“Marianne” é uma série para quem sentiu saudade dos sustos de “A maldição da Residência Hill”. Mas as comparações param por aí.
Emma é uma adolescente apaixonada por histórias de terror. Influenciada por escritores como Edgar Allan Poe e H.P. Lovecraft, ela decide seguir o mesmo caminho e descobre que tem talento para tanto. Quando adulta, Emma lança uma série de livros de terror que se tornam best sellers em pouquíssimo tempo. Acontece que durante a sessão de autógrafos do último livro da série, ela recebe a visita inesperada de uma amiga de infância que lhe faz severas acusações. Ao seguir algumas pistas provenientes dessas acusações, descobre que as aterrorizantes histórias criadas por ela estão se tornando reais. Assim, ela retorna para sua pequena cidade natal a fim de combater os fantasmas que assombram sua mente e inspiraram seus livros. Mas ela se esqueceu de que havia ido embora por um motivo. E que não era mais bem-vinda na cidade.
“Marianne” é uma obra que aposta muito mais no meio medo visual do que no terror de sua história. Deixando de lado o sobrenatural originário de histórias sobre fantasmas ou monstros, “Marianne” aposta na bruxaria e traz consigo uma infinidade de efeitos visuais no cenário, nas cenas e na maquiagem que fazem brilhar os olhos do expectador (trocadilho infame que só quem assistiu entende). Assim, abrimos ala para a atuação de Mireille Herbstmeyer, como Madame Daugeron, uma senhora ensandecida que nos presenteia com as melhores cenas da série. Sua insanidade reflete de forma magnífica o que se pretende alcançar, isto é, sem uma maquiagem que nos remete a qualquer traço de sobrenatural, ela consegue aterrorizar apenas com seus trejeitos, voz e olhares (ou até mesmo ficando parada).
Mas os efeitos visuais não para por aí. O início dos episódios segue uma estrutura que nos traz a ideia de estarmos vendo um livro. Cada episódio, como em um livro de contos, é iniciado por uma citação de algum escritor de terror famoso, tanto os citados anteriormente, como Mary Shelley e muitos outros. A cena de abertura é simples, no sentido de ser prática. Páginas de um livro que se viram sozinhas apontam a produção, direção e o nome do episódio.
Emma tem um temperamento que cai nas graças do público facilmente. Notadamente o contrário de sua assistente e melhor amiga, Camille, as duas juntas criam o clima necessário para antagonizar o terror da série, ao mesmo tempo que terminam de caracterizar a protagonista.
A trilha sonora é típica das produções de terror e acompanham os momentos de maior tensão.
O roteiro é bem desenvolvido e cria uma atmosfera cativante aos olhos dos amantes do gênero. O grande problema, porém, está no clichê que a série pode se tornar conforme vai se desenvolvendo. Mesmo apostando na bruxaria como sinônimo da orquestração do terror, vários elementos sobrenaturais são replicados de histórias com as quais já estamos acostumados. Conheça o demônio pelo nome e tenha controle sobre ele. Além disso, todo fã de terror que se preze conhece as histórias de Stephen King e sua eterna luta Criador VS Criatura.
A série é seguida por uma linearidade competente. A temporalidade é quebrada por duas ou três passagens que se aplicam para explicar de onde surge Marianne (e consequentemente nos mostra a forma de vencê-la), assim como um episódio destinado a mostrar a adolescência dos personagens e como se construiu o sentimento que cada um deles tem por Emma.
“Marianne” tem bastantes referências ao mundo literário e cinematográfico também: cenas que nos remetem ao clima de “Invocação do mal” e do clássico “O exorcista”. Por isso, embora haja alguma dificuldade em esconder certos clichês, a série é aprazível, até porque a essência dela é bem original.
Título: Marianne
Direção: Samuel Bodin
Produção: Netflix
Data de estreia no Brasil: 13 de setembro de 2019
Gênero: Terror / Suspense / Drama
País de origem: França
Olá, Marcos. Gostei muito da sua análise da série e apesar de eu ter visto somente um episódio e não ter tido essas impressões de cara.
