Sinopse:
Após uma descoberta científica questionável, a Metrópole superou seus anos de recessão econômica através da legalização do comércio de mulheres. Cansada de ser tratada como um produto, Marina decide fugir. Para isso, precisará enfrentar a Força, um departamento policial com alta tecnologia especializado na vigilância e aprisionamento feminino. Isso, é claro, se puder se livrar de sua coleira, que emite choques ao ser removida além de denunciar sua localização.
Quando o Lucas entrou em contato comigo para me oferecer a oportunidade de ler Boas meninas não fazem perguntas em primeira mão, fui emocionalmente incapaz de recusar.

Como se eu quisesse recusar, não é?

Em seu novo livro, Lucas Mota, autor de Todos os Mentirosos, nos apresenta uma distopia de pegada forte e com toques de um futuro sombrio para as mulheres. A história se passa na Metrópole, que depois de uma descoberta científica legaliza o comércio de mulheres e com isso consegue sair de uma recessão muito braba. Fiquei meio mexida aqui... seria o Brasil?

Claro que os homens adoraram essa coisa do comércio de mulheres, mesmo não sendo um comércio sexual. Tá bem, deixa eu explicar melhor: as mulheres são deixadas pela família em lojas para serem vendidas, e lá são obrigadas a se vestirem e irem para a vitrine, expondo sua figura na tentativa de atrair homens que estejam querendo comprá-las. A mulher pode ser comprada para ser faxineira, governanta, cozinheira ou esposa. E é nesse cenário que vamos conhecer Marina, nossa protagonista, uma jovem que não se conforma com o seu destino e com o fato degradante de que as mulheres, além de se exibirem nas vitrines, são obrigadas a usar coleiras que dão choques nas mais rebeldes.  

E Marina é a nossa rebelde, aquela que não quer mais ser um objeto e que precisa dar um jeito de fugir para tentar ter uma vida digna. Mas tudo é um pouco mais complicado do que parece.

E com isso vamos aos motivos para você ler Boas meninas não fazem perguntas.

1 - Submissão  -  E nesse caso vamos falar sobre um tipo diferente de submissão. Não é aquela que aparece nos livros eróticos onde as mulheres se submetem no sexo em busca de prazer. Aqui elas se submetem pois foram ensinadas a ser assim. E não apenas ensinadas, mas adestradas. Aos 15 anos são enviadas para uma Academia onde vão aprender a se portar em todas as situações até que sejam compradas e tenham um dono. Isso mesmo... um dono.

2 - Rebelião - Marina não quer a coleira.  Ela não quer ser submissa e tão ter um dono. O que ela quer é se libertar do sistema e viver a sua vida de forma plena e livre. Exatamente como deve ser.

3 - A Metrópole - Quando começamos a entender como funciona a Metrópole e seus habitantes, a história ganha mais vida e para mim foi impossível não me perguntar se um dia a humanidade vai chegar a esse ponto. A descrição da cidade, dos laboratórios e de como tudo se encaixa nos novos padrões da sociedade me fizeram pensar um bocado.

4 - Sororidade -  Mesmo acuadas as "prisioneiras" têm um certo senso de sororidade. Na mesma casa vivem Vera, Sula, Caterina, Helen e Marina, e, conforme vamos conhecendo as camadas de cada uma, entendemos por que elas se ajudam ou se boicotam, se entendem ou se enfrentam e você pode acabar escolhendo uma personagem favorita que não seja a protagonista.

 5 - Coragem - Para encarar o que essas mulheres tem que passar todos os dias. E enfrentar o fato de que algo muito parecido com isso pode estar acontecendo em outro país real, em uma realidade que não é minha e nem sua, mas que pode ser a de outras mulheres. 

Em suma, temos um assunto forte e bem abordado que vai deixar você pensando se isso não poderia acontecer realmente. Se, em uma sociedade onde os homens têm 100% do poder, nós não seríamos apenas descartáveis.

Boas meninas não fazem perguntas está em um projeto de financiamento coletivo, e eu gostaria de convidar você a clicar no link - https://www.catarse.me/boasmeninas - e ficar por dentro das opções de compra e apoio ao livro.

Não deixe de me contar aqui o que achou da coluna de hoje!

