É difícil iniciar a leitura de Crise Financeira na Floresta e não comparar com a crise econômica
do nosso país. Não é de hoje que a corrupção reina em nossa terra, que deveria
ser verde, mas que já está praticamente cinza. Um sonho de amor e de esperança
à terra desceria, porém, em seu lugar desceu apenas o pesadelo de corrupção e de
crise econômica.
Nesse cenário tão catastrófico a bomba explodiu,
desestabilizou a economia e a confiança daqueles investidores assíduos que já
não existem mais. Recuperação? Essa palavra está longe de ser empregada, ela
repousa, deitada, eternamente em um berço esplêndido e, tenha certeza, não é o
nosso.
Às vezes (para não usar o termo sempre) o Brasil se
assemelha a um jogo de caça-níqueis daqueles viciados, apenas um literalmente
ganha muito e os outros lucram um valor apenas para ficarem quietos – mesmo que
esse lucro seja de milhões, o verdadeiro vencedor ganha cem vezes mais que
isso. O meio de lucro perpassa tantas esferas que fica difícil imaginar a
quantidade de impostos que os brasileiros são obrigados a pagar. Aonde se quer
chegar com isso? Na corrupção em massa e, como consequência, na crise
financeira do país. E o que isso tem a ver com o livro? Tudo.
Embora seja uma obra para ser lida para crianças a
partir dos sete anos, sugiro que essa leitura deveria ser obrigatória. É
simples e fácil de ler, mas fará com que comparemos ao Brasil. Através da
história escrita por Ana o leitor é capaz de sentir vergonha e nojo de saber
que estamos em um país repleto de corrupção. Não é que o livro retrate sobre
ele, mas a todo o instante o leitor é carregado ao mundo real e não há
diferença alguma com a ficção trazida.
A autora propõe uma ideia diferente para ensinar à
criançada: uma educação financeira voltada à importância do trabalho, do poupar
e investir; além de mostrar o impacto das dívidas e do consumismo excessivo.
Ana ainda insere valores como honestidade e ética, ao fazer o leitor analisar
como ser transparente é sempre o melhor em todos os aspectos.
Esse livro mostra a necessidade de ensinar, desde
cedo, valores de educação financeira aos pequenos, para que se tornem adultos
responsáveis, para que saibam administrar e, acima de tudo, sem perder a ética.
Na realidade, a obra é dotada de ensinamentos e, muitas vezes, os adultos
esquecem-se deles e preferem ludibriar o outro, ganhar de forma ilegal e ainda
conseguem dormir em um travesseiro de pedra como se fosse num de pena de ganso.
É essa reflexão trazida e despertada para observar
as ações dos governantes deste país. Ações cobertas por corrupção e que, no fim
do dia, dormem como se fossem crianças, com a consciência de um bebê que não
tem discernimento das coisas. Esses podem até ter sido ensinados pelos seus
pais sobre o que era certo, outros nem tanto, porém, preferiram a comodidade do
dinheiro fácil, através do engano e da ilegalidade, a ter de conquistar através
de muito “suor” e esforço de maneira honesta.
O trabalho ilustrado por Cláudio foi bem feito e
ficou bem atrativo à criançada. A diagramação oferece uma leitura rápida e agradável.
A revisão ortográfica ficou impecável e não existe nada que possa ser apontado
como defeituoso.
Depois de todos esses pontos levantados é redundante
recomendar a leitura. Você lendo ou não as coisas continuarão da mesma forma,
contudo, a pessoa que lê, comparando com a realidade ao seu redor, jamais será
a mesma.
Quotes:
“- Se você não quer problema
e tampouco dissabor,
siga sempre o velho lema,
não empreste a mau pagador!” (p. 07).
“- E me faça um favor:
não fique devendo fiado.
Digo com amor,
seu nome é seu maior legado” (p. 15).
Título: Crise Financeira na Floresta (exemplar cedido pela editora)
Autora: Ana Paula Hornos
Editora: Geraçãozinha
Páginas: 24
Ano: 2015
Sempre fui a favor de todas as escolas darem aulas de educação financeira, acho que hoje em dia a maioria dos brasileiros está numa situação financeira ruim porque nunca aprenderam a lidar com finanças. Se ensinarmos as crianças desde cedo podemos ter adultos mais conscientes no futuro. Esse livro deveria ser leitura obrigatória nas escolas.
ResponderExcluirEsse tipo de ensinamento também acho que deveria ser desde de cedo, porém acho que os políticos não que pessoas capazes de entender esse tipo de coisa, até porque dessa maneira teria mais gente cobrando o que e certo a se fazer. Realmente a crise financeira no país está uma vergonha, e muito triste ver o nosso país se declinando cada vez mais. Gostei muito da proposta do livro, e irei indicar para todas as pessoas que te filhos, mesmo que não saiba ler, os país poderiam ler e ensinar as suas crianças.
ResponderExcluirSe houvesse educação financeira em todas as escolas, com certeza, no futuro, haveria menos adultos endividados, com diversos problemas financeiros e sem saber como lidar com suas finanças, haveria um gasto consciente. Com certeza, esse é um ótimo livro!
ResponderExcluirUm abraço, boas festas e feliz 2016.
http://luzia-medeiros.blogspot.com.br/
que bacana q é voltar por aqui depois de tanto tempo e ver o blog vivinho da silva...
ResponderExcluirbitoquinha e feliz restinho de terça-feira aí. se cuida.
Oi Naty que livro lindo nunca li nada desse tipo achei bem diferente mesmo não tendo vontade de le-lo mas como sempre você faz ótimas resenhas bjs.
ResponderExcluirGanhei esse livro de cortesia e confesso que estou ansiosa pela sua chegada, apesar do tema passar longe dos meus preferidos.
ResponderExcluirNaty!
ResponderExcluirPrecisamos de livros mais instrutivos como esse para ensinar nossas crianças desde cedo como lidar com dinheiro e aprender economia.
Fantástico!
FELIZ NATAL!
“Não esqueça que Natal não é do Papai Noel tão pouco para ganhar presentes materiais, mas é a data que recebemos o melhor presente para nossa existência, Jesus!” (Rogério Stankewski)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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Linda Naty, concordo com suas considerações. Li a obra e gostei muito. Interessante a relação com o cenário financeiro do Brasil atual, que, após um período de crescimento econômico, passa atualmente por séria crise, sem levar em conta a da esfera política, de envergonhar qualquer um. Além disso, vejo que a autora aponta para os pequenos lições de microeconomia, do dia a dia, que têm repercussão em âmbito macro. Vejo na obra relação com a crise surgida nos Estados Unidos em 2008 pela explosão da bolha imobiliária gerada pela prática do mercado de conceder empréstimos com a hipoteca do mesmo imóvel várias vezes, tornando as dívidas impagáveis, prática parecida com a da Cigarra.
ResponderExcluirEnfim, parabéns a vc pela resenha e à autora pelo brilhantismo no ensinamento!