Como
todos sabem "Hannibal" é a continuação de "O silêncio dos
inocentes" e mais uma vez acompanha a vida de Clarice Starling sete anos
após o psicopata canibal Hannibal Lecter fugir da prisão.
Ao
se ver livre, Hannibal tenta iniciar uma nova vida na Itália, longe dos
holofotes do FBI, que a essa altura está de olho em Clarice, após uma operação
malsucedida da policial. O
que o nosso querido Dr. Lecter não sabe é que não é só a polícia norte
americana que o procura; Mason Verger, uma vítima sobrevivente do Dr. Lecter,
jura vingança e move seus milhões de dólares para tal.
Esse assunto poderia fazer o livro ficar mais interessante. Bem... poderia...
Esse assunto poderia fazer o livro ficar mais interessante. Bem... poderia...
O
livro é dividido em cinco partes. A princípio temos a história voltada para
Clarice Starling, onde ela busca por uma traficante, e acaba em uma situação
bem complicada. Hannibal quase não aparece por aqui (na verdade ele quase não
aparece o livro inteiro). A
estrutura dessa primeira parte lembrou muito o estilo de Sidney Sheldon:
capítulos curtos e situações que se desenvolvem rapidamente.
A
segunda parte é bem diferente. O autor muda completamente o seu estilo
narrativo e passa a descrever as coisas minuciosamente, de forma a deixar o
conteúdo enfadonho e pouco desenvolvido, além de uma fraca tentativa de
conversar com o leitor, ou tentar fazer com que ele faça parte da história.
Clarice
sai de foco e Thomas Harris nos mostra novos personagens em um novo ambiente.
A partir da terceira parte o autor vai tentar fazer com que todos os personagens se cruzem a fim de fazer a história seguir um rumo só. Porém, mesmo assim, o Dr. Lecter é quase um coadjuvante. Harris tenta dar espaço para ele, mas como ele só foge, suas passagens são pouco criativas e enfadonhas, o que faz a história se voltar novamente para os verdadeiros personagens secundários.
A partir da terceira parte o autor vai tentar fazer com que todos os personagens se cruzem a fim de fazer a história seguir um rumo só. Porém, mesmo assim, o Dr. Lecter é quase um coadjuvante. Harris tenta dar espaço para ele, mas como ele só foge, suas passagens são pouco criativas e enfadonhas, o que faz a história se voltar novamente para os verdadeiros personagens secundários.
Há
um tom psicológico mais abordado do que em "O silêncio dos inocentes"
e passamos a saber mais sobre a infância de Hannibal, mas nada que traduza
definitivamente o seu canibalismo, apesar de serem cenas bem fortes. O que
podemos dizer que temos bem explícito agora é o amor de Lecter por Clarice.
Pior do que tá não fica? Bom... Nada é tão ruim que não possa piorar (não que o livro seja extremamente ruim, e lembrem-se que essa é a minha opinião), mas o final é de cair o cu da bunda!! Nunca na minha vida leitora eu pensei que veria um negócio desse. E acredito que foi exatamente por isso que Ridley Scott, diretor do filme, disse que o final era infilmável.
Pior do que tá não fica? Bom... Nada é tão ruim que não possa piorar (não que o livro seja extremamente ruim, e lembrem-se que essa é a minha opinião), mas o final é de cair o cu da bunda!! Nunca na minha vida leitora eu pensei que veria um negócio desse. E acredito que foi exatamente por isso que Ridley Scott, diretor do filme, disse que o final era infilmável.
Bom...
Leiam e tirem suas conclusões, mas para mim, ele acertou em cheio ao mudar o
final do filme!!
Título:
Hannibal
Autor:
Thomas Harris
Editora:
BestBolso
Páginas:
445
Ano:
2015
Olá, Fábio!
ResponderExcluirMesmo sem ter lidos os livros e visto os filmes, e considerando a maior aproximação que tive com o universo de Hannibal foi com a série de TV, posso concordar também que não teria como filmar não só o final de Hannibal, assim como todo o filme se seguissem a trama do livro e deixarem o Hannibal para escanteio. Também, sendo interpretado pelo Anthony Hopkins, seria até um pecado deixar ele aparecer pouco no filme! Mesmo se fosse o Mads Mikkelsen (o interprete do personagem na série de TV homônima, mas que tem trama inspirada mais em Dragão Vermelho)como Hannibal no filme, deixar o personagem aparecer pouco também seria um erro. Faltou esse equilíbrio entre os pontos de vista da Clarice, do Mason e do Hannibal para deixar o livro melhor.
