Aquela mão foi tocada na minha, mais uma vez. Dessa vez não foi com o mesmo objetivo que senti no dia que vi Tifany partir para sempre, para outro lugar além dos céus.
Aquela mão apertava a minha com desespero e tristeza, mas não queria demonstrar isso. O sofrimento passava por entre aqueles dedos, encostando-os nos meus. O suor do desespero corria naquela corrente sanguínea e conseguia me transmitir qualquer sentimento que ele tentava evitar enviar.
Estávamos mais uma vez, naquele sítio, acampando... Onde Tifany foi baleada, e ninguém descobrira os motivos certos para tal crueldade.
O desamor pela vida foi tomando conta do coração de Frank. Era seu amor, seu grande e eterno amor que partiu. Levou com ela toda sua alegria e motivos reais para viver feliz. Agora só restava a podridão de seus ossos secos e os energúmenos de um resto de vida, que não era mais existência.
Aquele lugar, rústico, trazia um gosto amargo em tuas lembranças, juntamente com o doce dos beijos que, por hora, foram trocados. Ali existiu o sabor do amor, do beijo, da atração e o gosto da morte. Uma mistura de resquícios que ficarão grafados e gravados em sua memória.
Frank agarrou minhas duas mãos, agora com mais força e pudor:
- Ela é um desastre natural – Ele me dizia, com um sorriso amargo, nos lábios. – Mas amei-a com todas as forças que um homem seria capaz. Sempre foi muito ativa em suas atividades. Era invejada pelas pessoas. Mataram-na por inveja. Pura inveja! Aquele desastre de mulher mudou a minha vida. Era um desastre que todo homem procurava. Sabia ousar, sabia ser, sabia conquistar e seduzir onde quer que estivesse. Era natural, não usava de suas armas secretas. Ela era simplesmente a mulher natural e perfeita, para um homem que a valorizasse.
- É preciso força, Frank – respondi, tentando consolá-lo, mas estava certa que qualquer palavra, naquele instante, seria mera frustração. A única coisa que o consolaria era os braços de Tifany, tão somente juntinhos aos seus.
- Ajude-me, Poly. Sua irmã foi tudo pra mim. Não consigo esquecê-la. Leve-me para outro lugar. Tire-me daqui, minhas forças não existem; minhas pernas perdem o rumo quando lembro da cena que mudou nossas vidas. Eu amava-a mais do que a mim mesmo. Hoje só resta a podridão desse inerte aqui, à sua frente.
Abracei-o, tirando-o do ápice do monte, onde estávamos. Deixei-o desabafar o quanto quisesse. As tristezas se esvaíam com as lágrimas que rolavam e caiam na grama. Aquele lugar conseguia ser uma morte crucial para qualquer lembrança desastrosa.
Aquela mão apertava a minha com desespero e tristeza, mas não queria demonstrar isso. O sofrimento passava por entre aqueles dedos, encostando-os nos meus. O suor do desespero corria naquela corrente sanguínea e conseguia me transmitir qualquer sentimento que ele tentava evitar enviar.
Estávamos mais uma vez, naquele sítio, acampando... Onde Tifany foi baleada, e ninguém descobrira os motivos certos para tal crueldade.
O desamor pela vida foi tomando conta do coração de Frank. Era seu amor, seu grande e eterno amor que partiu. Levou com ela toda sua alegria e motivos reais para viver feliz. Agora só restava a podridão de seus ossos secos e os energúmenos de um resto de vida, que não era mais existência.
Aquele lugar, rústico, trazia um gosto amargo em tuas lembranças, juntamente com o doce dos beijos que, por hora, foram trocados. Ali existiu o sabor do amor, do beijo, da atração e o gosto da morte. Uma mistura de resquícios que ficarão grafados e gravados em sua memória.
Frank agarrou minhas duas mãos, agora com mais força e pudor:
- Ela é um desastre natural – Ele me dizia, com um sorriso amargo, nos lábios. – Mas amei-a com todas as forças que um homem seria capaz. Sempre foi muito ativa em suas atividades. Era invejada pelas pessoas. Mataram-na por inveja. Pura inveja! Aquele desastre de mulher mudou a minha vida. Era um desastre que todo homem procurava. Sabia ousar, sabia ser, sabia conquistar e seduzir onde quer que estivesse. Era natural, não usava de suas armas secretas. Ela era simplesmente a mulher natural e perfeita, para um homem que a valorizasse.
