Eu estava a caminho de um encontro, sabe? Um cara que eu conheci no Tinder.
Acontece que no meio do caminho meu celular ficou sem bateria e entrei em um bar para tentar carregar o aparelho.
Depois disso, nada na minha vida foi o mesmo.
Oi, pessoal. Eu sou a Sissi Freire e hoje vamos conversar sobre O Bar, uma produção Espanhola, Original Netflix.

Em um bar no centro de Madri, várias pessoas tomam calmamente seus cafés da manhaã Tudo muito natural e, pelo que podemos deduzir, costumeiro. Até aí, eu estava tranquila sentada na cama, comendo meu próprio pão com manteiga (me julguem) quando um dos clientes se despede de todos e ao colocar o pé do lado de fora do estabelecimento...

POW
Um tiro na cabeça. Todo mundo fica em polvorosa, e claro, tem um bom samaritano que corre para ajudar o moribundo quando...

POW
Lógico que depois de dois abatidos, ninguém tem coragem de colocar os pés para fora do Bar, e se veem presos. O problema é que a convivência com estranhos pode ser tão perigosa quanto se arriscar do lado de fora.

O Bar foi lançado em 2017 com direção do espanhol Álex de la Iglesia, que também é o responsável pelo inacreditável Perfectos Desconocidos, que em breve aparecerá por aqui e vocês vão entender porque achei inacreditável.

Se você assistiu o filme A pele que habito, vai se lembrar da bela Bianca Suárez, a nossa jovem protagonista Elena. Ela também trabalhou na série El Barco junto com Mario Casas, que dá vida ao hipster Nacho. Aliás, ele também está em Contratiempo, disponível na Netflix e já adicionado a minha lista de filmes a serem assistidos.

O restante do elenco conta com nomes como Terele Pavez Carmem Machi e Joaquin Climent.

Mas vamos falar do que interessa. E o que pode ter de interessante um punhado de pessoas completamente aleatórias presas em um bar? Eu vou dizer para vocês que O MEDO REVELA QUEM REALMENTE SOMOS. Profundo, não é mesmo?

Mas essa é a realidade exposta nua e crua no decorrer do filme. Eles não se conhecem, estão apavorados, tem classes sociais muito diferentes, segredos e motivos plausíveis o suficiente para que, em um estalar de dedos, comecem a agir como animais.

Afinal, quem gosta de se sentir acuado?

A fina camada de civilidade desaparece como em um passe de mágica, e logo tudo se transforma em um caos, no início meio organizado, mas que caminha a passos largos para a total anarquia. Temos uma patricinha, um Mendigo, um Hipster, a dona (bem assustadora) do bar, o atendente, uma senhora solteirona, um homem com uma maleta e um homem agressivo.

Obviamente, a primeira coisa que fazem é tentar racionalizar a situação.

O que está acontecendo?

De onde vêm os tiros e por que estão atirando?

Se saírem, também serão mortos?

Onde está a policia e, p**a m**da, por que o caso não está sendo noticiado na televisão?

É isso mesmo, gente. Os noticiários estão ignorando esse bar, em uma esquina de Madri, com dois mortos na calçada e agora isolado. 

Como assim isolado?

Eu digo... a rua foi evacuada e agora existe uma barricada de pneus em chamas na frente de tão desolado estabelecimento.

Tá bom pra vocês?

Eu já estava BEM SENTADA NA CAMA, atenta a todos os detalhes quando eles começaram a dar asas à imaginação e foram montando uma lista de teorias da conspiração.

Comente #EUNUNCA se você nunca caiu na tentação de encontrar uma dessas teorias para algo na vida. Duvido!

Tudo bem, mas estamos falando de UM BAR, certo? Aonde esse filme vai nos levar? Oito pessoas confinadas em um único ambiente podem te deixar enfadado, entediado e você pode chegar a abandonar o filme.

Nada disso, a direção do filme vai te surpreender com outros cenários, que eu não vou mencionar aqui para não dar spoiler, pois eu espero MESMO que você veja o filme e venha comentar comigo.

Fato é que eles não querem ficar ali – você ia querer ficar? Ah, eu não sei.. sou famosa por dizer que em caso de apocalipse zumbi ia logo esticar o braço para ganhar uma mordida e acabar com o sofrimento... então não sei como seria nesse Barzinho não....

