5 motivos para assistir a minissérie “Maid”

“Maid” é, sem dúvida alguma, uma das séries mais fortes e impactantes que eu já vi. Não me refiro apenas a 2021, mas no geral. Ela causa um misto de sentimentos que é difícil descrever com exatidão.

Por diversos fatores, é uma indicação para você assistir. E caso tenha dúvidas, deixo abaixo 5 motivos que podem te convencer a embarcar nessa minissérie que conquistou o coração de muitos telespectadores.

1 – Protagonista forte

Alex, interpretada por Margaret Qualley, se cansa da vida que leva com o marido Sean (Nick Robinson) e decide fugir de casa com a sua filha de apenas 2 anos. Você poderia achar absurda a atitude dessa jovem, no entanto, ao assistir é possível sentir o quanto ela sofreu nas mãos dele e concordar com a sua atitude.

Ela deseja dar o melhor para sua filha, até fica dias sem se alimentar direito, apenas tentando conseguir a confiança para ganhar o trabalho de faxineira.

2 – Ensinamentos

Os dez episódios nos ensinam alguma coisa, e talvez você nem precise estar procurando ensinamentos para aprendê-los. É de fácil percepção, pois as cenas são bem reais, os problemas apresentados são verossímeis. Ainda que você não sinta empatia pela protagonista (o que considero muito difícil), com certeza você sentirá pena dela em muitos momentos.

A minissérie deixa claro uma coisa que muitas mulheres (e até mesmo os homens) não sabem: não é preciso violência física para considerar um relacionamento tóxico. Existem vários tipos de violência, a psicológica é uma das vividas por Alex; violência patrimonial, chamada também de violência financeira, que ocorre quando alguém pratica determinada conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos. Alex não tem cartão de crédito, não possui liberdade financeira e nem sequer tem dinheiro para se alimentar – tudo que faz é pedindo valores para Sean.

3 – Semiótica

Praticamente todos os filmes e séries possuem semióticas. Aqui os detalhes agregam para nossa análise e para estudar os significados por trás de algumas cenas. Assistir a algo nunca é apenas assistir, e sim refletir sobre o que aquele cenário, o que aquele jogo de luz, aquela posição da câmera, aquele objeto estão fazendo ali. Tudo é para agregar.

Uma parede, uma pilastra entre duas pessoas... Ela não é colocada em vão, é para significar algo, uma separação, uma diferença. Assim como a posição corporal de um personagem no alto e outro em nível inferior, para mostrar poder, autoridade, inferioridade e por aí vai. Esses são exemplos bem simples, mas existem outros bem mais estratégicos e muitas vezes imperceptíveis. Vale a análise!

Ah! Quando assistirem, analisem a cena do poço!

4 – Sororidade e fraternidade

Percebe-se, desde o início, a vontade que uma mulher tem em ajudar a outra. Quando Alex sai de sua casa e vai para um abrigo para vítimas de violência doméstica, lá ela encontra tantas mulheres que passaram por situações como a sua e então predomina aquele sentimento de “não estou só”.

É bonito de ver como aquele abrigo funciona, a estrutura, a logística e como umas ajudam as outras. Isso é sororidade.

Não obstante, temos o Nate, um colega de trabalho que também se predispõe a ajudá-la sempre no que for preciso. E realmente ajuda, não é apenas “qualquer coisa estou aqui”, bem da boca pra fora. Ele auxilia e quer fazer coisas que nem mesmo Alex teria coragem de pedir. Isso é fraternidade.

5 – Baseado numa história real

Se os 4 primeiros motivos não foram suficientes, deixo este por último para fechar com chave de ouro. Primeiro porque eu sou fã de histórias baseadas na realidade, não sei você. Quando alguém me diz essa frase eu já corro para anotar na minha lista.