Ah, sinto que não importa o meio onde a história é contada ou seu interprete, o Hannibal sempre tem uma quedinha por fugir para a Itália... Talvez seja por causa da comida!
Um abraço!
Marcos, me desculpe por ter trocado o seu nome! Fiquei tão acostumada as resenhas do Fábio que pensei que esta resenha era dele!
ExcluirUm abraço!
Nunca tinha lido a fundo sobre o que tratava esse livro, acho que é a primeira resenha que li sobre ele. Não sou muito de ler esse tipo de história, mas com certeza desperta a curiosidade.. ansiedade e até um pouco de pavor, sei lá kkk
ResponderExcluirwww.vivendosentimentos.com.br
Não li o primeiro. Tinha até ficado empolgada quando o começo lembrou do Sidney Sheldon, pois adoro o autor, mas depois me desanimei, parece que ficou arrastada a leitura e sem interesse. Essa foi boa cair o cu da bunda, nunca tinha visto isso kkkkk.
ResponderExcluirMarcos!
ResponderExcluirApesar de gostar demais do autor, ainda não li Hannibal e fiquei chocada com sua análise, porque esperava um livro mai ágil e que abordasse mesmo o lado mais psicológico, mas do Dr. Lecter...
Assisti o filme e nele, o Hannibal é protagonista principal, embora Clarice tenha uma presença constante e bem ativa também...
E que será que tem nesse final, hein? Mesmo que não seja bom, fiquei curiosa...
Uma semana carregado de luz e paz!
“ Lança o saber e não terás tristeza.” (Lao-Tsé)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA novembro 3 livros, 3 ganhadores, participem!
Ta ai uma história que sempre quis conhecer mas nunca li/vi nada. Ta na minha lista há tempos mas ainda não tive a chance de ler. Eu gostei da parte da resenha em que as histórias se cruzam pq gosto muito quando tem esse tipo de desfecho mas o livro em si não me animou nada.
ResponderExcluirOi, Marcos!!
ResponderExcluirGostei da resenha mas não li nenhum dos dois livros, tenho curiosidade pois gostei muito do filme O silêncio dos inocentes. Valeu pela a indicação e pela sinceridade!!
Bjoss
Tinha um professor que indicou muito o filme de O silêncio dos inocente, livro mesmo e outras coisas não sei se leria. Sei lá, acho interessante mas não chama muita atenção. E esse parece ter algumas coisas que iriam me deixar meio irritada, talvez difícil de ler e fazer render sabe? Falou de uns pontos que me deixaram bem pra baixo...
ResponderExcluirMas aí não sei, vai que uma hora dou a louca de ver filme e querer ler, nunca se sabe. Mas já vou sem tanta animação viu...
Coçorrooooo... No chão com essa resenha... 😂😂😂😂😂😂👏👏👏👏👏👏👏👏👌
ResponderExcluirLi a muito séculos atrás, lembro pouco da história. Só lembro que gostei.
Eu comprei a série de livros do Hannibal, comecei pelo Dragão Vermelho, mas não consegui continuar, achei o livro muito parado, mas vou tentar dar outra chance para ele =D
ResponderExcluirhttps://atocadalebre.blogspot.com/
Confesso que não entendi muito bem a história, mas fiquei assustada com essa coisa do canibalismo =0
ResponderExcluirPor outro lado a história também vai além disso trazendo outros elementos que não deixam o livro ser centrado em uma só premissa. Mas ainda assim, não leria!
Amo um livro, personagens, filmes, série... Sou suspeita!
ResponderExcluirJá li todos os livros na ordem, assisti todos os filmes e todas as temporadas da série. A melhor parte? Todos são ótimos, com sua diferenças, mas são ótimos. O Silêncio dos Inocentes ainda é o meu preferido, mas na ordem de afeto, Dragão vermelho (que é o primeiro), fica em última lugar. Apesar das críticas, acho "Hannibal-A Origem do Mal" ótimo!
Sabia que esse personagem é inspirado em uma história real?!