Lucas é um investigador de polícia que se vê à frente de um caso que pode chacoalhar as estruturas políticas dos Estados Unidos. Em um ano na iminência de eleições presidenciais, um senador é acusado de prática de pedofilia com uma adolescente de 15 anos cuja mãe é de caráter duvidoso. Jurando inocência, o político espera pacientemente que a justiça seja feita e Lucas terá que averiguar a verdade por trás desse caso.
Porém, um assalto milionário começa a mexer fortemente com os ânimos da polícia local e dá brechas para abertura de outros casos, atrapalhando, assim, o desenvolvimento de Lucas no caso do político. Indicado pelo próprio governador, ele entrará numa corrida contra o tempo para finalizar os dois casos.
Os problemas são: por mais que a índole de mãe e filha seja duvidosa, a do político também não é lá essas coisas.
E Lucas percebe que está lidando com ladrões bem inteligentes.
Eu comecei achando esse livro meio parado e sem graça, mas acabei gostando muito dele. A estrutura da história, o modo como se dá o contexto narrativo, me lembrou muito "Mr. Mercedes", do mestre King. O autor não nos narra uma história e deixa para divulgar o assassino no final. O assassino é apresentado pelo próprio autor e o desenvolvimento do enredo se dá mesmo a partir do momento em que o assassino começa a brincar com o policial e dificultar as investigações, fazendo com que ele foque em outras coisas ou pense que determinado outro assassinato tem conexão com o caso.
Os capítulos do livro não são extensos e Sandford tem uma linguagem que se desenvolve numa tranquilidade tão foda, que você nem percebe a rapidez com a qual passam as páginas. Apesar de pouco movimentado, porém, não nos faltam itens para aguçar a curiosidade.
Gostei muito da criação dos personagens, principalmente do protagonista. Eles são retratados como seres humanos comuns, com os nervos à flor da pele, mas que se não soubessem contornar as situações com algumas piadas de vez em quando, ficariam loucos. Eles são sempre lineares, sendo mostrada aos poucos a evolução de cada um.
Não é uma história cheia de reviravoltas, as tensões e perseguições ficam mesmo para o final, quando as emoções já estão extremamente exaltadas.
Com uma história cheia de referências, um elenco inédito e diálogos densos, o final do livro ainda tem uma parte bem legal que me fez gritar: "Tapohaaa! É assim que eu gosto!! Headshot!!"
Título: Presa invisível (invisible prey)
Autor: John Sandford
Editora: Record
Páginas: 385
Ano: 2011
Oi, Marcos!
ResponderExcluirMeu problema com livros investigativos/suspense é justamente o ritmo parado e com poucas reviravoltas além do momento das revelações, mas a premissa desse em questão parece muito boa. Adorei a resenha!
xx Carol
http://caverna-literaria.blogspot.com/
Olá, Carol! Obrigado.
ResponderExcluirEu tbm tenho sérios problemas com livros policiais com ritmo lento. Tenho por mim que não se escrevem mais livros como antigamente. Acabei de terminar outro que é bem assim também.
Autor desconhecido tem dessas coisas, ou você vai amar ou vai se decepcionar. Tenho tido até muita sorte com autores desconhecidos, mas não muita com esse. O livro é bem razoável, mas não chega a empolgar muito. Durante todo o processo de leitura eu cogitei a ideia de abandonar a historia. Realmente a leitura n foi para mim
ResponderExcluirAcho que a ideia de revelar a identidade do assassino logo foi otina, sempre fico curiosa querendo saber quem é o culpado kkk. Creio que a tentativa de burlar a esperteza do assassino para conseguir captura-lo foi o grande clímax da trama. Apesar de tudo a premissa não me prendeu.
ResponderExcluir