Este livro anteriormente foi publicado como “Recordando Anne Frank” em 2017, pela Gutenberg. Agora, com uma nova edição, este ano saiu com o selo da Vestígio, ambas são do Grupo Autêntica – como sempre menciono por aqui sobre a nossa parceria. 

Para conhecermos o que é a história é bem simples, o título já fala muito por si. Porém, as emoções que ela nos proporciona são inesquecíveis. 

Por mais de dois anos, Miep Gies e seu marido ajudaram a esconder judeus dos nazistas. Como milhares de heróis desconhecidos do Holocausto, eles arriscaram suas vidas todos os dias para levar comida, notícias e apoio emocional às vítimas. E é nessa história que sabemos que Miep também escondia a família de Anne Frank. 

Miep descreve a sua infância difícil como refugiada da Primeira Guerra Mundial até o momento em que coloca o pequeno diário de Anne Frank nas mãos de seu pai, Otto Frank. O diário ficou guardado com Miep por muitos anos, e, graças a ela, ele pôde (isso mesmo) ser publicado. 


Dividido em três partes, conhecemos sobre a vida de Miep, como ela e a família Frank se encontraram e o início da guerra. É difícil ler essa obra e não imaginar os percalços sofrido por todos; é impossível não refletir sobre as dificuldades que passaram, os desesperos e a todo instante com medo da morte. É desesperador ler e saber que é real, não é imaginação da nossa cabeça ou da escritora. 

É uma leitura reflexiva e pesada. Sabemos das barbaridades dos alemães, mas quando estamos lendo imaginamos que algo vai mudar, esperamos que eles não torturem por motivos torpes, que não envie ninguém ao trabalho forçado na Alemanha. Mas não adianta, são desejos em vão. No fundo, a gente sabe o que aconteceu, infelizmente. 

É um livro triste, mas ao mesmo tempo tão bonito por saber que existia uma pessoa tão corajosa, com carisma e garra. Uma mulher que ficará registrada em minha memória. Foi uma leitura que jamais vou esquecer. Miep tem o meu apreço. Não só ela, mas vários que contribuíram para ajudar famílias como a de Anne Frank, num mundo em que judeus eram vistos como repudiáveis. 

Não preciso dizer mais nada desta obra a não ser recomendá-la. Minha esperança é que existam mais pessoas como Miep neste mundo tão cruel, em que o racismo, o preconceito, a desigualdade social são evidentes; em que a fome, a escravidão e a tortura existem. Sim, a escravidão existe até hoje! Só leia este livro, leiam!



Título: Eu, Miep, escondi a família de Anne Frank (exemplar cedido pela editora) 
Autora: Miep Gies 
Editora: Vestígio 
Páginas: 256 
Ano: 2020
Compre: aqui

17 comentários:

  1. Essa parte da história da humanidade é triste e devastadora!
    Anne Frank foi uma guerreira!
    Assim como Miep. Ela ajudou muitas famílias, inclusive de Anne. Imagino o misto de emoções que sentiu: o medo de ser descoberta e A alegria de ajudar os judeus.
    Com certeza uma leitura difícil mas importante.

    ResponderExcluir
  2. Eu namoro tanto este livro. Sempre que me perguntam sobre um livro que eu acho que todos deveriam ler an vida, eu cito Anne Frank. Sei lá, é o tipo de garota que eu adoraria ficar sentada, sem precisar falar, só a ouvindo falar de seus sonhos...
    Mas ler Segunda Guerra é dolorido,mas eu gosto. Sei lá, em meio a tanta dor, tantas mortes, a gente se depara com tantas pessoas boas que existiram e salvaram vidas.
    Mesmo que por um tempo curto.
    Espero de coração ler este livro em breve!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

    ResponderExcluir
  3. Eu sempre fui apaixonada por histórias que se passam durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundiais. Anne Frank foi uma das primeiras que li e até hoje me lembro da sensaçao ao le-la. E justamente por nao saber a existencia desse livro, fiquei ainda mais interessada em lê-lo. Vou adiciona-lo no skoob, agora.

    ResponderExcluir
  4. oi Naty
    livros que retratam esse periodo é sempre dificil de ler .ainda não li o diario de ANNE FRANK ,pretendo ler o mais breve possivel e esse que voce resenhou eu ainda não tinha conhecimento ,mas sem duvida que desejo ler sim

    ResponderExcluir
  5. Naty!
    É difícil imaginar tudo que os judeus passaram nas mãos dos alemães.
    Miep foi uma grande heroína, ela e outros como Schindler, que ajudaram muitos a não terem seus destinos ameaçados pela maldade.
    Deve ser um livro enriquecedor.
    cheirinhos
    Rudy

    ResponderExcluir
  6. Oiii Naty

    Quando eu era mais novinha ganhei uma edição antiga do Diário de Anne Frank, foi um dos meus primeiros livros, eu tinha uns 11 anos e lembro que me encantei por Anne e sua história. Quero ainda conferir esse da Miep, realmente uma mulher que merece ser lembrada por sua valentia e lealdade. Acho que esse livro seria um daqueles pra me emocionar, com certeza.

