Sabe aquela coisa de ir com sede ao pote por causa da capa? Então, há um tempo achei linda e fiquei namorando-a. O fato é que o título nunca me chamou a atenção. A sinopse eu não tinha nem chegado perto, não sou muito fã de lê-las. Quando recebi o livro da editora, de surpresa, não sabia o que esperar dele. 

A melodia feroz é o livro que vai te deixar sem palavras. Nem sei há quantos meses li, mas só fui capaz de expressar alguma coisa hoje. O feroz no título talvez assuste alguns, talvez encante. No meu caso, ao finalizar a leitura, fiquei procurando essa ferocidade e não achei até agora, mesmo depois de tanto tempo. 

Aqui temos a Cidade V dividida entre Norte e Sul. Após muito clamor e ranger de dentes, é feito um acordo de paz entre os líderes, Harker e Flynn. Enquanto Harker procura ser a mais cruel possível em seus atos, para chamar a atenção do pai, Flynn quer o oposto, a fim de defender os inocentes. Porém, o que é inusitado é que ele rouba a vida das pessoas com notas musicais do seu violino. 


What the fuck? 

O que vi muita gente comentando é que a história de Kate e August se parece com Romeu e Julieta, porém, sem o romance em si, com um mundo pós-apocalíptico. Não sei se concordo muito bem com isso, mas para quem analisa sob este ponto pode ter a sua razão em alguns aspectos. 

O fato é que não consegui me apegar à história tanto quanto imaginei que seria, nem tampouco aos personagens, considerei alguns bem enfadonhos; tirando o Flynn que soube ter o seu lugar. O que não significa dizer que será o mesmo para vocês. Talvez isso ocorra porque as minhas expectativas estavam altíssimas. Talvez não tenha sido o meu momento, mas ainda quero ler a continuação. 

O que gostei no livro foi a humanidade presente no corpo de um monstro. Ainda que tenha o seu lado negativo, podemos perceber que a solidariedade de Flynn é de emocionar o leitor. Ele se doa para ajudar as pessoas, não mede esforços e foi um dos personagens que a gente pode sentir alguma espécie de afeto. 


A resenha ficará bem curta, proporcional à paciência que tive. A gente começa esperando uma coisa FEROZ, algo veloz, emocionante, cheio de ação, de fantasia. Então, daí o que encontramos? Calmaria, tranquilidade, mas aquela bem tranquila mesmo. E a guerra? Pera aí, vou procurar nos registros... 

Sobre a edição: Não tenho do que reclamar. A Seguinte caprichou na capa, como já cansei de elogiar. A diagramação é bem simples, mas confere uma leitura agradável. 

Outras fotos:



Título: A melodia feroz (exemplar cedido pela editora) 
Autora: Victoria Schwab 
Editora: Seguinte 
Páginas: 384 
Ano: 2017

18 comentários:

  1. Oi, Natalia.

    Acho que os dois personagens, que acredito eu, estão em busca daquilo que foram lhe dado como exemplos.

    E é uma pena que ele tenha te agradado tanto!

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    1. Verdade, Daiane.
      Mas tem partes muito boas.
      Espero que você goste. Ainda sim, estou ansiosa para ler a continuação.

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  2. Não conhecia o livro, mas não me animei muito com a história não. =(

    Beijo!
    Cores do Vício

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    1. É uma boa história, Pathy.
      Só não foi tão bem desenvolvida. Mas acho que isso se dê pelo fato de ter continuação.

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  3. Oooi! Essa capa sempre me chamou a atenção, especialmente pela fonte do titulo! Muito linda! É uma pena que a história não te encantou tanto quanto a capa, eu também ainda não li a história, mas ainda quero ler! Os Delírios Literários de Lex

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    1. Acredito que seja porque ainda não temos todas as respostas.
      Daí a gente lê e fica esperando mais.

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  4. Realmente ao ler o título e até a cor forte da capa nos passa ideia de algo diferente em relação ao enredo. Eu também não gosto de sinopses, até pq algumas são sem noção, outras entregam detalhes importantes demais. Como vc bem disse a expectativa pode atrapalhar a leitura, principalmente quando ela vai na contramão do que imaginávamos encontrar. Muitas vezes a ideia é até boa, mas a forma como o enredo é desenvolvido é que atrapalha. Tomara que o próximo volume consiga criar algo novo.

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    1. Verdade, Evandro.
      Espero que no próximo venha com tudo.
      Já li séries que um dos livros eu dei 3 estrelas e mesmo assim continuei firme. No final, se tornou uma das minhas favoritas. Pode acontecer isso com essa também.