ResponderExcluirAchei que a série aposta demais só nesses efeitos visuais e repetições de cenas que podem assustar com os jump scares. Como eu disse vi um episódio, então não sei com certeza se isso acontece em todos os episódios, mas já no primeiro me incomodei demais com as vezes que a protagonista lembrava da cena da tal amiga se enforcando lá.
Enfim, a ideia parece ser muito boa e, de fato, essa senhora assusta pra cara!@#, mas para mim acabou por isso.
Silviane, blog Memento Mori• Participe do Top Comentarista de Outubro
Olá, Silviane! Muito obrigado!
ExcluirOs episódios pegam pesado nesse medo visual. Eu, particularmente, adorei. Adoro esses sustos. Então, acho que nada melhor que a sua própria análise para tirar suas conclusões!
Espero que termine de assistir e curta tanto quanto eu!!
MaRcos!
ResponderExcluirSabe que não acho mal os clichês, ainda mais em filmes de terror, porque tudo gira em torno dos mesmos eventos ou de eventos que já foram escritos ou filmados em algum momento, o mais importante para mim, é ver qual foco foi dado pelo escritor, diretor e as atuações dos atores, porque elas que trazem a sensação do terror.
Não conhecia, porém vou procurar para assistir.
cheirinhos
Rudy
Concordo com vc, Rudy! Hoje em dia é muito difícil achar alguma coisa totalmente original, e essas coisas clichês são aquelas que a história do conta há muito tempo.
ExcluirEntão..rs
ResponderExcluirEu sou fã assumida do terror escrito,mas morro de medo do terror visto. Mas oh, vejo tudo que vai saindo(nem que seja de dia)
Assim que esta série começou a "bombar" fui lá e vi. E sinceramente? Não achei tudo isso não. A única coisa que me incomodava em matéria de "medo", era o olhar sinistro desta senhorinha, a mãe!
Mas sei lá, ficou faltando algo que não sei exatamente o que é.
Talvez em algum momento mais para frente, eu acabe assistindo ela novamente.
Beijo
Acho que te entendo. Eu não desgostei tanto como você, gostei bastante até. Mas acho que consigo te entender.
ExcluirOi, Marcos!
ResponderExcluirAssisti à série e ela me rendeu alguns sustinhos por conta dos jump scare e da trilha sonora. No início, estava bem empolgada com a história, mas no decorrer dos episódios, acabei achando bem chata, até se aproximar do final, onde a narrativa começou a ter mais ação, me deixando entusiasmada novamente.
Confesso que estou ansiosa para uma continuação, espero que tenha.
Oi, Giovanna!!
ExcluirNão sei te dizer se terá continuação ou não. E te confesso que eu adoro esses jump scares. Prefiro isso a uma coisa com poucos sustos.
Tem tanto tempo que não abro a Netflix, que nem sei mais o que tem lá. Gostei bastante desse série, a ideia de que os livros dela se tornam reais, é muito legal.
ResponderExcluirApesar de não ser fã de terror, parece que vale a pena conferir essa série.
Não gosta pq tem medo ou só não curte o gênero? Rsrs
ResponderExcluirVale a pena conferir sim, viu, Jade?
Olá!
ResponderExcluirAssisti todos os episódio no domingo retrasado. Bom, é uma boa série, mas achei certos momentos extremamente previsíveis.
O elenco ficou legal, o enredo também, a fotografia, as cenas de sustos (que eu nunca levo, mas que achei bem trabalhadas) foram o grande diferencial, mas ainda assim a previsibilidade da série é grande.
Acho obrigatória para todos os fãs do gênero.
Abraço!
Oi, Marcos
ResponderExcluirAinda não assisti a série, mas pela sua crítica parece ser bem interessante e não tanto assustadora como pensei que fosse.
Vou dar uma chance assim que terminar de assistir a série que comecei, claro que vou ver durante o dia.
Beijos
Olá!
ResponderExcluirQuando terminei a serie A Maldição da Residência hill fiquei bastante atentada a ler o livro, espero conseguir. Já tinha visto o trailer dessa serie e estou bastante curiosa para ver, é raro ver serie de terror e que realmente deixa a pessoa assombrada. Espero ver logo essa!
Meu blog:
Tempos Literários
Uma super produção!!!
ResponderExcluirAterrorizante!
Mas cadê a coragem para assistir?
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