    Beijos, Ivy

    www.derepentenoultimolivro.com

    ResponderExcluir
  7. Bom dia,
    Tudo bem?
    Livros que falam sobre esta parte triste da história da humanidade sempre me emocionam.
    Este livro está na minha lista, acho que quando puder vou devorar em um dia kkkkk

    Beijos e bom final de semana
    www.rimasdopreto.com

    ResponderExcluir
  8. Linda a capa, só o nome já chama a atenção para todo mundo que conhece a história da Anne querer ler!
    Que interessante o fato dela ter guardado o diário, imagina se não tivesse guardado?? Com certeza é uma história emocionante mesmo, ainda mais que ela mesma já foi refugiada. Triste perceber que hoje em dia ainda existem diversos tipos de preconceito e crueldade, depois de anos que essas coisas horríveis aconteceram.. Nós evoluímos, mas , infelizmente, nem tanto nesse quesito.

    Beijos,
    Amanda Almeida

    ResponderExcluir
  9. Olá! Eita que esse é daquele tipo de livro difícil de ser lido, por toda carga emocional que ele tem, afinal não é apenas ficção, os fatos descritos aconteceram com pessoas de verdade, mas também dá aquele quentinho no coração saber que existiram (e espero que ainda existam), pessoas que podem fazer a diferença, que enxerga o outro não apenas pela cor, religião, raça, orientação sexual, mas apenas como ser humano.

    ResponderExcluir
  10. Mais um livro relacionado a 2ª Guerra Mundial que irá para minha lista rsrs
    Nunca li um livro sobre esse tema, mas filme já assisti pelos montes. Sei que pegar o livro dessa temática para ler é bem diferente do que pegar um filme para assistir, por esse motivo que tenho muita vontade de fazer a leitura.
    Não conhecia o livro, mas é bom pensar que naquela época tinha pessoas que queriam fazer a diferença e o certo ajudando essas pessoas que sofreram horrores nas mãos dos alemães.

    ResponderExcluir
  11. Oiii ❤ Deve ser muito difícil ler um livro que relata o quão triste foi o holocausto, o quanto os judeus sofreram, o quão desesperador deveria ser viver com medo da morte. É tão triste saber que o holocausto subjulgou e matou tantas pessoas inocentes.
    A coragem de Miep é realmente admirável, se arriscar para fazer a coisa certa, não é qualquer um que faria isso. Que mulher incrível, uma verdadeira heroína!
    Obrigada pela indicação, não vejo a hora de fazer essa leitura.
    Beijos ❤

    ResponderExcluir
  12. Olá, Naty
    Esse livro conta história bela e triste ao mesmo tempo.
    Não sei explicar mas tenho um fascínio por esse tipo de leitura, saber mais da história desse tempo cruel.
    Lendo sua resenha lembrei de quando li O diário de Anne Frank (exemplar emprestado da biblioteca municipal).
    Concordo com você ainda existe escravidão, preconceito e muitas barbaridades acontecendo e precisamos de mais pessoas boas como Miep.
    Beijos

    ResponderExcluir
  13. Olá, Naty! ♡
    Ainda não conhecia esse livro, mas com certeza vou querer ler. É o tipo de livro que faz diferença em nossa vida.
    Acho que é inevitável a gente ler e não torcer por um final diferente, mesmo que saibamos de cor o desfecho de tudo isso.
    Apesar de triste, parece de fato, um livro inspirador. Miep escolheu fazer o bem, ajudar, fazer a diferença em um mundo tão cruel. Ela é um exemplo, de como podemos e devemos ser a diferença, lutar contra as desigualdades.
    Parabéns pela resenha!
    Muito obrigada pela indicação! Beijos!

    ResponderExcluir
  14. Que livro incrível e quantos relatos podemos tirar da história de Anne Frank, que apesar de ser triste, nos trouxe um grande conhecimento da segunda guerra. Esse livro é bem valido para a leitura, não vejo a hora de ler.

    ResponderExcluir
  15. Oi, Naty
    Nossa, eu não conhecia esse livro, mas já quero!
    A história da Anne sempre me tocou e quero ler outro livro de uma das amigas de escola dela.
    Esse parece ser incrível, e que mulher fiel e corajosa a Miep foi.
    Bjs

    ResponderExcluir
  16. Oii!
    Quando eu li o livro O Diario de Anne Frank fiquei muito angustiada por saber que aquela historia passou. Não tinha conhecimento sobre esse livro e agora que sei, com certeza vou querer ler. Gosto muito de saber que no mundo que eles sofreram essa guerra ainda existia pessoas de coração puro.

    blog: Tempos Literários

    ResponderExcluir
  17. Que incrível!! Esses dias tava comentando que eu tenho vergonha de mim mesmo por nunca ter ido o Diário de Anne Frank, apesar de saber toda sua história. É a primeira vez que ouço falar desse livro, pois não sabia que existia um livro contando a história das pessoas que ajudaram a esconder a família de Anne. Pela sua resenha, acredito que deva ser bem reflexivo e ao mesmo tempo bem triste. Miep realmente foi uma heroína!

    ResponderExcluir

Gostou da postagem? Deixe um comentário. Se não gostou, comente também e deixe a sua opinião.
Se tiver um blog deixe o endereço e retribuiremos a visita.
Aproveite e se inscreva nas promoções e concorra a diversos prêmios.