É evidente que Alex pode ter uma história semelhante a muitas mulheres, e com certeza muitas passam por isso. Achei essencial a Netflix trazer isso. Porém, “Maid” não se trata apenas de semelhanças e sim de uma história inspirada na vida de Stephanie Land. A minissérie é baseada no livro dela, “Superação: trabalho duro, salário baixo e o dever de uma mãe solo”.

Durante muitos anos, Land ficou bem abaixo da linha da pobreza. Para sobreviver, ela contou com auxílios do governo para cuidar da sua filha, além de ter trabalhado com faxineira.

Uma curiosidade:
Paula (Andie MacDowell) é mãe da Alex (Margaret Qualley) e, na vida real, também existe a relação de mãe e filha da Andie com a Margareth. Achei isso incrível! A Rylea Nevaeh Whittet, filhinha da Alex, também se aproximou bastante de Margaret atrás das telonas, para criar uma ligação e isso fica bem perceptível nas cenas. A relação das duas é tão forte que parece que são parentes na vida real. É lindo de assistir e de sentir.

Espero que ao final de tudo isso eu tenha conseguido convencer você a assistir. São apenas 10 episódios, como disse. Vale a pena! Vale MUITO a pena!

Criadora: Molly Smith Metzler
País de origem: EUA
Distribuição: Netflix
Sessão da TARDIS. O título faz referência à “TARDIS”, cabine telefônica e nave do Doutor na série Doctor Who. Nada mais justo do que uma junção de uma série clássica e aclamadíssima para nossas tardes aqui indicando séries que gostamos, não é mesmo?!

8 comentários:

  1. Eu não precisei de motivos para ver esse presente rs
    Amiga do céu, devorei os episódios como se precisasse deles para viver. A determinação, o sofrimento, a carga pesada nos ombros de Alex. O quanto ela sabia que não era o certo ficar ali e ver o passado se repetir com a pequena. O que ela viveu, o ciclo de violência seja verbal, na carne, na alma.
    Só tive muita raiva da mãe, mas entendi também que se fazer de louca foi o jeito que ela encontrou de deixar o passado para trás, uma forma errada de tentar enganar a si mesma.
    Vale cada lágrima, cada torcida, cada desespero.
    Todos deveriam ver, sentir e torcer.
    Simples assim!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  2. Se já estava com vontade de assistir.....Agora então.....
    Você escolheu 5 excelentes motivos

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  3. Não sabia que era baseado em fatos reais. Eu to bem curiosa pra ver a serie, a sinopse ja tinha me chamado bastante atençao e os elogios sobre ela ta me deixando mais curiosa ainda.
    E sim, qdo falam q é baseado em fatos reais já coloco como prioridade pra ver.
    Talvez seja a proxima que eu veja qdo terminar you.

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  4. Poxa não tenho Netflix, senão experimentaria um capítulo.
    Os 5 motivos que deu foram muito bons, deu vontade de assistir. Fora a curiosidade em saber se essa mãe fez o certo, e se conseguirá ser feliz com sua filha.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  5. Tinham me indicando essa, achei muito legal e forte essa minissérie, pretendo ler quando tiver com mais tempo sobrando. Também gosto de obras baseadas em fatos reais.

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  6. Olá
    Anotei a dica da serie .só não vou assistir no momento pois já estou assistindo outra e como não tenho tempo e nem gosto de assistir duas séries ao mesmo tempo vou deixar para ver quando tiver um tempo sobrando.

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  7. Naty!
    Não conheci a série ainda, mas confesso que gosto demais de temas familiares e fiquei bem curiosa em poder assistir, ainda mais quando tem crianças envolvidas.
    Deve ser emocionante.
    cheirinhos
    Rudy

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  8. Olá! Definitivamente não faltam motivos para assistir essa série e eu espero fazer isso o mais breve possível, não sabia que se era baseado em fatos reais, por mais que o enredo traga muito da realidade de milhares de mulheres, isso só me deixou ainda mais empolgada, pois também sou daquelas que não resisti a um “baseado em fatos reais”.

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