Ao conhecer a sinopse dessa obra já fui vencida pela curiosidade e tragada pela ansiedade em lê-la. Quando surgiu a oportunidade de participar de um processo seletivo para concorrer ao livro, não pensei duas vezes e embarquei nessa.

O livro chegou e comecei a ler no minuto seguinte, atropelando pilhas e mais pilhas de parcerias para desvendar o que aconteceria com esses seres horripilantes. Para quem não sabe, sou apaixonada por histórias com zumbis e não poderia deixar essa oportunidade passar. Ainda que eu tenha lido muitos de autores nacionais, nunca li nenhum que tratasse dessa temática. Ouvi muito falar da série As crônicas dos mortos, de Rodrigo de Oliveira, mas foi com Wood que estreio a leitura de um autor nacional escrevendo sobre esses mortos-vivos. E o que falar disso?

Wood, sente aqui, jovem rapaz, vamos conversar! É necessário entender tantas coisas nesse livro, ficamos tão ansiosos para saber o que vai acontecer em cada cenário. Porém, uma coisa é certa, Wood tem a mente maquiavélica assim como George R. R. Martin. E, não se enganem, meu caro leitor, se você gostou de algum personagem, cuidado... Sim, ele será a próxima vítima!


Os capítulos são tão curtos que mal temos tempo para nos apegar a algum dos participantes desse cenário horrendo. Todavia, a forma como o autor conduz a história nos prende, nos encanta e nos deixa abismados. Afinal, não é sempre que encontramos um livro que tem mais morte do que pessoas, perdoe-me o trocadilho barato.

O local escolhido por Wood é São Paulo, as pessoas estão na Avenida Paulista e tudo pode acontecer nesse lugar. Há três carretas ali, dentro delas diversos mortos-vivos são liberados, espelhando o caos pela grande metrópole. Do dia para a noite, a sociedade tem suas estruturas abaladas e entra em colapso. Ao mesmo tempo, Luca, seu tio e amigos tentam a todo custo escapar do pesadelo. Mas sair da cidade não é o fim, e sim apenas o começo da era dos mortos-vivos. De onde eles vêm? Será que a maior cidade da América Latina resistirá?

É com esse clima de tensão que iniciamos a história e não queremos fechar nossos olhos, e nem mesmo o livro, até chegarmos ao desfecho. Wood tem uma narrativa cativante e soube escolher o local certo, as pessoas certas e o momento perfeito. Todavia, enquanto líamos parecia que os capítulos não tinham tanta ligação, afinal, eram lugares diferentes, pessoas distintas e, claro, outras e muitas outras mortes. Claro que isso não é um ponto necessariamente negativo. Tudo vai depender de como o leitor curte. Pode ser que essa diferença nos capítulos seja um problema para uns e a solução para outros.


O que achei muito criativo foi a capa, além da diagramação. A qualidade da revisão fica por conta do próprio autor – que não deixou a desejar. É difícil depararmo-nos com livros nacionais que a revisão é impecável. Não quer dizer que o autor seja culpado por isso, afinal, a obrigação é do revisor fazê-lo. Porém, percebe-se que muitas editoras o fazem por fazer e nem sequer prestam um serviço de qualidade. Não é o caso deste, já que Wood prima por um trabalho tanto de conteúdo quanto estético para deixar muitas GRANDES editoras no bolso.

É um tipo de livro que não vai agradar a todos, isso é um fato muito óbvio, já que nem todos curtem esse gênero. No entanto, para quem curte um bom suspense, mistério, terror e uma boa dose de mortes, vai se encantar com a forma trabalhada aqui.



Título: Lázaro - A Maldição dos Mortos (exemplar cedido pelo autor)
Autor: A. Wood (Vinícius Fernandes)
Editora: Selo Jovem
Páginas: 212
Ano: 2017

8 comentários:

  1. Também sou meio doida com esse tipo de história e acaba chamando atenção por isso. E em São Paulo! Gente, mas deve ser muito louco imaginar isso acontecendo no país. Só pensa no que seria uma carreta soltando esses troços do nada no meio de uma avenida tão famosa e grande como essa? Caos! Já me deixou curiosa. Pode ser que não seja aquele livro que agrade a todos mesmo, mas acho que iria gostar. Parece ter uma boa dose de ação e aquela curiosidade e agonia pra ver como vão se livrar das coisas, sobreviver e etc. Gostei da dica.

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  2. Eita. Quero ler kkkkkk. Não sabia que você era fã de zumbi, olha só. kkkk

    Gostei da resenha, certeza que vai entrar pra lista (já entrou na verdade).
    =*

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  3. Oi! Apesar de não chegar a ser apaixonada, curto bastante o tema zumbis. Achei bem legal o livro se passar no Brasil. Eu provavelmente não iria curtir o fato de que cada capítulo aborda um personagem diferente, mas com certeza quero investir na leitura. Beijos

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  4. Nathalia!
    Bom o livro começar com agilidade, estimula a leitura.
    Já gostei porque gosto dos livros com zumbis e pelo jeito o autor criou zumbis diferenciados e com um cenário mais amplo do que aparentemente sugere.
    Tramas e dramas a serem apreciados e descobertos deve ser bem instigante.
    Boa indicação, obrigada.
    Desejo um ótimo final de semana!
    “Saber quando se deve esperar é o grande segredo do sucesso.” (Xavier Maistre)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  5. Olá, Natalia!

    Achei bem diferente a proposta do livro, não somente por escolher São Paulo como cenário, mas pelo modo como os zumbis aparecem na trama. Acho que já falei no post divulgando o livro, mas falo de novo: Esses zumbis em carretas me cheiram a conspiração! Mas seria de quem?
    Alias, Natalia, como você fez essas fotos com esses "cortes zumbis"? Parece até que está vendo demais o CineLab no SyFy!

    Um abraço!

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  6. Acho que nunca tinha visto nenhuma história de zumbi que se passasse em São Paulo, gosto de livros que se passam em lugares que conheço mas apesar de parecer um bom livro eu acho que não leria, não gosto de histórias de zumbis pq todas são basicamente uma história única, não tenho paciência.
    Mas a editora está de parabéns por ter feito um ótimo trabalho.

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  7. Também adoro historias com zumbis, esse deve ser um sofrimento só, pois não se pode apegar a ninguém que morre da uma raiva rs. Gostei que acontece na minha cidade e na Paulista um lugar que ja fui algumas vezes fica mais fácil imaginar as cenas.

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  8. Oi, Nathy!
    Gostei muito de estórias de apocalipse zumbis!! Achei o livro muito interessante e sou louca para ler algo do Rodrigo de Oliveira, mas até o momento ainda não consegui! Mas sem dúvida fica a indicação desse livro incrível.
    Bjoss

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