Olá
amigos,
Escrito
pela neurocientista norte americana Lisa Genova, este é o terceiro livro
dessa autora/médica. Sinceramente não sei como esse pessoal aguenta trabalhar
nesse meio, pois Para sempre Alice é tristeza somente. A alta remuneração
desses profissionais está mais do que justificada.
Alice
é uma super professora da universidade de Harvard, muito inteligente, e com uma
memória incrível, ela sempre lembra de tudo, praticamente nunca esquece nada,
inclusive é conhecida na universidade por sua memória afiada e certeira. Certo
dia, voltando de sua corrida matinal, ela esquece o caminho de casa, não
somente esquece como também fica perdida, sem saber onde está, parada por uns
minutos, observando qual caminho pegar, sem saber por onde ir. Isso a deixa
tremendamente assustada, afinal, Alice percorre aquele mesmo caminho há anos e
isso é algo realmente estranho de acontecer, não é? Ela deve estar trabalhando
demais, não deve ser nada além de estresse, mas, por via das dúvidas, ela marca uma
consulta. Ao se consultar com um médico, Alice é diagnosticada com o mal de
Alzheimer.
A
partir desse momento, nós acompanhamos os pequenos avanços que a doença tem no
dia a dia de Alice, as coisas mais banais que ela começa a esquecer (a receita
infalível do pudim de pão no Natal), as coisas que ela troca de lugar (celular
dentro do congelador), a tática para lembrar de algumas coisas vitais
(perguntas como: qual o nome dos seus filhos?). Você tem dó da personagem, você
quer logo que as coisas acabem ou melhorem, mas você sabe que elas não vão
melhorar, então você acompanha até acabar.
Pessoalmente
Alice preferiria ter câncer: pessoas com câncer são vistas como vencedoras e
batalhadoras. Pessoas com Alzheimer são vistas como um peso, como coitados,
como perdedores, pois não adianta batalhar, a batalha já está perdida no
instante em que começa. Todos sabem que essas pessoas vão se tornar senis, não vão
reconhecer seus próprios familiares, serão incapazes de se vestirem sozinhas
(pois vão esquecer como se faz), não vão se lembrar de ir ao banheiro,
praticamente voltam a ser crianças de colo… a pessoa simplesmente perde
sua identidade, seus sonhos e suas vontades. Passeios noturnos sem destino
nem sentido, repetição de perguntas sem assimilar respostas, falha dos órgãos, só
tristeza.
Mais triste ainda é ver como as pessoas ao seu redor reagem e começam a te esquecer, deixar de lado: você não pode mais trabalhar (você sabe chegar ao seu escritório?), não pode fazer um chá (pois pode esquecer o gás aceso), sua opinião não conta mais, não participa das conversas (não lembra nem qual era o assunto), sua opinião não conta (você não tem mais capacidade de decidir com coerência), você é um peso que só está esperando a morte chegar.
Mais triste ainda é ver como as pessoas ao seu redor reagem e começam a te esquecer, deixar de lado: você não pode mais trabalhar (você sabe chegar ao seu escritório?), não pode fazer um chá (pois pode esquecer o gás aceso), sua opinião não conta mais, não participa das conversas (não lembra nem qual era o assunto), sua opinião não conta (você não tem mais capacidade de decidir com coerência), você é um peso que só está esperando a morte chegar.
Quando
terminei este livro, me senti um trapo, péssima, sem esperança na vida… e
cheguei novamente à conclusão de que nós muitas vezes reclamamos demais da vida
e nos esquecemos de agradecer pelo que temos e pelo que somos, por isso todos deveriam
ler esse livro. Ele é um lembrete do que pode acontecer a qualquer um e nada
se pode fazer a respeito. É como se você estivesse na beira da praia e uma onda
gigante invadisse: você não tem controle, é algo que não está em suas mãos.
Abraços.
Título: Para sempre Alice
Autora: Lisa Genova
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 283
Ano: 2009
Oi, Silvana
ResponderExcluirEsse livro parece muito triste. Amei as palavras na resenha. Acho que me sentiria um trapo também. Fiquei curiosa para ler, pois adoro esse tipo d reflexão sobre a vida. O quanto às vezes não damos valor para nada. Ótima dica.
OI Silvana.
ResponderExcluirJá estou triste sem nem ler.
é realmente uma luta para uma pessoa com mal de Alzheimer, e faço das minah suas palavras o julgamento é grande, e as pessoas começam a ver a pessoa que sofre de maneira diferente o que é bastante triste.
Bjs.
Silvana!
ResponderExcluirAinda estou com lágrimas nos olhos...:(
É que vivo essa realidade com mainha. Ela tem Alzheimer e é tão triste ver uma pessoa que foi ativa a vida inteira, trabalhou no meio de comunicação, tinha diversas atividades, e hoje estar privada de tudo, até de uma simples conversa. E é bem como falou, as pessoas abandonam, esquecem de quem ela foi e nem visitá-las vão mais... é bem triste. Nós, as filhas, é que temos de ter amor e paciência par lidar com ela e estar ao seu lado todos os momentos possíveis.
Quero ler o livro.
