- Não sei porque você me trouxe aqui, amiga – falou Liza, enquanto pegava impulso para sentar-se numa suposta janela, de uma casa abandonada e destruída por alguns frequentadores.
- Ué, Liza... Cada semana visitamos algo inusitado e foi a minha de escolher dessa vez. Tantas e tantas aventuras, essa aqui é a mais simples - respondi, certa do que dizia.
- É meio sinistro isso aqui. Não tem nada para fazermos – respondeu, no mesmo instante em que acendia um cigarro.
- Liza, fizemos um acordo e você... – calei-me, sendo interrompida por algo que olhava do outro lado da parede, por um buraco.
- O que foi, Mag? Parece até que viu gente morta. Termine de falar.
Meu sinal sumiu no ar, andou para longe e jamais encontrou ouvidos. Nada do que ela falava, eu conseguia captar. Minhas pernas bambearam, minhas mãos estremeceram e perdi a pequena coragem que restava.
- Para de onda. Você não vai conseguir me assustar como eu fiz com você na semana passada. Foi tão engraçado – terminou Liza dando uma gargalhada.
Fiquei estática. Nenhuma palavra. Nenhum som eu conseguia ouvir. Aquilo me causava medo. Pavor.
- Você não vai me...
Ela desistiu de terminar a fala e desceu. Olhou pelo pequeno buraco e colocou a mão na boca. O cigarro, na mão esquerda, caíra no chão e só notava-se o cheiro da fumaça, embriagando o lugar.
- Precisamos sair daqui – respondeu Liza, aflita. – Este lugar é perigoso demais. Estamos correndo perigo. Como não pensamos nisso antes?
Um cara apontou a arma na cabeça de um adolescente, enquanto o outro arrancava-lhe as calças. Abaixou as suas e empurrou o corpo do menino, jogando-o no chão. As mãos do garoto, estavam postas nos restos de vidro que haviam. As feridas, imediatamente, começaram a surgir. Um dos caras segurou, com toda força, no quadril dele e começou a fazer movimentos bruscos. O sangue escorria entre suas pernas e o choro silencioso, começava a aparecer, na janela de sua face, desesperadora.
Ouviu-se um tiro. Os olhares foram trocados. Cavaram um buraco e enterraram-no.
Eles se comunicavam entre si, mas o barulho dos ventos impedia-lhes a audição.
Depois só ouviu-se o som do motor sendo ligado e cantando pneu.
Chegou ao fim o medo daquela aventura, que poderia ter acabado em mais duas mortes, antecipada de dores e arrependimentos.
Natalia Araújo - Para OUAT - Edição da gincana
- Ué, Liza... Cada semana visitamos algo inusitado e foi a minha de escolher dessa vez. Tantas e tantas aventuras, essa aqui é a mais simples - respondi, certa do que dizia.
- É meio sinistro isso aqui. Não tem nada para fazermos – respondeu, no mesmo instante em que acendia um cigarro.
- Liza, fizemos um acordo e você... – calei-me, sendo interrompida por algo que olhava do outro lado da parede, por um buraco.
- O que foi, Mag? Parece até que viu gente morta. Termine de falar.
Meu sinal sumiu no ar, andou para longe e jamais encontrou ouvidos. Nada do que ela falava, eu conseguia captar. Minhas pernas bambearam, minhas mãos estremeceram e perdi a pequena coragem que restava.
- Para de onda. Você não vai conseguir me assustar como eu fiz com você na semana passada. Foi tão engraçado – terminou Liza dando uma gargalhada.
Fiquei estática. Nenhuma palavra. Nenhum som eu conseguia ouvir. Aquilo me causava medo. Pavor.
- Você não vai me...
Ela desistiu de terminar a fala e desceu. Olhou pelo pequeno buraco e colocou a mão na boca. O cigarro, na mão esquerda, caíra no chão e só notava-se o cheiro da fumaça, embriagando o lugar.
- Precisamos sair daqui – respondeu Liza, aflita. – Este lugar é perigoso demais. Estamos correndo perigo. Como não pensamos nisso antes?
Um cara apontou a arma na cabeça de um adolescente, enquanto o outro arrancava-lhe as calças. Abaixou as suas e empurrou o corpo do menino, jogando-o no chão. As mãos do garoto, estavam postas nos restos de vidro que haviam. As feridas, imediatamente, começaram a surgir. Um dos caras segurou, com toda força, no quadril dele e começou a fazer movimentos bruscos. O sangue escorria entre suas pernas e o choro silencioso, começava a aparecer, na janela de sua face, desesperadora.
Ouviu-se um tiro. Os olhares foram trocados. Cavaram um buraco e enterraram-no.
Eles se comunicavam entre si, mas o barulho dos ventos impedia-lhes a audição.
