Assassinato na Torre Eiffel é o quarto livro que leio da editora Vestígio e, a cada livro lido, a minha vontade só aumenta em continuar a leitura por essa fascinante coleção. Essa trama é um pouco diferente por não termos um detetive profissional. Somos apresentados ao personagem Victor Legris, um livreiro de Saints-Pères que atuará como detetive.
O protagonista fica totalmente inconformado com a maneira como as mortes acontecem e resolve investigar os casos. Porém, ele não sabe que essa investigação pode colocar em xeque a sua liberdade, sua dignidade e o mais importante: sua vida.
Logo no início da obra, conhecemos Jean Méring. Ele está na estação dos Batignolles e falece por uma picada de abelha. Contudo, esse não é a primeira morte presente no livro e o que mais assusta Victor é que existe algo em comum: todas as pessoas morreram da mesma maneira.
A dúvida que permeia no decorrer da trama é: será que seriam meras picadas de abelhas ou uma série de mortes premeditadas? É impossível descobrir os seus motivos sem ficar vidrado na história e esperando esse desfecho que nos tira o sono.
Todo acontecimento gira em torno do ano de 1889, na querida e amada Paris, palco de uma série de acontecimentos intrigantes e horripilantes. Todavia, a história não é apenas uma trama policial, ela nos dá uma excelente aula de História de Artes e mensagens bastante filosóficas através tanto das palavras quanto das pinturas descritas.
Embora o leitor fique vidrado para ler o livro rapidamente, a leitura não é veloz quanto as outras obras da editora Vestígio que tive a oportunidade de conhecer. Não por ser ruim, mas porque requer certo cuidado pela quantidade de elementos detalhados na trama.
Victor e seu sócio, Kenji, marcam um encontro no primeiro andar da torre, juntamente com Marius Bonnet a fim de lançarem um novo jornal. Porém, o encontro dos três é interrompido. Para surpresa de uns e ansiedade de outros, Eugénie Patinot é encontrada morta, vítima de uma picada de abelha.
Os acontecimentos não param, as mortes surgem de maneira misteriosa e só nos resta finalizar o livro para sairmos satisfeitos em descobrir os reais motivos de tanto suspense. É impossível não se surpreender com o desenrolar da trama.
Embora a obra tenha tido um enredo totalmente criativo, com uma história inusitada, penso que poderia ter sido mais elaborada a descoberta de tudo. Tendo em vista que Victor não era um detetive, as pistas desvendadas por ele foram um pouco previsíveis. Porém, mesmo com esse ponto a ser abordado, não o chamo de negativo, já que Victor nos é apresentado como um homem bastante inteligente e esperto, o que torna qualquer descoberta esperada e adorada, independente de tudo.
O jovem livreiro, além de ser astuto e sagaz para o lado do crime, é um homem austero em todas as suas áreas. Contudo, mesmo buscando a perfeição em sentidos diversos de sua vida, ele é dotado de sentimentos. Podemos notar a sua fragilidade e seu jeito amável quando está perto de Tasha. Ele é um bobo apaixonado que deseja, de forma ardente, conquistar aquela incrível artista que a atraiu completamente.
O nome da obra é sugestivo e chamativo; a capa não fica atrás, dotada de designs e muito criativa. A revisão é tão bem feita que fica difícil notar algum erro. As folhas são amareladas, o que proporciona uma leitura agradável, como em todas as obras que li da Vestígio. Certamente, os apaixonados por romance policial irão se deliciar nessa envolvente história.
Quotes:
“- [...] Não sei se tenho talento, não sei se o que faço tem a chance de tocar alguém, mas não posso deixar de pintar, tanto quanto um alcoólatra não pode deixar de beber. É isso que me interessa, o objetivo é secundário” (p. 30).
“- [...] Pode tocar a campainha, a governanta está lá, vai recebê-lo. Fique alerta, é uma raposa, tinha antipatia pela pobre Eugénie. Chama-se senhorita Rose. Pra cima de mim? Da rosa ela só tem os espinhos!” (p. 116).
“- [...] Vou lhe dizer uma coisa, senhor, prefiro a companhia dos animais de pequeno porte à de certos imbecis” (p. 145).
Livro: Assassinato na Torre Eiffel (exemplar cedido pela editora)
Autora: Claude Izner
Editora: Vestígio
Páginas: 256
Ano: 2014
Adoro livros policiais! Claro que já anotei esse livro na minha wishlist! A história parece ser super interessante e bem diferente das histórias do gênero (morte por picada de abelha). Fiquei curiosa sobre o desfecho!
ResponderExcluirParabéns pela resenha!
Oi Natalia, tudo bem?
ResponderExcluirSou muito fã de romances policiais. Admito que adoro um mistério aparentemente sem solução ou um suspense que te deixa tenso e curioso até o fim do livro.
