Primeiramente, queria deixar destacado o quanto amei o humor deste livro! Incrível a capacidade da Paola ao misturar esses elementos de comédia numa narrativa que também foca no mistério e misticismo.

Aqui temos um caçador de demônios, Toninho, que conhece a tal da maga Josefa. Juntos, eles terão a missão de simplesmente salvar o sertão nordestino de demônios, múmias, vampiros, lobisomens, ETs (sim, ETs), dragões (por que não, né?) e chupa-cabras.

Toninho viaja numa mula encantada chamada Véia, e Josefa é a maga filha do então chamado sete-pele (dentre vários de seus apelidos), o que significa que sua alma está condenada ao inferno. Olha só que bela dupla! Consegue sentir o deboche e humor só por essa breve sinopse? Agora imagina mais de 200 páginas disso. Não sei vocês, mas eu A-M-E-I.


Você provavelmente já deve ter assistido ao filme O Auto da Compadecida (se não assistiu, corre ver, menine!), e a sensação de ler “O auto da Maga Josefa” é muito semelhante, e não digo isso só pela semelhança entre os títulos, mas todo o resto. A autora trabalha de maneira incrível o humor e o sobrenatural numa ambientação 100% nordestina, com direito a gírias e modos de falar muito característicos da região.

É um misto de muitas risadas, aventura sem igual dessa dupla contra criaturas e maldições, bem como uma carga de informações sobre o passado de cada um, que muito enriquece a experiência de leitura, sem contar que é um livro extremamente fluido e rápido de ler, do tipo impossível de largar até finalizar.

A edição está belíssima, com algumas ilustrações ao final de capítulos e sempre com uma citação de alguma obra específica no início dos capítulos, a exemplo desta que gostei muito:
“Pra ser feliz num lugar
Pra sorrir e cantar
Tanta coisa a gente inventa,
Mas no dia que a poesia se arrebenta
É que as pedras vão cantar.”

- Dominguinhos e Fausto Nilo,
“Pedras que cantam”

Título: O auto da Maga Josefa (exemplar cedido pela editora)
Autora: Paola Siviero
Páginas: 221
Editora: Gutenberg
Ano: 2021
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9 comentários:

  1. Luana!
    Como boa nordestina, já me animei para fazer a leitura, ainda mais que, como falou, tem semelhança como Auto da Compadecida e sou apaixonada pelo Ariano Suassuna.
    Ver nosso nordeste misturado com a fantasia de seres fantástico e muita comédia, nem dá para para deixar passr.
    cheirinhos
    Rudy

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  2. Gostei da mistura de monstros e lendas.
    Parece ser realmente divertido. Adorei a capa, parece 3D.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  3. Doidinha por esse livro, até por esse "comparar" com o Auto da Compadecida. Pude ler o livro recentemente e me apaixonei mais uma vez, pela prosa nordestina, por esse jeitinho todo peculiar de ser um povo único.
    Fora a beleza que está essa edição né??
    Espero ter essa lindeza em mãos em breve e me divertir um bocado!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  4. Olá Luana!

    Eu já vi falarem desse livro e fiquei interessada em primeira vista com o título da obra.
    Agora com sua resenha e sabendo que é uma obra que envolve a cultura brasileira (nordestina) eu quero ler, com certeza deve conter um humor bem bacana!

    KAROLINI BARBARA (BLOG)
    @karolinibarbara_

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  5. Uma imersão nessa cultura tão rica como a nordestina.
    E que premissa perfeita

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  6. Parece divertido o livro, e adorei a comparaçao com auto da compadecida.
    Já tinha visto o livro, mas nao tinha me tocado que é brasileiro. Fiquei curiosa em ler, pela parte da diversao que tem e a fantasia também que gostei de algumas caracteristicas.
    A edição também ta linda neh, a diagramação muito linda de ver!!!

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  7. Eu achei a edição lindíssima o título logo me chamou a atenção. Uma coisa que brasileiro mandar bem é no humor então temos que explorar isso cada vez mais.

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  8. Menine?
    Ainda não conhecia esse livro a capa está um primor de tão linda .possivelmente é um livro muito divertido dadas as características dos personagens e o que eles estão fazendo no livro

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  9. Olá! Ao começar a ler a resenha, foi impossível não começar a comparar com o filme O Auto da Compadecida e pá, não é que há uma semelhança de fato, o que já me deixou ainda mais animada para conferir essa leitura, é sempre muito enriquecedor ter a oportunidade de mergulhar na nossa cultura dessa maneira.

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