Inicio essa resenha com uma pergunta que parece um tanto quanto óbvia, mas não para os nossos protagonistas Jack e Daisy: “você prefere ser feliz ou ter razão?”. Enquanto um deles prefere ser feliz, o outro prefere ter razão. E quanto a você, leitor, o que escolheria? Acredito que mais do que um romance meloso e cheio de blábláblá, esse livro nos passa uma lição que vai além do que eu poderia imaginar.

Daisy Lee está de volta a Lovett. Ela encontra Jack, depois de quinze anos, com quem a jovem viveu um tórrido romance que acabou de um jeito inesperado. Depois de tanto tempo longe, ela decide voltar para revelar um segredo. Durante todos esses anos, ele não esqueceu a pessoa encantadora que Daisy sempre foi. No entanto, tratava de odiá-la e de tentar esquecer o que para ele era considerado inesquecível.


Com seu retorno, o sentimento parece voltar à tona e o faz lembrar que todas as tentativas não passaram de frustrações acumuladas. A verdade é que, para Jack, Daisy Lee jamais foi esquecida e tudo o que ele mais queria era odiar quem ele mais aprendeu a amar. Com isso, o jovem não quer falar com a moça que despedaçou o seu coração. Quando Daisy se aproxima, o rapaz evita o contato e até foge de suas investidas de conversa.

A trama me pareceu bem clichê no sentido do segredo. Quando li a sinopse, não sei se por sorte ou por feeling, já imaginei até do que se tratava. As primeiras páginas eu já imaginei até detalhes da história. Acredito que nada seja revelado na contracapa e pode nem haver indícios, mas o meu pensamento fértil, às vezes, me impossibilita de esperar grandes surpresas. Divago tanto nas coisas que nem tudo é considerado segredo para mim. Portanto, pelo fato de não ter me surpreendido com a revelação, você, leitor, pode ficar surpreso. Não é porque eu descobri que perderá a graça para todos.

A história tem um elemento muito promissor que, além do romance, quer nos passar uma grande lição de vida, afinal, quantas coisas protelamos simplesmente por sentir medo? Quantas coisas deixamos de lado com receio da resposta? Muitas vezes, preferimos ocultar uma verdade, para evitar maiores sofrimentos e isso ocasiona mais dor do que, deveras, ocorreria.

A autora sabe divertir e nos fazer dar uma gargalhada vez ou outra, mas o que ela soube mesmo é tocar o leitor com a lição passada. Deixei de lado as cenas românticas, a comédia contida e todos os elementos que poderiam prender qualquer tipo de leitor. O que me fisgou foi a mensagem que Gibson quis nos passar. Fugi do clichê, dos elementos óbvios que poderiam até me fazer abandonar a leitura. Quis ir além e consegui; cheguei ao nível de procurar me tornar alguém melhor apenas com a reflexão que a autora nos passa – o que nem foi tão surpresa assim, mas que conseguiu arrastar os sentimentos mais incônditos dentro de mim.

Em suma, se for para avaliar toda a estrutura, não foi uma das melhores obras que li; longe disso. Entretanto, a obra consegue nos fazer observar detalhes que nem sempre enxergamos. Além de contar com uma grande lição, a obra prima por um capricho no quesito aparência. A editora não deixou a desejar com o trabalho da capa e da diagramação. As folhas são amareladas, o que proporciona uma leitura agradável. A narrativa também auxilia nesse feito, já que a autora consegue prender o leitor em alguns momentos.

Outras fotos:




Quotes:
“Para ele, nunca bastara dirigir a bicicleta tão rápido quanto ela fosse capaz de ir; ele precisava tirar as mãos do guidão, ou ficar de pé no banco. Não era suficiente correr atrás de pequenos redemoinhos de vento, poeira e folhas; ele tinha que brincar ao ar livre quando o serviço de meteorologia previa um tornado de força máxima. Ele pensava que era invencível, como o super-homem” (p.38).

“- Daisy Brooks também é um telhado de vidro. Talvez alguém com este nome não devesse atirar pedras” (p.77).

 “Na noite em que perdeu tudo, Jack aprendeu uma lição valiosa. Aprendeu que ninguém pode tirar de você algo que você não tenha dado para esta pessoa. Ninguém poderia fatiar você por dentro se você não lhe entregar uma faca” (p.97).

“- Eu estou cagando para o que você sente. Porque não é nem metade do que você ainda vai sentir” (p.200).


Título: Daisy está na cidade (exemplar cedido pela editora)
Autora: Rachel Gibson
Editora: Geração Editorial
Páginas: 320
Ano: 2015

18 comentários:

  1. Oie!
    Ai que lindo! Eu amei a sinopse! Tô encantada pela Daisy!
    Qro mto conhecer a história com mais detalhes!
    Parabéns pela resenha, tá linda!
    Bjs!!

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  2. Acho incrível a autora , gostei da resenha reencontro com o amor.A capa é bonita e os quotes são divertidos

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  3. A Rachel Gibson escreve livros sem grandes mistérios mesmo, sendo clichê quase sempre. Mas sabe o que gosto? Costumam ser livros leves, que conseguem nos divertir e cumprem bem o papel de passar o tempo, não é?

    bj

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  4. Eu achei que Daisy Esta Na Cidade foi um dos melhores livros da Rachel que eu li até agora. Os personagens são muito divertidos e realmente tem uma história muito interessante por trás de tudo o que acontece ao longo dos capítulos.