Depois só ouviu-se o som do motor sendo ligado e cantando pneu.
Chegou ao fim o medo daquela aventura, que poderia ter acabado em mais duas mortes, antecipada de dores e arrependimentos.
Natalia Araújo - Para OUAT - Edição da gincana
Caramba, que terrível! Mas temos que ficar muito atentos, mesmo. Tem muitas pessoas ruins nesse mundo...
ResponderExcluirParabéns, Naty! Mais um texto maravilhoso e surpreendente.
Beijão!
credoo! nunca mais entro em casas vazias! eu hein!!!!! nossa! ui, ui! beijao prima!!!!!!!!
ResponderExcluirVou revelar meu sentimento: medo! Rsrs. Fiquei com a respiração presa! Aff, maria!
ResponderExcluirBeijão querida.
Nossa! Triste.
ResponderExcluirNOSSA que medo! oo'
ResponderExcluirvs gosta de assuntos, macabras ne?
HUAHUAUHAUHAUHAUH brinks.
então, não sei ainda. a história tá no começo ainda, pretendo ir até o capitulo 18 mais ou menos. HUAHUAUHAUHUHA :XX
dai eu melhoro e quem sabe lanço um livro G_G' ne? UHAUHAUHAUHA Q :*
aaaaaaaaaaa e ps, augusto é um ótimo ótimo ótimo escritor!
ResponderExcluirAi Naty, isso deu medo! Não sou fã de aventuras assim não, na vida real..rs
ResponderExcluirUm beijo da Ju
UUUU ! linda, mais um texto divino... Parabéns apreensivo, inusitado e inconsequente ehehehe beijos Naty...
ResponderExcluirmais uma vez agradeço o imenso carinho e suas visitas esperas, sempre. beijos querida. Se gostou do "Casa aos Pedaços" verá o próximo a ser postado no domingo, na sequencia da poesia de amanhã... Ah, não será outra crônica hehehe, o miniconto vem na terça... beijos bela ótimo fim de semana
Ah, me fale destes teus concurso vencidos... me add no msn rbjornalist@hotmail.com beijos
ResponderExcluirPois é,triste!No mundo há tantas pessoas sem afeto,uma frieza absoluta, um desprezo com a vida do outro ser humano..
ResponderExcluirQue Deus nos livre de tudo que aparenta ser o mal e o mal em sí.
Parabéns pelo texto!Sirvou de alerta!
Bjão!
Ai, me lembrou uma parte de O caçador de pipas :'(
ResponderExcluirEmocionante, supreendente.
Parabeens pelo texto
Beeijos
Boa noite Naty,
ResponderExcluireste texto mete mesmo medo, dá até para imaginar o local e as cenas... Muito bem escrito, parabéns!
Beijinhos,
Ana Martins
Que triste... óo
ResponderExcluirIsso me fez lembrar o livro "O caçador de pipas". Não terminei de ler nem vi o filme.. achei triste demais a história. óo
Voltei! =)
Caraca, arrepiei... tadinho do garoto...
ResponderExcluirMas no geral, o texto tá ótimo. Boa sorte =)
Bjs...
oi prima!!!! tem selo pra ti la no extase! beijao!!
ResponderExcluirBom dia florzinha!
ResponderExcluirNão gostei :/
Melhor, eu gostei pq você escreve bem *-*.
Mas coitado do menino =/
Huum, eu acho que você deveria escrever um conto.. e ir dando continuação
assim, só uma sugestão :x rs
Beijo amor, bom fds
Acho que vale a pena morrer para TENTAR salvar alguém. Adorei esse texto, MESMO. Tanto que me coloquei no lugar, com um pedaço de pau voador e uma bota-míssil.
ResponderExcluir:O
ResponderExcluirCaramba... que triste. Se você eu tinha desmaiado..
Detesto lugares abandonados :P
Bjkas
Naty, nao canso de ficar boquiaberta com seus contos.
ResponderExcluirSeja qual for o estilo, você o executa muito bem.
Gostei muito desse também.
Beijinhos...Bom final de semana.
uaaau! texto maravilhoso, como sempre!
ResponderExcluirtem um selo pra você no meu blog, vai la ver :D
beijos e sucesso com seu blog que está cada dia melhor.
http://bruworldoutside.blogspot.com
senti muito minha amiga Giulia ali,ela me arrasta pras piores enrascadas,todo mundo condena ela,até eu,mas no fundo eu amo !
ResponderExcluirA sorte certamente acompanhou Mag e Liza... ou haveriam mais duas mortes antecipadas mesmo.
ResponderExcluirGostei muito da última frase de seu texto.
Beeijos ♥
o.o
ResponderExcluirImaginar essa cena me deu arrepios...
Beijo,
Nara
Wow!!!
ResponderExcluirForte, mas realista...
Gostei!!!
Bjs