Foda! E não poderia ser diferente! Explicarei por quê!
🚨Pode conter spoiler! Depende do seu ponto de vista!🚨
Mary Crane, uma moça tranquila, rouba de seu patrão um envelope com a quantia de 40 mil dólares. Desesperada, ela segue rumo à cidade de seu noivo, Sam, ciente de que inventaria uma desculpa qualquer afim de que ele aceitasse parte daquela grana para pagar uma dívida herdada pelo pai. O que ela não contava é que em determinado ponto da viagem seria tomada por uma forte tempestade e erraria o caminho pelo qual seguir. Qual não foi sua sorte? Ela foi parar no tão querido Bates Motel.


Em poucos minutos nós temos aí aquela famosa cena do cinema, interpretada por Janet Leigh, na qual Mary é esfaqueada no chuveiro. O que acontece depois disso é uma busca frenética de sua irmã Lila e seu noivo por respostas que pudessem levar à Mary, visto que ela estava desaparecida havia pelo menos uma semana.

Sobre Norman Bates: caracterizado ao final do livro como um sujeito psicótico, esse carinha legal sofre de um sério transtorno dissociativo, o qual o faz vagar entre a figura de um menino que necessita da mãe, a própria mãe, e um Norman Bates adulto e dono de si. Tudo isso pode ter sido originado na sua infância, uma vez que Norma tem um amor sufocante por Norman, estabelecendo uma conexão estranhamente... estranha, praticamente incestuosa. Isso é levantado também nas explicações finais, mas Bloch não deixa explícito. Se os dois praticaram incesto, nunca se saberá. Mas há uma base forte para apoiar o problema de Norman.


Por que o livro é foda?
Robert Bloch ganhou vários prêmios como escritor. Alfred Hitchcock fez questão de comprar os direitos do livro e mandá-lo para as telonas com o mínimo de alteração possível. Mas não para por aí! Bloch foi pupilo de nada mais, nada menos do que HP Lovecraft, outro mestre das histórias de terror e mistério e que muito apoiava os trabalhos de Bloch.

Até eu que sou mais besta apoiaria!! O cara tem um estilo narrativo interessante. Calmo, tranquilo, e que consegue te passar tudo rapidamente, mas sem deixar nada para trás. É uma leitura cativante, com inserções de terror na hora certa. Além de uma linguagem alegórica na medida. Poucas palavras que confundem o leitor ou o fazem ir atrás de um dicionário.

Apesar de todo o mistério e terror que envolve a obra, não é um trabalho +18, visto que ele consegue fazer uma cena de nudez sem nudez e cenas de esfaqueamento sem jogar sangue na sua cara!

O cara é foda!

Outras fotos:







Título: Psicose (Psycho)
Autor: Robert Bloch
Editora: Dark Side
Páginas: 240
Ano: 1958 / 2013

9 comentários:

  1. Confesso que esse livro nunca me chamou tanta atenção, mas ao mesmo tempo tenho uma pontinha de curiosidade nele por ver falar tanta coisa boa e pela famosa cena do filme que todo mundo já deve ter visto nessa vida né. Dá vontade de entender a história, já que filme nunca vi mesmo.
    E pelo jeito a narrativa não é daquele terror de deixar cabelo em pé, tem ali uma coisa psicológica bem interessante e um ritmo que prende, ganha a gente e não parece exaustivo de ler. O mistério é bom de acompanhar.
    Não sei se acabo lendo mesmo, mas quem sabe algum dia...
    Não faz muito meu estilo hoje mas vira e mexe a gente muda os gostos né e parece uma boa dica ^^

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  2. Olá, Fábio!

    Todo mundo tem uma memória afetiva (se é que posso dizer isso) de Psicose e posso dizer que a maioria delas é por causa do filme do Hitchcock. Ou é porque viu a cena, ou ouviu a música em algum lugar ou viu o filme inteiro! E antes da Dark Side era raro achar Psicose por aí!
    Mesmo todo mundo estando careca de saber o que ocorre com Marion Crane, ver os detalhes, a psicopatia doentia de Norman Bates e tudo o que leva até saber que aquela sombra com a faca no chuveiro é o Norman faz valer ver o filme e ler o livro!
    Alias, achei genial a sacada da Dark Side de usar um anuncio de Psicose em Hitchcock pede ao público para não se atrasar nas sessões de Psicose para não perder tudo do filme. E como se filme e livro fossem tão bem casados que não tem mais como desassociar os dois!

    Um abraço!

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    Respostas
    1. Oi, Letícia!
      O resenhista foi o Marcos e não Fabio :)

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  3. Marcos!
    Imagino porque o autor seja bom demais e não foi a toa que Hithcock fez o filme baseado no livro, né?
    Já assisti o filme original e várias outras versões, inclusive a série.
    Pelo que li o filme tem muito do livro, principalmente o cunho psicológico que leva o protagonista ser quem é.
    Muito bom, quero ler.
    Desejo um ótimo final de semana!
    “Todo o nosso saber se reduz a isto: renunciar à nossa existência para podermos existir.” (Johann Goethe)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  4. Antes de comentar sobre a resenha, preciso dizer que só agora eu entendi a ligação de Bates Motel (a série) com o filme/livro psicose, e que eu nunca assisti o filme hahahah mais desatualizada que eu não existe! Sobre a resenha, eu não tinha ideia do que se tratava a história, e agora que sei, já quero muito ler o livro (ainda mais com essa edição maravilhosa e com teus comentários positivos haha) beijos

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  5. Bem que dizem que o crime não compensa Mary rouba o patrão e é assassinada fala sério rs. Fiquei intrigada com o que acontece com ela e a leitura deve ser envolvente e bem agitada com essa busca da irmã por ela. E sobre o incesto que dúvida se houve ou não.

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  6. Eu vi o filme por ser um clássico e curti muito, tbm assisti Bates Motel e era apaixonada pela serie mas nunca tinha dado muita atenção ao livro. Mas acho que mudei de ideia, amo livros do gênero e agora me sinto na obrigação de ler esse. O que mais me chamou atenção foi a procura pela irmã desaparecida, sempre achei essa parte meio largada no filme.

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  7. Oi, Marcos!!
    Ainda não tive o prazer de ler essa estória, é também não assisti o filme. Mas sei que na Netflix tem essa estória disponível vou fazer de tudo para assistir esse final de semana esse filme!!
    Bjoss

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  8. Acredito que este grande clássico viverá na mente de muitas pessoas eternamente! Seja pela adaptação no cinema que deixou marcas na alma com a musiquinha assustadora, seja no velho livro com cheiro de mofo(que eu li há séculos).
    Clássicos assim deveriam ser relembrados a todo tempo, ainda mais em uma edição tão linda assim!!!
    Leitura mais do que recomendada!!!
    Beijo

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