A autora aborda em sua obra sobre a manipulação da
vida pela ciência, um dos temas considerados mais polêmicos na atualidade. O
que antes era considerado apenas como uma utopia, hoje é possível sentir as
possibilidades através de buscas incessantes nos principais centros de
pesquisas mais avançados do mundo. O motivo? Escapar da morte e viver para
sempre.
O tema é polêmico porque alguns consideram que isso
é um meio de brincar de ser Deus, uma maneira de predominar a vontade própria.
Se você soubesse que existe essa possibilidade, o que faria? Buscaria um meio
de prolongar sua vida de forma saudável, ou até mesmo de nunca morrer, ou
preferiria que tudo fosse conforme Deus quer ou mediante quem você acredita ter
poder sobre você? Aliás, você acredita que existe um poder que está além de sua
vontade?
O desejo de muitos é prolongar a vida e de forma
saudável e produtiva. No entanto, essa vontade não é algo que as pessoas
costumam tratar explicitamente, busca-se meios para viver melhor e evitar
doenças.
A autora cria três planos para desenvolver a
história. No primeiro, somos apresentados a uma jovem cientista brasileira,
Elizabeth Medeiros, que trabalha com transgenia num avançado centro de pesquisa
alemão. Posteriormente, no século XIX, temos os escritores ingleses Lord Byron,
Mary e Percy. No terceiro plano está a jovem Max Muller e seu mestre, buscando
secretamente o elixir da vida eterna.
Prometeu ou o tão conhecido
Frankenstein é um personagem de autoria da Mary Shelley e seu estilo é voltado
para o terror gótico. Para quem não sabe, o estilo gótico tem relação com Godos
– o povo germânico. Geralmente, eles não são tão aceitos socialmente justamente
por demonstrar descontentamento com a sociedade moderna. Através do gênero de
horror associado com o movimento gótico é que temos a criação de Frankenstein.
Jeanette nos faz viajar e refletir em diversos
campos ligados à ciência moderna. Ela mostra como algo que era considerado impossível
agora existe uma possibilidade de ocorrer, segundo cientistas. Hoje em dia, a
tecnologia está cada vez mais avançada. Antes se lutava para combater uma
doença, hoje existem meios para evitá-la.
Para que o trabalho da autora ficasse completo, ela
mesclou a ficção com a realidade e é notória a riqueza em seu conteúdo tendo em
vista as pesquisas realizadas. Admiro bastante os autores que primam por, no
final da obra, colocar a bibliografia utilizada. Engana-se quem pensa que a
obra tem a finalidade de trazer algo sério ao leitor; fica evidente que a leitura
é mais voltada para o entretenimento.
A partir dessa ideia, a autora nos faz refletir
sobre a capacidade da ciência. Será que ela pode ultrapassar os valores que a
sociedade considera como essenciais?
Título: As vidas e as mortes de Frankenstein (exemplar cedido pela editora)
Autora: Jeanette Rozsas
Editora: Geração
Páginas: 176
Ano: 2015
Não conhecia esse livro, mas no princípio ele me interessou. Ontem mesmo estava conversando com a minha irmã sobre um transplante de cabeça que ocorreu recentemente (na verdade, não tenho certeza se realmente ocorreu rs) mas é bem isso, estamos lutando contra a morte e eu não duvido nada que um dia consigamos a vida eterna.
ResponderExcluirPena que o livro seja mais voltado para o entretenimento, pois me interesso pelo assunto de forma séria, científica mesmo.