Enfim, nessa busca pela fuga alguns limites são testados e eu consegui detectar algumas críticas sociais. Por exemplo, por que a vida do mendigo vale menos que a dos outros? Ou por que desprezar a mulher solitária pelo simples fato de... ela ser solitária?

Existe, sim, um motivo para tudo que está acontecendo dentro desse bar. Não se preocupe de chegar ao final sem saber porque essas pessoas se viram encurraladas nesse beco aparentemente sem saída.

Já ouvi gente classificando esse filme como comédia e/ou como suspense. Eu não gostaria de etiquetá-lo em nenhuma dessas categorias, pois acredito que uma boa história, quando bem contada, pode ser o que quiser. Desde o mais profundo drama até uma ensurdecedora comédia.

Mas, assim, o humor é NEGRO. Daquele tipo que a gente vê em filmes ingleses e franceses com uma certa frequência, e que – acabo de descobrir – também fazem sucesso nos espanhóis. Será isso uma tendência do cinema europeu que eu nunca parei para analisar?

Outra coisa que vale a pena mencionar é que o elenco é afiadíssimo, dando gosto de ver como aquelas pessoas tão diferentes agem e reagem as mais inusitadas situações.

Ah sim, e se você é fã de uma boa música, abra bem os ouvidos e o coração para a trilha sonora desse filme, que está disponível no Spotify.

Bem, essa é a minha indicação do dia.

Se você já viu O Bar, comente aqui e diga a sua honesta opinião. Se não viu ainda corre na Netflix para conferir e volta para conversar comigo.

Eu vou ficando por aqui!

Beijo grande e tchau!

8 comentários:

  1. Acabei "pegando" a dica deste filme em outro blog que acompanho há um tempo e simplesmente adorei!!!!
    No começo pensava que ia dar muita merda..e? Deu!rs
    Juntar num mesmo espaço pessoas tão diferentes que por mais que tentem, acabam por si próprias,deixando os nervos aflorarem pela situação "lá fora", é inusitado.
    Por alguns momentos, me sentia vendo O Nevoeiro..rs Mas em O Bar, há o humano cru. Simples assim. Era como estar vendo e vivendo como um de nós mesmos ali dentro.
    O carinha que interpreta o sujinho é fenomenal!
    Os momentos de angústia deixam a gente com um nó na garganta!!!
    Super recomendo!!!!
    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Olá! Eita que definitivamente não dá para classificar esse filme como comédia neh! Já fiquei aqui mega apreensiva para descobrir a verdade que cerca esse bar e o porquê dos tiros, do esquecimento, da falta de polícia (Ai ai ai Yukito), são tantos questionamentos que não tem como não correr para TV e começar a assistir já (ops... lembrei que tenho que trabalhar), graças aos deuses existe o final de semana (risos).

    ResponderExcluir
  3. Adorei a dica, tenho pesquisado séries legais na Netflix, mas ainda não tinha visto El bar. Pela resenha achei interessante, vale a pena conferir.

    ResponderExcluir
  4. Oi, Sissi
    Ainda não conhecia o filme e nem os outros que você citou, vou anotar para assistir.
    Gostei muito da premissa do filme ficar confinados num bar vários tipos de personalidades nada comum entre si.
    Estou bem curiosa para ver, assim que tiver um tempinho vou assistir.
    Obrigada pela dica, beijos!

    ResponderExcluir
  5. Jesus, imagina ficar presa num bar com medo de sai e ser a próxima vitima e ainda ser esquecido pela mídia? Totalmente desesperador e instigante. A curiosidade de quem matou e porque deixa a gente querendo terminar logo de assistir
    Não conhecia a história mas pretendo ver sim!

    ResponderExcluir
  6. Não conhecia esse filme mas agora vou fazer o que você indicou vou correr para Netflix e assistir O Bar.

    ResponderExcluir
  7. As produções da Espanha estão cada vez melhores e a Netflix nos possibilta assistir essas pérolas

    ResponderExcluir

Gostou da postagem? Deixe um comentário. Se não gostou, comente também e deixe a sua opinião.
Se tiver um blog deixe o endereço e retribuiremos a visita.
Aproveite e se inscreva nas promoções e concorra a diversos prêmios.