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  5. Eu geralmente evito ler clichês, gosto de ser surpreendida e os clichês não permitem isso. Mas de vez em quando precisamos de uma leitura leve e divertida e dai esses livros caem perfeitamente bem.

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  6. Olá, Naty.
    Eu penso que prefiro ser feliz, mas quando a coisa pega prefiro ter razão hehe. Eu já li três livros da autora e um eu amei, outro gostei e o outro que é dessa mesma série não gostei muito. Mas pretendo ler esse livro. Adoro um bom clichê e sou meio lerda para descobrir as coisas, nunca descubro nada antes da revelação, então acho que não ia descobrir hehe.

    Blog Prefácio

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  7. Entre a razão e ser feliz? Ótima pergunta. hahaha Acho q prefiro ler esse livro e ser feliz com razão

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  8. Oi Naty!!
    Acho que prefiro ser feliz hahaha... Parabéns pela resenha, ultimamente estou meio "cansada" de ler romances "cliches" e obvios como você mesma mencionou, mas achei legal você olhar mais para essa parte da reflexão que o livro passa. Esse livro é uma continução?
    Bjs!!

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  9. Ainda não li nada dessa autora, e o primeiro livro que me ter interesse em ler os livros dela foi esse, além de ter um romance maravilhoso, e notório que ela vem tocar o coração do leitor com uma mensagem muito bonita, gostei bastante de saber que ela vai trazer isso de uma forma não clichê. Tenho interessado cada vez mais por romance divertidos, esse já esta na minha lista de desejados.

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  10. Acho que o mais importante de tudo é ser feliz. Gostei de conhecer a obra, embora ele seja repleto de clichês é bom saber que deu para tirar algo para refletir. Eu não conhecia o livro, mas não sou como você, não faço ideia do segredo dela..rs... Gostei muito da resenha.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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  11. Hey, tudo bom?
    Não conhecia essa autora, mas esse livro parece ser do tipo que te faz refletir sobre algumas questões da sua própria vida. “você prefere ser feliz ou ter razão?” Concordo com você, é mesmo uma pergunta um tanto óbvia, mas às vezes podemos nos surpreender com a resposta. Adorei os quotes <3

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  12. Adoro muito a Rachel Gibson, seus livros sempre nos trás ensinamentos, fortes sentimentos, divertimento e amor meloso (daqueles que te faz pensar, caramba pq isso nunca aconteceu comigo kkkk) Mas esse livro achei bastante diferente de todos os outros dela, sim tem segredos igual a todos (tbm deduzi o segredo nas primeiras páginas, não me espantei, porém envolveu muito mais sentimento do que eu realmente estava esperando) Porém a diferença deste para os outros na minha opinião foi que, esse livro não parte tanto para o humor quanto os outros, sim, ele tem seus momentos divertidos, porém são em quantidade reduzidas e normalmente o momento divertido vem acompanhado de emoções fortes ou no meio de uma situação nada divertida. Confesso que SURTEI quando descobri que a Lily era a irmã de Daisy, porque meu primeiro livro da autora foi Maluca por você e or mais que seja a história mais curta sempre foi minha preferida e poder entender a vida dela antes daquele livro me emocionou muito. Enfim amei esse livro e sua resenha me fez sentir como se vc tivesse lido os meus pensamentos. ;) Gostei muito.

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  13. Bom, ainda não li nem um livro dessa autora, já li alguns comentários referentes a esse livro, e é um estilo de história que acredito que me agradaria, e lendo sua resenha fiquei bem curiosa para conferir a história, por esse motivo pretendo ler o livro.

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  14. Oi Naty.
    Já tinha lido uma resenha sobre esse livro a algum tempo atrás, e confesso que não tenho curiosidade nenhuma em ler, como você disse é clichê e um tanto que previsível.
    Boa Noite.

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  15. Oi!
    Parece um livro bem divertido, leve e a capa está bonita também. Gostei da sua resenha, enfatizando todos os pontos da obra. Mas, mesmo sendo um bom livro, ainda não me conquistou. Mas com certeza agradará muito leitores que gostam desse gênero. Obrigada. Abraços.

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  16. Em geral eu gosto muito quando o autor consegue nos passar algum tipo de ensinamento através da leitura, mas lembro de ler um livro da autora e não achar tão bom assim, então eu tento me manter longe hahahah

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  17. Vou começar o meu comentário com a resposta da pergunta: eu preferiria ter razão, sou orgulhosa demais pra não ser assim. Gostei muito de conhecer a obra, parece ser bem legal e diferente, a capa é super fofinha, adorei demais. Vou procurar saber mais sobre o livro e em seguida procurar preços.
    Um abraço!

    http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/

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  18. O engraçado é que você faz vários elogios e no fim dá só duas estrelas iueheiuheiuehieuh pois é, sou assim também às vezes. Por mais coisas boas que uma obra tenha, nem sempre é aqueeeela coisa incrível. Foi assim pra mim com Os delírios de consumo de Becky Bloom
    Enfim, na época do lançamento desse livro eu fiquei bem curiosa. Até adicionei na minha lista infinita, mas com o passar do tempo foi ficando cada vez mais sem graça aos meus olhos. Acredito que também descobriria o segredo logo.

    Beijos

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