Se possível, irei ler essa obra com muito bom gosto, pois adorei a premissa e a sua resenha.
Abraços!
-Ricardo, Blog Lapso de Leitura
Oi, Naty
ResponderExcluirSou muito curiosa para ler outros livro da Vestígio, pois o primeiro que li amei.
Apesar de gostar de leituras mais fluídas, ainda gostaria de ler esse obra, mesmo parecendo mais lenta.
Apesar das pequenas ressalvas fiquei curiosa para saber o que está por trás das mortes.
Já gostei desse livro. Investigação, um detetive improvável e ainda em Paris? Fiquei meio que imaginando um daqueles filmes policiais antigos em preto e branco. Sei lá, deu um clima assim ao pensar na história. E mesmo que possa ter alguma falhazinha na elaboração acho que isso não me afetaria muito, acho que iria gostar. Boa dica.
ResponderExcluirOi.
ResponderExcluirJá fiquei encantada com a premissa do livro. Amo um bom suspense, mistérios e muita investigação. Esse gênero é um dos meus preferidos. Não conhecia a obra, mas lendo sua ótima resenha, fiquei muito curiosa. Claro que vou querer conferir essa leitura! Beijos.
Já conhecia o livro, mas nunca ti há lido resenhas da obra, achei mto bacana, qro conferir com toda ctz! Parabéns pela resenha, tá excelente!
ResponderExcluirBjs
Oi Natalia,
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, mas adorei o que li na resenha e já adicionei na lista de desejados, uma ótima oportunidade de ler um livro da editora Vestígio.
Adoro romance policial, é um dos gêneros que mais gosto de ler, e sendo que os acontecimentos ocorrem no ano de 1889 em Paris? Certamente vou me deliciar com essa história envolvente. Pelo jeito é um livro para ser lido sem interrupções, pois fiquei curiosa para conferir o desfecho dessa trama.
Beijos
Eu li alguns livros da editora e me apaixonei por todos agora já quer esse também. A editora me fez virar uma apaixonada por livros policiais e o ano em que a história se passa também me encantou muito.
ResponderExcluirEntão, eu não conhecia esse livro mas realmente me chamou a atenção e vou ver se leio.Me deu vontade de me aventurar pelo suspense!
ResponderExcluirOlá, Naty.
ResponderExcluirEu tenho muita curiosidade em conhecer os livros da editora. Eu amo romances policiais e sempre vejo elogios as obras deles. Que pena que a elucidação do crime não foi tanto do seu agrado, mas que bom que mesmo assim ainda não o considerou um ponto negativo. Assim que der eu vou ler com certeza.
Blog Prefácio
Não conhecia o livro mas com certeza leria, adoro histórias policiais com mistérios a serem descobertos!
ResponderExcluirNossa, que livro bacana!
ResponderExcluirNunca tinha lido sobre ele, mas achei muito interessante e instigante, já quero!!
Faz tempo que não leio romances policiais, achei uma boa dica, anotado aqui, vou procurar para lê-lo logo logo!
bjão
Ana,
elvisgatao.blogspot.com
Adoro quando o livro tem como cenário Paris. Já me ganhou ai :)
ResponderExcluirFiquei curiosa para saber como as picadas de abelha esta relacionado com as mortes. Apesar de ser um gênero que não leio frequentemente, leria este livro;
Eu gosto desses personagens que são digamos "amadores" e não profissionais. Acredito que mais facilmente nos identificamos com eles. Eu adorei o enredo e a edição ser primorosa quanto aos cuidados gráficos e de revisão é um ponto importante no livro.
ResponderExcluirNunca fui muito de ler romances policiais, mas tenho começado a pouco tempo. O suspense me deixa ansiosa, por isso evito. De qualquer maneira, eu tenho adorado tudo isso. De fato, a capa e o título dessa obra são muito chamativos e instigantes, melhor aind ao enredo. As vezes acontece do livro não ser explorado ao máximo, e mesmo sendo previsível, acaba sendo uma leitura agradável para aqueles momentos de ressaca literária.
ResponderExcluirUm abraço!
http://paragrafosetravessoes.blogspot.com.br/
Adorei sua resenha, você acredita que ainda não tinha ouvido falar sobre o livro? Mas adorei a história, e achei uma pena que ela não tenha sido tão elaborada.
ResponderExcluirBeijos!!
Gostei muito da história do livro!!
ResponderExcluirBjoss
Nunca tinha lido nada sobre esse livro, nem lembro de tê-lo visto por aí. Achei muito interessante, é bem o tipo de livro que eu gosto. Deve ser bem diferente mesmo com alguém que não é um detetive investigando, me lembrou outro livro que já li. O nome do livro me deixou curiosa!
ResponderExcluirBeijos,
Amanda Almeida