Nos primórdios da criação da tribo Guarani, Kerana foi capturada por Tau, a figura que simplesmente é a personificação do espírito mau. Os dois tiveram sete filhos juntos, porém, todos eles foram amaldiçoados pela grande deusa Arasy.
Um dos filhos dos dois é Luison, deus da morte violenta, que é insatisfeito com todo o mundo criado pelo deus Tupã, desejando, portanto, a destruição de tudo e todos a fim de aumentar seus poderes através da morte alheia e, assim, criar o que ele acredita ser seu mundo ideal.
Alguns dos aliados de Luison é o Boto, que usa de sua afiadíssima persuasão para levar várias criaturas do folclore para o seu lado com o objetivo de criar um exército do caos. Com isso tudo rolando, a única esperança fica nas mãos da filha de um pagé, Kanuri Kinran, escolhida pela terra e visitada ainda no berço pela Caipora, criada para ser uma líder e colocar fim de uma vez por todas aos planos e ideais apocalípticos de Luison.
A trama tem um ritmo muito bom, a cada final de capítulo dá aquela sensação instigante de querer continuar. Ótimo ponto para quem está em ressaca literária e quer uma leitura que prenda do começo ao fim, com capítulos curtos.
Livro 100% nacional que envolve muito do folclore brasileiro na trama, cheio de detalhes, inclusive sobre a Amazônia. Uma experiência riquíssima de leitura. Me deu até saudades de quando maratonei a série Cidade Invisível, só que com um extra: a Caipora.
Outro detalhe que amei: a quebra da quarta parede. Eis aqui um dos raros elementos na literatura que sou apaixonada: a sensação de autor/personagem conversando DIRETAMENTE com o leitor em determinado momento.
"A Guerreira Tupi" possui muitas reviravoltas e nada como ficar maluca com certos acontecimentos que inclusive aumentam ainda mais a fluidez do texto, né? Pois bem, misture isso com o fato da Kanuri, protagonista, ter uma personalidade do tipo que a gente só fica “QUE MULHER!”.
Título: A Guerreira Tupi – Os Segredos de Kanuri (exemplar cedido pela editora)
Autor: Gabriel Galhardo
Páginas: 304
Editora: Flyve
Ano: 2021
Leia de graça: aqui
Eu ainda fico surpresa com a qualidade da nossa literatura brasileira!!!De se encher os olhos de alegria e agradecimento!!
ResponderExcluirOlha o nível dessa obra, tanto pela ambientação,mas por trazer uma mulher como a "salvadora" do seu povo e da P toda!!!!
Já vai pra listinha dos livros muito desejados, fora a edição que é um espetáculo à parte!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Fico feliz em ler isso!! Já deu tempo de ler? Quero um feed sobre a obra!!
ExcluirCultura indígena, fantasia, guerra, literatura brasileira: Tudo isso junto parece que rendeu um livro diferente e muito bom. Nunca li nada assim e por isso fiquei com vontade de ler.
ResponderExcluirDanielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Leia, leia, leia, leia.... kkkkkk
ExcluirQue demais!
ResponderExcluirUsar nosso folclore para criar uma trama tão instigante como essa!
Ainda não li nenhuma historia que traga o folclore brasileiro pra dentro do livro, do enredo.
ResponderExcluirFico interessada. Ainda mais se a protagonista é daquelas que da essa sensação badass.
Achei a capa bem bonita!!
Essa serie que tu mencionou tb n chegue a ver!
Curiosa!
Opaaaaaa, espero que já tenha lido então kkkk. E espero que tenha gostado.
ExcluirLuana!
ResponderExcluirTão bom quando podemos ler um livro rico no nosso folclore e ainda com uma mulher admirável como protagonista.
E se ainda tem reviravoltas, torna a leitura ainda melhor.
cheirinhos
Rudy
Eu fui lendo a sua resenha e fui lembrando da serie Cidade invisível até que me deparei com sua observação de que ficou com saudades da serie .legal isso de construir um enredo com os vários elementos do nosso folclore.
ResponderExcluirOlá! Como diria meu professor “Ponto Positivo” para o autor em nos presentar com essa leitura que mescla um pouco do nosso folclore e da nossa história, livros assim são sempre muito bem-vindos.
ResponderExcluir