“Não basta conquistar a sabedoria, é preciso usá-la.” (Cícero)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Eu já ouvi falar dessa história e ela parece bem triste nem imagino como deve ser saber que vc vai perder tudo e não poder fazer para mudar isso.
ResponderExcluirA leitura parece bem pesada e reflexiva.
Já tive vontade de ler esse livro, mas caramba, doença de Alzheimer é um negócio tão triste que não tive estomago pra pegar. E pelo que falou já dá pra ver que o livro é de uma melancolia sem fim. Se a gente fica com dó da personagem e só quer que aquilo acabe ou melhore? E sabendo que isso não tem cura, não vai melhorar, que nem ela nem ninguém tem controle pra lutar contra isso? Ai gente, só de pensar já dá um negócio aqui.
ResponderExcluirÉ um livro que pode abrir os olhos pra essa doença, fazer saber mais de como é pra pessoa e como afeta aos outros ao seu redor. Achei isso interessante.
Mas no momento ainda não leio. Talvez algum dia, é uma boa dica afinal.
Mana esse livro foi uma facada no coração, como a vida é irônica não é mesmo a mulher tinha uma memória impecável praticamente de repente irá sofrer uma das doenças mais cruéis. Sinto que esse livro vai ser aquele tipo de leitura que depois de finalizar vou querer deitar e virar um bola pra chorar. Preciso dele pra ontem.
ResponderExcluirOi Silvana, tudo bem?
ResponderExcluirFiquei super interessada no livro. Gosto muito quando os autores dominam o assunto que permeia a história, sempre fica mais interessante. Eu já tive contato com pessoas que tiveram essa doença e é realmente triste porque nós vemos as pessoas que amamos sendo apagadas dia a após dia... Tenho certeza de que vou me emocionar com o livro.
Beijos
Quanto Mais Livros Melhor
O mal de Alzheimer é mesmo uma doença cruel e triste, esquecer as pequenas coisas, esquecer aqueles que amamos... isso é muito difícil de lidar...
ResponderExcluirPara sempre Alice não é um livro que eu leria pois sempre evito ler livros tristes, mas eu amei sua resenha e as fotos, ficaram muito legais.
Abraços!
Oi Silvana! Eu tenho um livro dessa autora, o nome é Nunca mais Rachel e sei que ela tem algum que tem Anthony no nome, mas não lembro agora.
ResponderExcluirNão sabia que Para sempre Alice era o terceiro livro dela, pela fama achei que fosse o primeiro (meio sem sentido, mas ok rs)
O tema abordado nesse livro é muito triste, minha avó recentemente foi diagnosticada com uma doença que não é Alzheimer, mas também é neurológica degenerativa então eu sei bem o que é conviver com alguém que tinha uma memória incrível e de repente mal sabe quem é... é triste demais :/ de qualquer forma, espero ler esse livro um dia (um diaaa)
Beijos!
Oi Silvana, tudo bem?
ResponderExcluirConheço esta história através do filme, e realmente ela é muito triste. É angustiante acompanhar o desenvolvimento da doença e saber que nada pode ser feito a respeito, pois isso gera um sentimento de impotência enorme. Não li o livro, mas pretendo fazer esta leitura mesmo já conhecendo a história.
Beijos
Parece ser um livro bem forte e triste. Sei que vou chorar bastante.
ResponderExcluirNunca ouvi falar dessa escritora, mas gostei muito da forma que ela escreve os livros!
Darei uma olhada!
Parece ser uma historia bem comovente e envolvente, é muito triste essa doença a pessoa não se lembrar de nada e ter que depender dos outros é horrível, ainda mais para a personagem que tinha uma memoria e tanto é terrível, com a leitura deve dar para saber mais sobre essa doença e suas consequências.
ResponderExcluirQuero muito assistir o filme primeiro e depois ler o livro, acho que vai ser muito emocionante.
ResponderExcluirOi Silvana,
ResponderExcluirQue resenha mais sincera, já estou prevendo a carga de emoção desse livro. Faz tempo que quero ler esse livro, mas ainda não tive a oportunidade; assisti apenas ao filme, mas preciso ler o livro e conhecer essa mulher forte e corajosa. Gosto de livros que nos inspiram desse jeito, com essa história comovente de uma mulher com essa doença tão que cruel.
Beijos
Olá, Silvana.
ResponderExcluirAchei essa capa bem mais bonita do que a outra que eu conhecia. Esse é um livro que não lerei. Vai fazer um ano agora dia 28 de abril que perdi meu pai para essa doença. Foram dois anos de sofrimento, então não tenho psicológico para esse livro.
Prefácio
Oi Silvana, tudo bom?
ResponderExcluirGostei muito da resenha, ainda não conhecia o livro, e realmente a historia é muito triste né, não li nenhum livro em que tivéssemos um protagonista com mal de Alzheimer, esquecer é muito ruim, espero ter a oportunidade de ler o livro, como você disse todos deveríamos ler né, pois nunca se sabe o que vai acontecer conosco.
Beijos *-*
Oi, Silvana!!
ResponderExcluirGostei muito da resenha mais ainda não sei se vou ter coragem de ler esse livro!!
Bjoss