Depois de uma onda de ressaca literária que durou uns 3 meses, estou de volta. Somente um suspense policial para me fazer voltar à leitura. E “Todas as boas pessoas daqui” entrega uma história que vai surpreender.
Margot é a nossa protagonista. Uma jovem que cresceu com outras garotas do seu bairro e que sempre se incomodou com o caso de January – uma criança que foi encontrada morta horas depois de ter sido desaparecida. Margot nunca esqueceu desse fato, mesmo tendo seis anos na época em que ocorreu.
January e Margot eram amigas e vizinhas, e aquela história sempre a deixou intrigada. Vinte anos após o fato, já formada em jornalismo, ela retorna para sua cidade para cuidar de seu tio Luke e outro caso surge como o da January. Uma garotinha de apenas cinco anos desaparece e Margot decide investigar. Mesmo todos dizendo que as histórias não têm ligação, dentro dela a certeza é que o criminoso dos dois casos é a mesma pessoa. Será?
À medida que Margot se aprofunda no desaparecimento de Natalie, ela começa a suspeitar de que há algo sinistro naquela comunidade: uma espécie de pacto de segredos, o que pode desencadear o fim para muitas pessoas. O assassino de January pode ser a mesma pessoa que levou Natalie? E qual será o risco que ela corre ao tentar descobrir o que realmente aconteceu naquela noite vinte anos atrás?
É surpreendente como a autora desenvolve uma história que faz o leitor desconfiar de todos os personagens. Em alguns momentos a gente acha absurdo, mas isso torna a leitura envolvente. Acertei o assassino mais por desconfiança. Sabia que a autora não deixaria tudo tão claro, então busquei mecanismos para fugir do óbvio. E vou falar uma coisa que já comentei em outras resenhas por aqui... É incrível o poder que a mídia tem de culpar uma pessoa sem ter provas. E digo isso com total indignação. Não dá pra aceitar que pessoas sejam punidas porque a sociedade faz conjecturas e trata como se fosse uma verdade absoluta.
O final em aberto fica para o leitor refletir e tirar suas próprias conclusões. Fiquei aflita com isso, pois esperava uma resposta. Mas é um ponto positivo, pois deixa margem pra continuação – o que eu adoraria ver.
Espero que leiam! Principalmente se vocês estiverem em alguma ressaca literária (quase eterna) como eu fiquei.
Título: Todas as boas pessoas daqui (exemplar cedido pela editora)
Autora: Ashley Flowers
Editora: Faro Editorial
Páginas: 288
Ano: 2023
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Essa questao da midia lembro que abordou tb num livro do charlie donlea, que uma pena n gostei do livro, mas essa critica gostei bastante.
ResponderExcluirBem curiosa em ler esse livro.
Quero muito ler Naty.
ResponderExcluirCrio teorias todas as vezes que leio algo sobre o livro.
E até o final aberto, do qual não sou fã, acredito que não vai me incomodar
Oi, Naty! Amo histórias assim! É como se a gente seguisse os passos junto de quem investiga, na tentativa de desvendar todo o mistério. Leituras assim me fisgam. E finais abertos não me incomodam tanto, gosto de ficar imaginando o que teria acontecido.
ResponderExcluirEu sou fã de um final aberto rs sei lá, gosto de ficar pensando nas possibilidades. Sei que isso aguça um lado interno meu!
ResponderExcluirA Faro é demais e esse livro é um dos mais desejados do momento e não vejo a hora de poder ler!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Olá
ResponderExcluirEsse é o tipo de leitura que deixa leitor preso na trama , elaborando mil teorias.Não sou fã de finais abertos,a não ser que tenha uma continuação.
Olá! Eita que não sei se meu coração aguenta um final aberto assim (risos), brincadeiras à parte, está aí mais um mistério a ser desvendado, confesso que tenho pretensão zero de descobrir o culpado antes de terminar a leitura, mas vai ser divertido tentar, tentar e tentar.
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