29 comentários:

  1. Olá, Simone.

    É uma premissa bem interessante e impactante. E a primeira coisa que pensei foi o erotismo, por já ver uma obra onde coleiras tambem era usadas, porém com um gênero diferente.

    E realmente é de se pensar se não estamos a um passo de nos escravizarmos novamente, ou que possamos regredir de uma forma bem nefasta como essa, e não podermos fazer muita coisa em relação a isso.

    Parabéns pela resenha.

    Abraços.

    R.W.

    newsfallenbooks.com

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  2. Nice entry, I'm here for the first time and maybe I will stay longer!
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  3. Oi, Simone.

    Podemos ver através do livro, que as mulheres eram literalmente e extremamente desvalorizadas, vistas como uma mera peça de roupa.

    E é assim, que muitas mulheres são vistas por muitos homens, atualmente.

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    1. Oi Daiane. Acho que você pegou boas parte das críticas do livro. Acho que você vai decifrar tudo se decidir ler :)

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  4. Oi, Simome

    Quero esse livro pra ontem! :o
    E olha que não curto muito distopias, hein?!
    Mas adorei a proposta que, por sinal é assustadora!


    Beijos
    - Tami
    https://www.meuepilogo.com

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    1. Oie Tamires!
      Passa la no financiamento coletivo!! A partir de 10,00 vc ja pode receber o seu!
      https://www.catarse.me/boasmeninas

      Vc nao vai se arrepender... é assustadoramente quase real hehehe

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  5. É um enredo interessante e desafiador que pode gerar muitos debates e reflexões sobre o tema. É bem verdade que em muitos lugares no mundo muitas mulheres vivem situações parecidas. Fiquei curioso com a leitura. Torcendo para que o projeto alcance o financiamento necessário.

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  6. Gostei muito do enredo e da proposta! E já na torcida para que dê tudo certo! ;)

    beijos!!

    https://ludantasmusica.blogspot.com.br

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  7. Amei o post, ainda não tinha ouvido falar do livro e já quero muito ler. O tema é daqueles que a gente considera absurdo e mesmo assim morre de medo que um dia pense em colocar em ação de verdade, como todo enredo de distopia
    Beijos
    lolamantovani.blogspot.com.br

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    1. Oi Tay, tudo bem? vou deixar aqui os dois primeiros capítulos de graça pra você http://bit.ly/amostraboasmeninas

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  8. Oi Si.
    Que enredo, confesso que senti raiva ao saber como ele foi montado, mas entendi a crítica enorme que o autor fez e como mostrou o poder da protagonista.
    Adorei a proposta, adorei os motivos e mais ainda, acho que todos deveriam ler!
    Beijos

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    1. Oi Vitória, vou te contar um segredo: Acho que você vai gostar de saber o que a Marina fez (ela também odiou tudo nesse universo) hehe

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  9. Boa tarde! Tudo bem?
    Não conhecia esse livro, mas me parece bem interessante por abordar temas tão complicados.
    Passando pra retribuir sua visita lá no meu blog.
    Obrigada pelo comentário, volte sempre e tenha uma excelente semana!

    ~ miiistoquente

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  10. Oi Simone.
    Que proposta maravilhosa! Muito antes de ler os 5 motivos para ler o livro, eu já queria o mesmo pra ontem. kkkk Que história chocante e convidativa. Preciso desse livro. Obrigada pela dica!
    Bjos

    www.momentosdeleitura.com

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    1. Eu conheço o autor e ele disse pra mim que ficou feliz com seu comentário.

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  11. Já fiquei curiosa para ler esse livro, ele aborda um assunto polêmico!! Vender mulheres em vitrines é algo bem machista, porque não os homens também? Acho que só lendo o livro para descobrir o desenrolar dessa trama!!

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    1. Olha Karina, acho que você vai adorar a Marina. Vou deixar um mini-spoiler aqui: ela concorda 100% com você. =D

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  12. Guria, que historia "horrorosa" no bom sentido... Agora que as mulheres tem sua liberdade vem um livro que mostra um outro ponto de repressão. Achei extremamente criativo o tema e teus 5 motivos para ler, só corroboram com os teus comentários. Tenho certeza que a Marina se livra disso, só resta saber como e as consequências disso. Muito bacana.

