“Não se pode fazer a coisa errada pela razão certa.”
Fazia um tempo que não lia Harlan Coben. Ah, como é bom poder desfrutar de um livro dele. Sempre com muito suspense, adrenalina e aquela narrativa gostosa.
Dr. Marc Seidman é baleado, após ter a sua casa invadida. Ele é levado ao hospital e fica em coma por quase duas semanas – é quando ele recebe a pior notícia da vida dele: sua filha Tara, de apenas 6 meses, desapareceu; sua esposa foi assassinada no dia da invasão.
O mundo dele desmorona. Depois de tanto tempo, parece impossível encontrar Tara com vida. Marc não desiste de encontrá-la. Até que ele recebe um pedido de resgate exigindo 2 milhões de dólares. E pela segunda vez seu mundo parece ruir. Ele não tem aquele dinheiro, e agora?
Seu sogro entrega uma mala com o dinheiro, mas uma dúvida permeia a mente dos dois: chamar ou não a polícia? Se não chamar, eles podem descumprir com o combinado; se chamar, a polícia pode fazer alguma coisa, ou eles podem saber do envolvimento e matar a menina. O que fazer? Um único erro e então não haverá segunda chance. É preciso pensar e agir da forma correta. Mas, afinal, qual seria?
O livro é repleto de adrenalina, a gente não tira os olhos das páginas. O ritmo aumenta no decorrer dos acontecimentos. A escrita de Coben proporciona uma leitura fluida, os capítulos curtos também ajudam nesse processo. Inclusive, esse é um dos pontos que adoro na diagramação da editora. Os capítulos, em sua grande maioria, são pequenos, a fonte é agradável e torna a leitura satisfatória.
Não dá pra descrever o desespero de Marc, e também não é com qualquer um que ele pode confiar. Alguns personagens aparecem na história, mas é claro que desconfiamos de muitos deles – e Coben sabe enganar.
Como se não pudesse piorar para ele, a polícia o considera o principal suspeito dos crimes. Além de lutar para recuperar sua filha, ele ainda precisa lutar para salvar a própria vida dos perigos que estão prestes a surgir.
Confesso que eu desconfiei de um detalhe na história, quem era o informante, até porque isso estava mais fácil de perceber. De resto, não dá pra acertar os plots nem que você queira. Gostei da temática que ele utilizou nesse livro, inclusive faz uma crítica de forma indireta (não posso falar o que é, mas depois vocês irão saber).
Trechos:
“Não conheço muitos super-ricos, mas já notei que, quanto mais a pessoa recebe as coisas numa bandeja de prata, mais ela reclama das mães solitárias que vivem à custa do seguro-desemprego e do auxílio do governo. É bizarro. Edgar pertence àquela classe mimada que se ilude acreditando que conquistou a própria condição social pelo trabalho duro.”
“Dina Levinsky ainda vivia em mim. Ela vive em você também. Responda depressa: quem era a criança que mais sofria na sua escola? Isso, exatamente, você se lembra. Você se lembra do nome e do sobrenome, da aparência. Lembra-se de vê-la indo para casa sozinha ou sentada sozinha no recreio, em silêncio. Seja o que for, você se lembra. Dina Levinsky fica em você.”
“A fama vicia mais que o crack. Os adultos que perdem a fama ‘astros de um único sucesso, por exemplo’ costumam cair em depressão, embora tentem fingir que estão acima disso. Não querem admitir a verdade. Toda a sua vida é uma mentira, uma busca desesperada por outra dose da droga mais potente de todas: a fama.”
Título: Não há segunda chance
Autor: Harlan Coben
Editora: Arqueiro
Páginas: 336
Ano: 2020
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Eu li esse livro tem um tempinho e Coben sempre nos surpreende. A gente no fundo sabe que ele vai nos enganar e ansiamos por isso rs
ResponderExcluirEle nos pega direitinho. Ao menos a mim, foi uma reviravolta de louvor.
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Verdade, Angela. Eu fiquei: Whaaaaaaaat, como assim, gente? kkkkkkkk
ExcluirSão vários plots durante a leitura haha
Oi, Natália! Li apenas um livro do autor e faz muito tempo. Essa nova coleção está linda demais! A história é bem aquele ritmo que eu gosto, uma crescente de adrenalina e a gente não consegue parar de ler. Marc terá muitos obstáculos até descobrir o paradeiro de sua filha.
ResponderExcluirVerdade, Lari. Espero que você leia mais livros dele, se tiver interesse. E aproveite e comece por esse rs.
ExcluirMil teorias se criando na minha cabeça. E aposto que é bem capaz de eu ser surpreendida com Coben.
ResponderExcluirFaz um tempão que não o leio. Preciso voltar as histórias dele
Naty!
ResponderExcluirJá li alguns livros do autor e ele é genial na minha opinião.
Não tive oportunidade de ler esse, mas gostei muito da sua análise e de todo o enredo.
Tenho alguns aqui dele, mas não esse, vou a caça.
cheirinhos
Rudy
O Harlan não tem dó dos personagens dele, o homem tem mil e uma forma de fazer eles sofrerem. Esse parece um mistura de adrenalina (as vezes nesse consigo acompanhar para fazer teoria) com angústia muito grande.
ResponderExcluirEu adoro o gênero, e confesso que ainda não li nenhum livro do autor, mesmo com todo o sucesso. É uma trama que deve nos deixar apreensivos o tempo todo. Deve ser difícil largar o livro antes de chegar ao final e resolver o caso.
ResponderExcluirOla
ResponderExcluirTenho alguns livros desse autor mas ainda não li Espero ler em breve .
E já coloquei esse livro que você resenhou na minha lista de desejados pois gosto muito desse gênero. A habilidade do autor em supreender o leitor é bastante conhecida.
Olá! Sempre que me deparo com uma resenha sobre algum livro do autor, lembro que preciso urgentemente ler algo dele (risos) e esse enredo me deixou para lá de tentada a começar o mais breve possível a mudar isso, gostei do suspense, da tal crítica e fiquei bem curiosa em relação ao desfecho.
ResponderExcluirOi,
ResponderExcluirAi quero muito ler mais do Harlan esse ano!
Li apenas dois dela na vida, mas amei.
Que escrita fluida!
Gente, que sofrimento esse Marc passa.
Meu Deus, imagino o desespero. A gente enquanto lê se desespera também.
Vou querer ler sim
Bjs