Agora esse é o nosso mundo

Em busca de proteção e segurança, eles se encontraram

Andrew e Jamie estão lutando para sobreviver em um mundo pós-apocalíptico. Andrew está ferido e com muita fome. Os dois se conhecem de uma forma duvidosa, é claro que Jamie vai desconfiar de Andrew. Assim como Andrew não teria confiança alguma nele, mas é a única pessoa a quem pode pedir socorro.

Uma praga mortal matou a maior parte da população, e com ela se foi todos aqueles que eram o porto seguro dos protagonistas, Andrew, Jamie, e dos personagens secundários. Não, não é um livro sobre “The Walking Dead”, nem tampouco um livro baseado no jogo e na série “The last of us” – embora em alguns momentos tenha semelhança, principalmente com esse último, quando Andrew e Jamie se conhecem.

Os dois precisam lutar para conseguir sobreviver em meio ao caos. Precisarão de coragem para lutar pelo futuro que tanto almejam. Mas será que é possível ter uma nova vida em meio a tudo isso? Será que é possível voltar a ser como era antes?

Ambos começam a sentir algo além de amizade. Se não fosse o acidente que Andrew sofreu, talvez não tivessem se conhecido; ele não esbarraria na cabana de Jamie e não receberia abrigo. Mas agora que aconteceu, algo além surgiu e a vontade de ter algo além de amizade é evidente. No entanto, o que eles não imaginariam é que alguma coisa observava o casal... E isso pode ser mais um caos na vida dos dois.

Como vocês puderam notar, é um relacionamento LGBTQIAP+ num universo totalmente diferente. Afinal, quantos livros vocês já leram com a temática pós-apocalíptica com um casal homoafetivo? Eu nunca li. E devo dizer que adorei a ideia dele.

Agora esse é o nosso mundo

A gente consegue se envolver na história e rir com os personagens, se emocionar, ficar aflito com a situação desesperadora que estão passando. Gostei da forma como Brown abordou a necessidade que o ser humano tem de ter uma companhia. Se você assistiu ao terceiro episódio de The last of us, certamente vai identificá-lo aqui nesse livro. Vai sentir aquela cena do encontro, o desespero, o medo, a compaixão, a dor. Você vai sentir – e isso já vai ter valido a pena.

Gostei bastante da história. Gosto muito da diagramação da Faro, os detalhes nos inícios dos capítulos, as folhas em preto. A única coisa que me incomodou bastante foi a fonte. Demorei horrores pra ler porque ia lendo devagar pra não cansar tanto os olhos. Mas vale a pena a leitura. Não deixem de ler!

Curiosidade:
Achei fantástica a forma que o autor criou a obra. Foi super criativo, pois ele escreveu originalmente em 2015, mas ele optou por fazer alterações já que seria tratado de uma forma que, se publicada em 2021, não seria adequado na visão dele. Sua intenção era trazer algo fictício, mas com o surgimento da Covid, acabou tomando proporções diferentes.

Em nota, o autor informa que quanto mais a pandemia avançava, mais irresponsável seria tentar ignorar seu impacto no mundo. Então ele ficou dividido entre criar uma realidade alternativa, na qual a Covid nunca havia acontecido, ou fazê-lo acontecer em um futuro próximo após a Covid, no qual, nem mesmo as lições que o mundo aprendeu seriam capazes de nos proteger de um novo vírus mortal. E então ele se indagou o quanto de realidade colocar na ficção. Afinal, muitos leem como uma forma de fugir do mundo real, um escapismo dessa crueldade que sempre nos bate à porta. E foi então que Brown decidiu abordar o assunto com mais sensibilidade, de forma mais leve.

Agora esse é o nosso mundo

Título: Agora esse é o nosso mundo (exemplar cedido pela editora)
Autor: Erik J. Brown
Editora: Faro
Páginas: 256
Ano: 2023
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8 comentários:

  1. Olá! Gostei que o autor teve a sensibilidade de fazer algumas alterações na história para atender melhor nossa realidade, por vezes a gente busca os livros para fugir, por alguns instantes, do nosso mundo, mas ultimamente estamos encontrando muito dele nas leituras, principalmente com a pandemia, chega a ser um pouco assustador, mas voltando a história, já gostei da representatividade dos protagonistas e o misto de emoções que a leitura promete.

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  2. Oi, Natália! Não conhecia livros que trouxessem esse cenário pós-apocalíptico com a representatividade homoafetiva. Achei muito legal! Essa consciência do autor de fazer alterações e tratar o assunto com mais sensibilidade é algo admirável. E essa coisa misteriosa observando o casal? Curiosa!

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  3. Naty!
    Achei a ideia inédita e genial.
    Um romance LGBTQIAP+ em um mundo pós apocalíptico e ainda incluindo um pós pandemia, é uma ideia no mínimo inusitada e curiosa.
    cheirinhos
    Rudy

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  4. Eu como amoooo romance, gosto dele em todas as ambientações, gêneros e de todos os tipos.
    Sim, o mundo está praticamente no fim, há poucos Sobreviventes, surge um cara do nada, que pode ser confiável ou não, Mas o clima de amor e paixão, pode sim surgir

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  5. Uai...a fonte da Faro decepcionando? Eu amo a diagramação da Editora pela qualidade das páginas e claro, a fonte que sempre deixa meus olhos mais tranquilos. Agora me preocupei rs
    Mas realmente um cenário atípico demais, um romance acontecendo em meio ao caos. Claro que já fiquei mega curiosa e quero demais conferir, se puder!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  6. Olá
    Não sou muito fã desse tipo de leitura com mundo pós apocalíptico mas é admirável o cuidado do autor em tratar de determinado tema com sensibilidade pois realmente a leitura acima de tudo serve para a gente se distrair,se distanciar por uns momentos da realidade cruel que nos cerca.

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  7. Parece interessante a historia e as semelhanças que se tem com a historia de last of us, detalhes.
    Tb gosto muito da diagramacao da faro, acho que ela arrasa muito em suas ediçoes e fiquei curiosa em ler essa historia.

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  8. Comecei a ler esse livro e estou perto da metade, eu estou amando ele! Os protagonistas são ótimos, me lembram muito os de "Vermelho, Branco e Sangue Azul", porém mais carismáticos e traumatizados (kk), enfim, estou gostando demais e espero que mantenha a qualidade até o fim!

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