A passagem é o primeiro livro de uma trilogia já bem antiga, mas, ainda sim, maravilhosa. Nessa historia, um vírus criado pelos Estados Unidos saiu de controle e, o que prometia ser a cura de inúmeras doenças, se tornou o fim da humanidade que nós conhecemos. As pessoas se tornaram vampiros, que aqui são chamados de fumaças ou virais. Falar que são vampiros é um pouco simplista demais, mas é a melhor forma de vocês entenderem o que aconteceu. 

O vírus começa a ser testado em humanos, doze para ser exata, e a partir daí o autor começa a construir a história que vai durar anos, e nos trazer vários personagens e detalhes. Na primeira parte, o autor é detalhista e cheio de pistas do que vamos ver lá na frente. Amy é uma das nossas personagens principais, e acho incrível como ela é construída e como nos apegamos a ela. Na verdade, isso é uma coisa que o autor faz muito bem. O foco aqui não é o vírus em si, como ele foi criado, o foco são os personagens e a forma como tentam sobreviver a esse apocalipse. 

O livro tem um salto de cem anos a partir da segunda parte, que é quando somos apresentados aos personagens que são filhos dos sobreviventes e que vivem em uma colônia. Eles não conhecem nada do nosso tempo, e a realidade de não poder sair a noite e de perder constantemente amigos e família, faz parte da vida deles. A colônia tenta a todo custo sobreviver, cercado de altos muros e luzes enormes que mantêm os fumaças longe. Mas essas luzes tem um prazo de validade que está próximo, e eles não sabem o que vão fazer dali em diante. 


É um livro lento, bem lento. Tem muitos personagens, muita história paralela. O autor gosta de desenvolver a personalidade de cada um, de dar um passado a eles, e isso leva muito tempo da narrativa, mas foi o que me fez amar ela ainda mais. Ele consegue deixar a gente tenso pela história e pelas mortes que acontecem, mas a gente torce e se apega tanto as personagens que nem sei. Eu amei as famílias, os amores, a forma como a colônia sobreviveu e se reorganizou, os doze primeiros infectados que tem um papel primordial e grandioso, e a Amy, que é o centro dessa história.

Os capítulos são intercalados pelo ponto de vista dos personagens, e frequentemente o autor termina um capítulo em uma cena tensa e perigosa, e o próximo é outro ponto de vista distante. Aí ficamos na expectativa do que aconteceu. Eu gostei muito de como eles são unidos e corajosos, até porque, para viver na realidade deles, é necessário ser corajoso. Não quero falar dos personagens, porque quero que sofram lendo sem saber quem vive e quem morre. Nossa única constante aqui é Amy, porque ela é a chave e vocês devem prestar atenção nela. Fiquei muito feliz em terminar esse livro que estava parado na estante há seis anos. Mesmo sendo um calhamaço, li rápido e amei cada parte, mesmos as lentas. 

Estou mais do que motivada para terminar a trilogia. Sei que esse livro tem uma série, mas ela só teve uma temporada e, pelo que vi, não muito boa. Mas ver o trailer pode ajudar vocês a visualizar as fumaças e a tragédia que aconteceu causada, como sempre, pelo homem. 


Título: A passagem
Série: A passagem #1
Autor: Justin Cronin
Editora: Sextante
Páginas: 816
Ano: 2010
Compre: aqui

10 comentários:

  1. JE!
    Gosto de livros que esmiução a personalidade dos personagens, gosto demais quando isso acontece, porque poderemos conhecer a fundo cada um deles, mesmo que isso torne o livro um pouco lento, mas acho primordial para entender todo enredo.
    cheirinhos
    Rudy

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  2. Um p...calhamaço!!!Nossa, que alegria ver e ler sobre essa clássico aqui. Li este livro tem tanto tempo,mas ainda não conclui a série ;/
    É preciso ter paciência para não jogar o livro na parede em muitos capítulos..rs a narrativa é bem lenta, muito detalhada, mas a hora que engrena?
    Aí ninguém segura.
    Super recomendo!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  3. ola
    um livro que lembra a realidade pelo qual estamos passando ,com esse virus que até hoje ninguem explica .
    e pensar que foi escrito há um bom tempo .
    não sei se lerei não nesse momento O livro é longo e não sou tão fã de enredos assim mas a dica está anotada

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  4. Olá! Um livro com um enredo para lá de atual hein (#medo), e apesar de ser uma trilogia com muitas páginas e essa escrita mais lenta, fiquei bem interessada nas histórias e em todo esse suspense.

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  5. Olá!
    A capa me lembrou muito do livro A Cabana, não sei se é o mesmo autor e tal, mas lembrou. Adorei a premissa, uma historia boa, mas não sou muito de livros com historia lenta mas talvez eu dê uma chance.

    Meu blog:
    Tempos Literários

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  6. Oi, Je
    Não conheço essa trilogia, mas adorei a premissa.
    Tem livros que as vezes os detalhes fazem a narrativa ficar chata, eu gosto de ter detalhes sobre os personagens.
    Quero calhamaço, espero que você leia os outros dois e traga a resenha pra gente.
    Estou curiosa para saber como é viver nessa realidade é a luz perto do prazo de validade.
    Vai para a lista desejos, beijos.

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  7. Amo a premissa com essa pegada bem realista no contexto atual. Mas pelo livro ser um belo calhamaço eu vou esperar as proximas resenhas das continuações para ver se eu tomo a iniciativa de começar a ler.

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  8. Oi, Je
    Tenho muita vontade de ler essa trilogia.
    Parece muito legal e ainda mais no momento em que estamos passando. Acho queria seria uma ótima experiência.
    Porém, por ser enorme e lento, é o que vem me impedindo de começar kkk livro grande vai, mas lento geralmente abandono kkkk
    Mas tentarei ler sim, pois amei sua resenha e tô curiosa para saber o que houve com a Amy.
    Bjs

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  9. ingriD Figueiredo27/05/2020, 02:46

    Justin Cronin não poupa palavras, realiza uma escrita extremamente descritiva, fazendo com que o leitor consiga visualizar com perfeição cada detalhe do que ocorre, de maneira quase tão gráfica quanto se estivesse lendo uma história em quadrinhos. Os personagens são analisados em profundidade, fazendo com que o leitor se envolva e se identifique um pouco com cada um. Em resumo é uma obra que cumpre com honra sua missão: divertir. Um livro que, além de impossível se abandonar pela metade, faz com que se aguarde ansiosamente a leitura dos próximos ("Os Doze" e "A Cidade dos Espelhos"), onde várias questões serão ainda solucionadas.

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