acostumei a essa maneira de entonação, a leitura fluiu melhor.
“Se existe um lado bom nos infortúnios da vida é que eles nos trazem um certo estoicismo.”
“Sentia como se tivesse saído de casa três horas antes com o leme de sua vida nas mãos, segura de que navegava no sentido certo. Agora, a bússola que a guiava perdera o norte. E ela viajava sem noção sequer das rochas submersas que poderiam rasgar o casco do navio.”
“Nada daquilo, aliás, se parecia com um conto de fadas. Quanto mais Lyra conhecia os convidados, mais se deparava com o lado podre daquela gente. Não era por se tratar de um casamento que as coisas tinham de parecer um sonho.”
"Rancor é um diabo que você alimenta sem querer: de repente, ele te espeta, e você começa a olhar para os outros como se eles tivessem culpa pelas desgraças da sua vida."