Olá
pessoas,
Forrest
Gump é uma história totalmente incomum sobre um garoto, com alguns problemas de
aprendizado e com uma boa dose de ingenuidade, porém, dono de um porte atlético
e uma força de invejar a muitos.
Forrest
é o tipo de pessoa que não possui um plano para a vida, ele simplesmente
aproveita as oportunidades que aparecem e segue o barco.
Tendo
sua grande parcela de ingenuidade, as pessoas constantemente se aproveitam dele,
lhe pedem favores em troca de coisas absurdas, o tratam como um imbecil (coisa
que ele pode muito bem ser). Mas
Forrest é ciente de sua condição de pessoa diferente, ele sabe que tem grandes
dificuldades com coisas básicas (amarrar o cadarço do sapato, por exemplo), e
que é incrivelmente bom em coisas absurdas (matemática e cálculos avançados,
por exemplo).
Viveu
a vida inteira com sua mãe, que também é um tanto diferente, mas que sempre amou
o filho e nunca o julgou pela sua condição diferente, o que podemos dizer, é
uma coisa rara para época em que o livro foi escrito (1986). Afinal, pessoas preconceituosas
sempre existiram e jamais serão extintas.
Após
passar pela fase colegial, Forrest, por ter um bom porte atlético, acaba conseguindo
uma vaga na faculdade onde passa a jogar futebol americano. O problema está em
ensinar para ele o lado correto que deve correr com a bola. Mas, uma vez resolvido
isto, ele corre como o vento e com a força de um trator.
Outro
problema é que na faculdade você precisa de fato estudar e passar em certas
matérias para ter êxito, mas Forrest não consegue fazer muito com relação a isso e acaba expulso.
Após
esse acontecimento, a vida o leva a ficar frente a frente com o presidente dos
EUA, e um erro nesse encontro, o leva às linhas de frente na guerra contra o
Vietnã. Lá
ele faz amigos e muitas coisas acontecem. Mas ele sempre tem em mente que
precisa fazer o que é certo e isso lhe rende uma bala no traseiro.
Depois
desse episódio de sua vida, ele volta para casa e mais coisas estranhas e
perigosas acontecem: campeonatos, bandas, amores e afins. Ele
decide viver em uma palafitas, onde abre uma empresa de camarão (ideia, fruto
da guerra no Vietnã), que inexplicavelmente acaba dando muito certo e o
enriquecendo de uma forma inacreditável. Ele faz essas coisas todas na companhia
de Sue, um orangotango, fruto de outra aventura maluca pela qual ele passou.
Já
deu pra ter um gostinho do livro, né? O que eu sei é que
quando terminei esse livro, precisei olhar para o nada por cerca de meia hora e repensar o que cargas d’água eu estava fazendo com a minha vida. O tempo que
estava perdendo, oportunidades que estava desperdiçando e planos que estava
abandonando. Sim, esse foi o efeito do livro em mim! E por esse motivo ele
recebeu 5 estrelas lindas e brilhantes.
Ao
ler essa resenha, você, meu caro e querido leitor, deve imaginar que isso tudo é
muito absurdo, que todas essas coisas jamais poderiam acontecer com uma só pessoa,
mas eu discordo. Temos sim uma gama muito grande de coisas bizarras acontecendo
com Forrest, mas pense só, se você deixasse os outros decidirem a sua vida, sem
abrir muito a boca para contestar. Onde você estaria hoje?
Pense em várias ocasiões que seus pais, por exemplo, queriam meter o bedelho e decidir sua faculdade. Ou talvez a roupa que você usa, ou se faria uma tatuagem ou não. Esses são exemplos pequenos, obviamente, mas vamos expandir esse caso para pessoas que você não conhece, que sabem da sua dificuldade, mas pouco se importam com ela. Lembre-se também que na época que o livro foi escrito, não existiam os direitos humanos (ou se existiam, não estavam muito ativos), e vamos expandir para decisões maiores, como a profissão que você deve seguir, quantos filhos deve ter, e se vai para o Afeganistão trabalhar em uma ONG sem fins lucrativos ou não. Lembre-se: você não poderia contestar. Onde você estaria hoje? Sim, não tem como saber, a história de Forrest poderia muito bem ser a sua, ou a minha.
Pense em várias ocasiões que seus pais, por exemplo, queriam meter o bedelho e decidir sua faculdade. Ou talvez a roupa que você usa, ou se faria uma tatuagem ou não. Esses são exemplos pequenos, obviamente, mas vamos expandir esse caso para pessoas que você não conhece, que sabem da sua dificuldade, mas pouco se importam com ela. Lembre-se também que na época que o livro foi escrito, não existiam os direitos humanos (ou se existiam, não estavam muito ativos), e vamos expandir para decisões maiores, como a profissão que você deve seguir, quantos filhos deve ter, e se vai para o Afeganistão trabalhar em uma ONG sem fins lucrativos ou não. Lembre-se: você não poderia contestar. Onde você estaria hoje? Sim, não tem como saber, a história de Forrest poderia muito bem ser a sua, ou a minha.
Senti
várias outras coisas lendo esse livro e mencionei-as no vídeo que se encontra
logo abaixo J
Acho que já deu pra entender que eu amei muito esse livro, certo?