- É preciso força, Frank – respondi, tentando consolá-lo, mas estava certa que qualquer palavra, naquele instante, seria mera frustração. A única coisa que o consolaria era os braços de Tifany, tão somente juntinhos aos seus.
- Ajude-me, Poly. Sua irmã foi tudo pra mim. Não consigo esquecê-la. Leve-me para outro lugar. Tire-me daqui, minhas forças não existem; minhas pernas perdem o rumo quando lembro da cena que mudou nossas vidas. Eu amava-a mais do que a mim mesmo. Hoje só resta a podridão desse inerte aqui, à sua frente.
Abracei-o, tirando-o do ápice do monte, onde estávamos. Deixei-o desabafar o quanto quisesse. As tristezas se esvaíam com as lágrimas que rolavam e caiam na grama. Aquele lugar conseguia ser uma morte crucial para qualquer lembrança desastrosa.
Natalia Araújo, 15/04 - 13h36.
Pauta para Bloínquês - visual e OUAT.
3º lugar - OUAT *-*
Leiam meu novo texto - Algumas coisas são evitáveis
Eu não deveria ficar tanto tempo afastado do mundo dos blogs... (acho que já disse isto, não?) É que a vida corrida pouco me permite.
ResponderExcluirVir aqui é respirar a fresca da manhã, antevendo desde logo o dilúculo verspertino. Textos fortes e profundos, que nos tocam a alma.
Lindo, como de costume (e eu aqui, me repetindo...)
Sou uma verdadeira admiradora da tua escrita! É fluída, é sensível, é tão real. Adoro! A ti, os meus mais sinceros parabéns! Um beijo enorme !
ResponderExcluirque triste... ;_;
ResponderExcluirarrepiei um pouco! ;_;
bjoos
Hey!
ResponderExcluirBom, eu gostei muito do texto. Me emocionei lendo (sério!). Tá lindo. Ás vezes algumas situações marcam tanto que não dá nem pra voltar num lugar que já nos lembramos.
Um beijo.
Tão perfeito esse texto, não tenho nem palavras Naty. Você arrazou totalmente nele. Muita sorte no Bloínquês e no OUAT, você merece.
ResponderExcluirPostei a última parte do conto, te espero lá.
xx
Oun,Naty, Como sempre escrevendo belos textos!
ResponderExcluirÉ um prazer está presente neste teu cantinho..
As lembranças, às vezes, deixam marcas realmente dolorosas na nossa vida!
Mas só são apenas lembranças, que devem ser esquecidas, quando trazem consigo as tristezas de um momento,ou simplismente de uma vida!
Ah!Obrigado pela visita no meu blog e pedir desculpas por apagar o teu comentário, pois foi sem querer. (Risos)Post outro!
Adorei
ResponderExcluirAdorei :)
ResponderExcluirÉ verdade. Alguns acontecimentos fazem com que voltemos à coisas que queremos inutilmente esquecer.
Vou voltar sempre aqui
Beijos :)
Minha querida
ResponderExcluirComo sempre uma enorme beleza nos teus textos.
Beijinhos
Sonhadora
Naty....
ResponderExcluirÉ tão fácil virar dependente de você e de toda essa avalanche de talento que você esbanja assim com essa facilidade assustadora. Não dá pra desviar o olhar nem um minuto. Falta a respiração e as palavras ficam engasgadas. E tudo isso porque você invade e faz a gente remexer dentro da gente e resgatar nossas próprias histórias.
A verdade tá aqui comigo, junto com toda essa emoção que você causa, sua bruxaaaaaa...
Mas acho que você tá mais pra fada!
mas como sou maquiavélica , acho que em você o mix das duas lhe caí melhor.
Ah...tô bem sim...afinal já passou da meia noite e eu ainda tô acordada kkkkkk.
Beijo lindona.
Ale
Minha irmãzinha tão talentosa...
ResponderExcluirBjos
Porque não escreve um livro logo e tira a gente dessa agonia rsrrsrsrsr
ResponderExcluirBeijos
Muito talentosa!! Naty, você tem um futuro brilhante como contista! Adoro seus textos!
ResponderExcluirTriste...
ResponderExcluirMais lindo!!!
Amei!!!
Bjs
hum, triste a história... era dela q vc teclava qdo comentou sobre as 'palavras abaladas'?
ResponderExcluirbesos.
Acho que a saudade ficou, a falta do não ter e da lembrança de como era, ah, isso faz falta, isso mata aos poucos, não é?
ResponderExcluirCharlie B.