Ele acredita em Papai Noel

Hoje vamos falar sobre o lançamento da Netflix que está dividindo comentários, “Ele acredita em Papai Noel” inicia abordando um tema que muitos filmes americanos, com a temática natalina, acabam deixando de lado. Aqui não, o capitalismo nessa data é evidente e o filme faz questão de abordar esse assunto.

Lisa (Christina Moore) é uma jornalista que odeia o Natal e ama o feriado da Independência dos Estados Unidos. A explicação está no fato de que no Natal as pessoas se encontram por conveniência (família); as estradas ficam congestionadas, cheias de neve; a pessoa fica 6h assando um pernil; o capitalismo força você a comprar presentes e a gastar seu último dinheiro. Em contrapartida, no feriado da Independência está calor, a pessoa consegue aproveitar um parque, ir a um clube, assistir a shows, ver evento de fogos de artifício, comer churrasco e participar de jogos em equipe. Esses são os argumentos utilizados no artigo da personagem para justificar e comparar ambas as datas.

Do outro lado temos Tom (John Ducey), um advogado que Lisa conhece no evento da Independência dos Estados Unidos. Ella (Violet McGraw) é filha da protagonista e é encontrada por Tom, que está perdida e precisa encontrar a turma para a sua apresentação.

Os dois são opostos num quesito. É claro que eles se combinam em tudo, começam a namorar e se encantam um pelo outro. Lisa fica tão cética desse relacionamento dar certo, porque acredita que ele tem algum defeito que ela ainda não saiba. Ah! E tem, um dos defeitos mais intoleráveis pra ela. Porém, demora um pouquinho para que isso seja colocado em evidência – às vésperas do Natal.

Achei a premissa do filme bem interessante. Nos trinta primeiros minutos já imaginei que adoraria assisti-lo, até que passa mais algum tempo e eu percebo o quanto o enredo subestima o telespectador. Tom acredita na magia do Natal, que o Papai Noel vem de trenó, com renas voadoras, sim, ele acredita nisso. E ainda acha que ele tem a capacidade de ir e voltar no tempo, por isso consegue visitar tantos países num mesmo período.

A obsessão dele pelo mesmo motivo que Lisa sente ódio é aceitável e justificável, mas os argumentos trazidos para fazê-lo acreditar em Papai Noel, além da viagem no tempo, não são muito convincentes para quem está assistindo. É evidente que se você assistir ao filme sem olhá-lo com críticas, você deixará isso passar despercebido. Se ainda tiver acompanhado de uma criança, poderão dar boas gargalhadas.

O problema que senti na história é a artificialidade do personagem, a inocência eu até entendo. O relacionamento dos dois poderia ter sido mais explorado, embora seja bem nítida a química entre eles. Os personagens secundários são bons, tinha muito a ser trabalhado.

No mais, é um filme que entretém, mas sem esperar muito dele.

Curiosidade:
Os protagonistas são casados na vida real. 

Direção: Alex Ranarivelo
País de origem: Estados Unidos
Distribuição: Netflix

Sessão da TARDIS. O título faz referência à “TARDIS”, cabine telefônica e nave do Doutor na série Doctor Who. Nada mais justo do que uma junção de uma série clássica e aclamadíssima para nossas tardes aqui indicando séries que gostamos, não é mesmo?!

8 comentários:

  1. Naty!
    Já tinha ouvido falar sobre o casal que fazem muitas produções juntas.
    Ah! Se é um filme de Natal, tem de ter um pouco de fantasia e magia, concorda?
    Para que criticar o coitado por acreditar em tudo que se relaciona com o Natal?
    Só espero que tenham conseguido superar esse pequeno problema entre eles.
    cheirinhos
    Rudy

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  2. Oi, Naty! Gostei dessa abordagem voltada ao capitalismo. Algo novo dentro da temática dos filmes de Natal. Parece que faltou trabalhar melhor a questão da crença de Tom sobre a magia natalina de forma a convencer quem assiste. E que legal os protagonistas serem um casal na vida real.

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  3. Ola
    Uma pena o filme não ter explorado melhor os pensamentos dos personagens. Não adianta trazer um tema e o desenvolver de forma superficial.

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  4. Então..rs esse filme está mesmo dividindo opiniões e eu acho que não o verei não rs Sei lá, gosto mais dos clichês bobinhos, mas com algum conteúdo.
    Isso de um adulto acreditar no Papai Noel é até bonitinho, mas até que ponto?
    Acho que esse eu passo rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  5. Para assistir a esse filme, temos que buscar a criança em nós, pois só dessa forma é possível assistir ao filme e ele ser crível.

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  6. Apesar de curtir o Natal tenho que concordar com a Lisa. Mas achei que colocar um adulto acreditando cegamente no Papai Noel ficou um tanto forçado e talvez bobo.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  7. O ator principal parece com um que gosto muito, mas procurei só para ter certeza e não era kkkkkkk. Parece ser bem divertido de assistir.

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  8. Olá! Falar sobre esse outro lado do Natal é ótimo e pode fazer com que algumas pessoas repensem um pouco na importância da data, afinal é bem mais que troca de presentes e essa parte do congestionamento eu sofro todo ano, acho engraçado essa “inocência” do protagonista bem fora da nossa realidade, mas é Natal, então está valendo.

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