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    1. Ouvi dizer que autor também é "horroroso" no bom sentido hehe

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  13. Oi!! Eu não conhecia o livro, mas preciso ler agora!
    Eu amo muito distopias, quanto mais distorcido e apavorante melhor.
    Adoro quando os autores criam uma sociedade tão real que ficamos nos perguntando se um dia chegaremos a isso.
    Beijos!
    Nerd Fox

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    1. Ouvi dizer que o autor ficaria muito feliz e honrado em saber que você se interessou pelo livro. Não conta pra ele, mas vou deixar aqui os dois primeiros capítulos de graça pra você http://bit.ly/amostraboasmeninas

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  14. Parece ser incrível!

    Tem sorteio novo la no blog, te convido a participar! http://www.cobaiaamiga.com/2018/03/resumo-da-semana-sorteio-makes.html

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  15. Não tinha ainda ouvido falar do livro, mas acho que é impossível não ficar mexida com a história, principalmente se você for mulher. Acho o tema principal do livro, mesmo que um tanto quanto ficcionalizado e distópico, extremamente importante e fundamental de ser discutido. Além disso, o cenário que o autor criou me parece bastante complexo, cheio de camadas, e acredito que seria bem interessante, ao mesmo tempo que seria perturbador, entender como funciona esse sistema. Com certeza é um livro que eu leria, sem pensar duas vezes!

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    1. Que bom que ficou interessada, Patrini. Vou deixar aqui os dois primeiro capítulos de graça pra você http://bit.ly/amostraboasmeninas

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  16. Oi Simone!
    Esse livro parece realmente ser muito bom. Ele trás uma crítica de algo que realmente acontece na vida de nós mulheres, em graus diferentes claro, mas que não deixa de ser verdade. A personagem principal também me cativou só lendo um pouco sobre ela. Realmente parece um ótimo livro.
    Bjs

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    1. Fico feliz que tenha curtido a proposta, Catarina. Vou deixar aqui os dois primeiro capítulos de graça pra você http://bit.ly/amostraboasmeninas

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  17. Olá,Simone!

    Ao ler o post, me lembrei de um episódio de CSI em que a vitima era uma russa que era comercializada em um tipo de "venda de esposas". As mulheres eram emigradas para os Estados Unidos para serem vendidas a homens que queriam esposas estrangeiras. Mesmo sem a "descoberta" que permite a exploração das mulheres nessa distopia e nem as coleiras rastreadoras, isso é bem parecido com o mundo em que a Marina vive.
    Além do mais, há um tipo de paralelo histórico com o Fascismo na Itália. Em 38, um "estudo" (se é que posso chamar de estudo) chamado "A defesa da raça" dizia que a raça ariana era melhor do que as outras, dando suporte as leis raciais que seriam impostas naquele ano contra negros e judeus, justamente pelo fato dos arianos serem melhores e mais produtivos. Após a II Guerra Mundial, tais "estudos" foram derrubados e as leis raciais na Itália foram canceladas. Mas aí fica o paralelo com Boas Meninas não Fazem Perguntas: Se os humanos veem uma vantagem econômica em um preconceito, eles insistem nele,só porque dá lucro, mesmo sendo moralmente errado. E isso é tristemente mostrado pela história. Infelizmente, o ser humano deixa de se mover pelos sentimentos, e passa a visar o lucro. Mas isso só gera mais desigualdade e desrespeito, ao invés de um desenvolvimento verdadeiro. Reclamamos se nosso salario não paga as contas, mas não se o nosso próximo sofre com o que fazemos, já que é só o que nos toca é que é importante. E se não repararmos isso, corremos o risco de repetir os mesmos erros tão distópicos quanto os livros que lemos.

    Um abraço!

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  18. Oi, Sissi!!
    Nossa amei esses cinco motivos para ler essa história. Não conhecia o Lucas Mota mas de cara já fiquei enlouquecida pela história que ele desenvolveu. Tenho certeza que esse livro vai ser um sucesso!!
    Bjos

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  19. Olá!
    Que enredo desafiador que nos leva a refletir e debater sobre o tema abordado.
    Não conhecia o autor,espero que um dia tenha oportunidade de conhecer sua escrita.
    Adorei esses 5 motivos e a palavra chave que você citou sororidade, será que Marina conseguiu deixar de ser submissa?
    Beijos

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