A ilha

Adrian McKinty tinha se tornado um achado incrível, quando li “A corrente”. Estava afoita para ler “A ilha” e confesso que nem peguei a sinopse para ler, até achei que poderia ser uma continuação rs. Fui com bastante sede ao pote.

Nessa história, vamos nos deparar com a vida de Heather. Ela se mudou de uma cidade pequena para Seattle e se casou com o médico Tom Baxter. Ele é viúvo e tem dois filhos, um casal. A relação de Heather com os meninos não é lá muito boa, mas ela tenta fazer o melhor que pode para não desapontar o esposo.

Para tentar amenizar essa problemática, ela decide acompanhar Tom a um congresso na Austrália com os filhos. Seria a oportunidade perfeita para tirarem alguns dias de descanso e melhorarem essa relação.

Quando chegam ao destino, a família descobre a ilha Holandesa, um lugar fora da rota turística que parece uma verdadeira aventura, longe dos celulares e das redes sociais. Por isso, Tom, Heather e as crianças logo arrumam um jeito de entrar na balsa que faz a travessia do continente até lá. Ocorre que quando estão a caminho, enquanto Tom dirige, um acidente grave acontece e eles ficam presos nessa ilha.

Todos descobrem da pior forma que os moradores pertencem a uma mesma família, o clã O’Neill, e claramente tem algo muito errado ali. Para escaparem do lugar, eles precisam oferecer algo em troca. Mas para que isso aconteça, alguém precisa ficar e garantir que tudo dê certo.

Heather e os adolescentes acabam se separando de Tom, são forçados a escapar sozinhos de perseguidores implacáveis. Enquanto lia essa parte parecia que estava naqueles filmes da Sessão da Tarde. Parece que vai acontecer... não acontece! E vice-versa. Parece que não vai dar certo... Um milagre acontece.

A descrição da história fica muito forçada, os lugares descritos não ficam muito claros, então por vezes tinha que parar a leitura para tentar entender como era o local. Ainda que a narrativa seja muito boa, que prenda o leitor, a história não apresenta verossimilhança, o que torna tudo um filme bem bobinho. Partes são bem previsíveis. Entretanto, outras a sacada do autor foi boa e isso poderia ter sido melhor aprofundado com algo mais elaborado, menos óbvio.

Como eu disse, a narrativa do autor continua gostosa, ficamos imersos. Mas a conclusão é tão fraca que o livro não consegue surpreender.

Para quem não tem o hábito de ler suspense, pode ser até que se surpreenda. Como fui com altas expectativas, acabei decepcionada. Com você pode ser diferente! Leia e depois vamos conversar sobre o que achou.

Título: A ilha
Autor: Adrian McKinty
Editora: Record
Páginas: 350
Ano: 2023
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7 comentários:

  1. Então talvez funcione para mim, já que suspense não é um gênero que leia com muita frequência.
    Já li resenhas dos dois livros do autor e pelo que percebi, A Corrente é melhor desenvolvida.
    Mas A Ilha tem seu mérito

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    1. É o meu gênero preferido, Chelle. Dê uma chance. Acho que você vai curtir então

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  2. Como eu tinha gostado demais de A Corrente, fui afoita nesse lançamento e? Dancei rs
    Sim..ele até promete, mas não entrega tanto. Não é de longe ruim,só previsível demais e parece que enrola, enrola e morre na praia, literalmente!
    Vale a pena ler? Sim...não é tempo jogado fora não rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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    1. Eu senti a mesma sensação hahaha.
      Mas valeu porque deu pra divertir um pouquinho rs

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  3. Oi, Naty! Aquele livro com potencial de surpreender, mas que no fim deixa muito a desejar, né? A premissa é bem o tipo de suspense que curto, ambientação isolada e uma família estranha. Mas é falho no desenvolvimento, previsível... me desanimou um pouco, mas leria sim.

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  4. Olá
    Gosto de suspense mas confesso que não fiquei empolgada para ler A ilha .Dessa vês deixo passar a dica

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  5. Olá! O bom é que se a leitura não funcionar e acabar não agradando tanto assim, vale pelo menos a chance de retomar aos bons tempos da sessão da tarde, brincadeiras a parte, apesar de não ser o meu gênero favorito, estou sempre disposta a dar uma oportunidade a novas histórias e essa mesmo imaginado que não vai me conquistar tanto assim, dá vontade de ler, ainda mais porque sou uma curiosa assumida e quero sempre saber o que vai acontecer, o bom é que eu já vou sem grandes expectativas para não me decepcionar (tanto).

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