A edição do livro é da editora Aleph, linda demais, em capa dura, com uma jacket que pode ser usada dos dois lados, cheia de detalhes caprichados e significativos. Com várias ilustrações, páginas com fontes diferentes, diagramação gigante. Uma das mais lindas da minha estante.
Abraços.
Quote:
"Deixa eu te dizer uma coisa: ser idiota não é nenhuma caixa de chocolate".
Quote:
"Deixa eu te dizer uma coisa: ser idiota não é nenhuma caixa de chocolate".
Título: Forrest Gump
Autor: Winston Groom
Editora: Aleph
Páginas: 392
Ano: 2016
Silvana!
ResponderExcluirJá assisti várias vezes o filme, porque gosto muito e toda vez que passa pelos canais televisivos, acabo assistindo novamente.
E como você não sabia que o filme era baseado no livro, mas pela peculiaridade da personagem, acredito que o livro é bem melhor e claro que quero fazer a leitura.
Semaninha alegre e feliz!
“No fundo, morrer não seria nada. O que não suporto é não poder saber como terminará.” (A. Amurri)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Sempre tive uma certa curiosidade com essa história e é legal ver o impacto dela, que mesmo que tenha tanta coisa que possa ser um absurdo ela ainda faz a gente pensar na vida assim, de ficar bobo e repensar nas coisas que está perdendo, no que poderia fazer...adoro quando um livro faz isso. Deu uma curiosidade ainda maior pra ler alguma hora. E não vou negar que amo histórias cheias de absurdos e situações fora do comum xD
ResponderExcluirOi! Nunca ouvi falar sobre o livro, mas já estou encantada com a edição dele. Achei a proposta do livro bem louca, com umas coisas bem aleatórias (tipo o personagem ter um orangotango hahah) mas que bom que ele te fez pensar sobre as oportunidades que muitas vezes perdemos na vida. Espero que a obra tenha o mesmo efeito em mim. Beijos
ResponderExcluirOlá, Silvana!
ResponderExcluirEm 2006, eu me tornei uma fã da franquia CSI e como sou o tipo de fã que pesquisa sobre os atores e vê os filmes e séries que já fizeram, eu vi Forrest Gump para conhecer o filme mais conhecido do Gary Sinise (o Mac Taylor em CSI:NY). Curiosamente após o filme, o ator (e também baixista) criou uma banda que leva o nome do seu personagem no filme, a Lt. Dan Band, para apoiar soldados americanos que estão em locais de guerra, soldados feridos em guerras e suas famílias.
Foi vendo o filme que soube que era baseado em um livro, lendo aquela famosa frase nos créditos de abertura "Based on the book written by Winston Groon" enquanto a pena voava no ar, mas até a Aleph lançar no Brasil, você só podia ler ele importando-o ou em e-book em inglês.
Fiquei pasma de ver tanta coisa que é diferente do filme. Até estou me perguntando "Cadê a Sue, Tom Hanks?". E estranhei a falta da personagem da Robin Wright na cenas que você falou. Será que ela foi só uma invenção de um roteirista romântico que queria alguém cantando um futuro premio Nobel nua e com um violão e não está no livro? Mas nesse caso, diferenças entre livro e filme tornam a leitura divertida, vendo o familiar Forrest correndo em novas aventuras que o cinema não adaptou. E tudo graças a magia do tempo de terem mantido esse livro tanto tempo sem ser publicado no Brasil.
E as capas mexem com a memória afetiva de quem viu o filme ou leu o livro mesmo em inglês. A capa dura, lembrando o cartaz do filme é de uma delicadeza e simplicidade absurdas.
Um abraço!
Ainda não conhecia, gostei da sua resenha :D
ResponderExcluirhttps://submersa-em-palavras.blogspot.com.br/
Parece ser uma leitura impressionante, quantas coisa aconteceram na vida do personagem, concordo que as pessoas opinam muito na vida dos outros, se dessemos ouvidos a tudo estaríamos perdidos rs, embora algumas opiniões as vezes ajudam. Da uma certa revolta quando as pessoa fazem isso de se aproveitar de quem é ingenuo. A leitura deve ser gostosa de ler e uma grande aventura apesar de alguns momentos que devem ser bem comoventes.
ResponderExcluirOlá Silvana!
ResponderExcluirEu vi o filme há algum tempo atrás e é exatamente tudo isso que você colocou na sua resenha. Tanto o filme, quanto o livro, são maravilhosos e passam mensagens importantes para a nossa vida. Forrest é aquele personagem especial e que é impossível de se esquecer!
Linda resenha! Adorei!
Beijos
Vivian
Saleta de Leitura
Eu já ouvi falar muito do filme, mas nunca vi, na verdade tá na lista de filmes que preciso ver antes de morrer. Mas eu não fazia ideia de que tinha um livro, fiquei muito encantada pela resenha, o livro parece ser um tapa muito bem dado na nossa cara. Fiquei com muita vontade de ler.
ResponderExcluirOi, Silvana!!
ResponderExcluirGostei muito da resenha do livro e essa edição está linda demais!! Já assisti algumas vezes o filme mas não sabia que ele era adaptado de um livro!! Mas sem dúvida agora quero muito ler esse livro incrível que é Forrest Gump!
Bjoss