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  5. Olá, Natalia!

    Acho que o livro é mais uma metáfora de como as divisões politicas, ideológicas, religiosas e etc. acabam fazendo mais mal do que bem e de como ultrapassar esses limites e enxergar no outro a humanidade pode mudar vidas e o mundo também.
    Curiosamente, ontem vi no SBT uma reprise da paródia de Romeu e Julieta com a Hebe e o Ronald Golias que mesmo sendo de 1990, continua sendo atual exatamente por ter explorado as divisões ideologicas do Brasil de forma cômica. E isso mostra o que você falou sobre A Melodia Ferroz se assemelhar ao clássico de Shakespeare mas sem o romance, pois ambos tratam exatamente dos riscos das rivalidades e polarizações em uma sociedade. Shakespeare não precisou fazer uma guerra em Verona para mostrar isso, só umas lutas sem muito destaque na trama e matar três personagens (Mercutio morre no meio da peça), então a Victoria não precisa também fazer o mesmo com Katie e August.

    Um abraço!

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    1. Sim, Lê.
      Exatamente isso.
      Mas a gente não lê uma obra só procurando metáforas. Entendo perfeitamente, mas muitas vezes pegamos uma ficção com o objetivo de mergulhar no livro e só.
      Nem sempre algumas coisas agradam. Essa não curti algumas coisas talvez seja porque tenha continuação e estava esperando aqui, neste, coisa do próximo livro.

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  6. Tenho muita curiosidade em ler esse livro, ainda mais agora que tem continuação. A história retrata o mundo de outra forma, seres que estão aqui para punir as pessoas de alguma forma, a ideia da música no meio foi o que me chamou mais atenção. Quando tiver oportunidade pretendo ler!! A capa realmente é muito bonita!!

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    1. Espero que goste e se surpreenda.
      Existem elementos bons aqui.
      Depois volte para nos contar, Karina rs.

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  7. Oi Nat,
    Então, eu li várias resenhas do livro e senti falta exatamente do drama, da parte agitada, mas mesmo não tendo senti que a história toma um bom rumo, faz uma crítica ao poder e mostra dois lados que talvez todos tenham dentro de si, o bom e o ruim. Não acho que o romance tenha sido o foco... Ao mesmo tempo que tenho vontade de ler, fico com o pé atrás...
    Beijos

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    1. Nem tem romance, Vitória.
      Isso é só um pequeno detalhe hahaha.
      Acho que deve passar a ter nos próximos livros, realmente não sei.
      Veremos rs

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  8. Nat!
    Achei que o enredo de fantasia foi bem construído, atrave´s de seus monttros e da tecnologia utilizada.
    Ver monstros bem distintos e de fácil identificação ajuda na trama.
    E ver que eles tem tipo uma 'arma secreta' caso tudo dê errado, é genial.
    Fiquei bem interessada e cheguei a ler o primeiro capítulo disponibilizado pela editora e quero concluir a leitura.
    Bom final de semana!
    “Os piores estranhos são aqueles que vivem na mesma casa e fingem que se conhecem. Conversam banalidades, mas nunca o essencial.” (Augusto Cury)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA ABRIL – ANIVERSÁRIO DO BLOG: 5 livros + vários kits, 7 ganhadores, participem!
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  9. Oi, Nathy!!
    Curto bastante livros que tenham o cenário pós-apocalíptico, e estou bem curiosa para descobrir mais sobre esse livros que fala sobre monstros. E que fotos lindas!!
    Bjos

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  10. Oi Naty,
    Estou com esse livro na estante há meses, mas continuo adiando a leitura pois ainda não tenho o segundo livro. Prefiro ler o dois em sequencia.
    Estou empolgada para ler esse livro, pois a sinopse me chamou muito a atenção, mas acho que vou seguir a sua dica e não criar muitas expectativas para não acabar me decepcionando. Acho essa trama incrível, com um enredo original, personagens bem desenvolvidos e intrigantes. Amo quando os personagens vão amadurecendo no decorrer da narrativa, e quero muito acompanhar o crescimento e fortalecimento da amizade da Kate e do August. Estou torcendo para ser uma leitura envolvente e prazerosa.
    Beijos

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  11. Para mim a premissa ficou um pouco confusa, não entendi muito a finalidade do livro nem o contexto. Mas confesso que lendo o titulo e observando a capa nunca imaginaria que seria focado num gênero fantasioso, acho que eu iria mais para o lado do romance kkkk. Gostei dessa ideia de roubar vidas com o violino, super diferente e só por isso atiçou minha curiosidade

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