Li esse livro tem quase um mês, fiquei refletindo a história para trazer uma resenha que pudesse ir além do que senti.
Quando sua mãe morre, Katy fica devastada. Carol era seu tudo, seu porto seguro, sua melhor amiga, sua válvula de escape, quem sempre a socorria nos momentos mais tristes e quem desfrutava dos seus momentos mais felizes. Ela era o alicerce para a vida da Katy. Nada poderia acontecer com Carol, mas infelizmente acontece e Katy precisa abrir os olhos para a realidade.
Mãe e filha planejaram uma viagem para Positano, na Itália. Uma cidade mágica onde Carol passou o verão antes de conhecer o pai de Katy. Quando soube da doença, elas decidiram viajar para aproveitarem seus dias juntas. Mas não deu tempo. Carol partiu e levou toda a alegria que sua filha sentia quando estavam lado a lado. Katy decide viajar sozinha, ela precisa desse momento para si, sem o marido. Somente ela e as memórias da mãe.
Como se tudo resolvesse cair com ímpeto, Katy se sentiu vazia. Sem a presença da mãe, com problemas no casamento e prestes a pedir o divórcio... Tudo parecia oco e sem vida. Ao chegar em Positano, ela conhece pessoas agradáveis, funcionários e hóspedes. São formidáveis e fazem com que Katy se sinta menos sozinha – mas é algo que acontece que realmente tira a sensação de solidão, e deixa o leitor imerso na história...
Quando estava dentro da Costa Amalfitana, Katy a encontra. Sim, é ela. Carol está em sua frente, carne e osso; com seus trinta anos, saudável e feliz. É claro que não dá pra acreditar no que vê. O que está acontecendo ali? Mas, afinal, pra ela, isso não importa tanto. Tudo o que importa é que, de algum jeito, sua mãe está de volta – e agora ela só quer aproveitar esse momento e fazer tudo o que fariam juntas. Nesse longo verão italiano, Katy passa a conhecer Carol, não como sua mãe, mas como a jovem que ela um dia foi.
Vou confessar a vocês que esse livro mexeu com meu psicológico. Fiquei naquela vontade de chorar, de abraçar, de gritar. É um livro fácil de ler, mas ao mesmo tempo tão complexo. Vi gente comentando que a personagem era uma chata e que precisava deixar a mãe em paz. E eu confesso que isso passou pela minha cabeça quando resolvi ler a sinopse. Mas a profundidade que a autora escreveu isso foi bem real. Me senti como filha, me senti perdendo minha mãe, me senti sozinha no meio de um dos lugares mais bonitos do mundo sem a beleza que mais importa.
Esse livro mexeu comigo, e enquanto escrevo a resenha percebo que só sei chorar. É incrível que não chorei enquanto li, mas ele me tocou; e agora, enquanto resenho, ele ainda mexe com meus sentimentos de outra forma – muito mais pura, me fazendo ser Katy por alguns momentos. E se você fosse a Katy? Será que você seria somente a garota mimada que não sabe perder a mãe, que precisa aceitar uma perda; ou você seria alguém que ama tanto outra pessoa a ponto de não aguentar perder? Será que isso te torna uma pessoa chata? Não acredito nisso. Acredito que essas dores te tornam mais humano. É claro que devemos deixar a pessoa partir, mas é impossível não sentir um vazio ao vê-la partindo...
Finalizo essa resenha dizendo que precisei voltar o capítulo 29 para ter certeza do que estava lendo. Senti o desfecho abrupto, mas me senti leve ao finalizar a leitura. Senti como se tivesse deixando um pedaço de mim naquelas páginas. E levei um pouquinho da Katy comigo.
Curiosidade:
Ao final do livro, a autora nos conta que o Hotel Poseidon realmente existe, e percebemos que a simpatia dos funcionários também.
Título: Um verão italiano
Autora: Rebecca Serle
Editora: Paralela
Páginas: 264
Ano: 2023
Leia: aqui
Oi, Natália! Nossa! Esse livro, realmente, parece ter mexido muito com vc. E acredito que seria uma leitura marcante para mim também. Não existe uma cartilha ensinando como lidar com o luto. Cada pessoa vai viver esse vazio de uma forma. E essa história tem muito potencial de fazer emocionar.
ResponderExcluirÉ a segunda resenha bem emotiva que vejo desse livro. E a vontade de ler aumenta mais e mais.
ResponderExcluirKathy pode até ser um pouco chatinha mas super entendo esse apego e vontade de conhecer essa Carol jovem e livre curtindo a Itália.
Um Verão Italiano com certeza vai ganhar status de prioridade alta na wishlist
Olá
ResponderExcluirÉ uma coisa tão complexa e alguns leitores reduzir isso dizendo que a protagonista é chata me parece um pouco errado.
Tem alguns livros que não fazem chorar, porém toca fundo os leitores.
Naty!
ResponderExcluirAcredito que o tero psicológico dolivro deve ser profundo, afinal,conhecer sua mãemais jovem, após estar morta e se tornarrem amigas, é de mexer com a mente de qualquer um.
Sem contar que fiquei curiosa para saber como tudo isso acontece.
cheirinhos
Rudy
Quem não é chato que atira a primeira risada(sarcástica) é claro rs
ResponderExcluirEu li sobre esse livro tem poucos dias e mesmo sendo um gênero que eu não leia com frequência, isso do luto, da perda, do recomeçar mesmo com tanta dor, me chamou a atenção!
Com certeza se tiver oportunidade, quero conferir sim!
E quem sabe, me emocionar!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Olá! Como uma manteiga derretida assumida, confesso que só a resenha já me deixou bem emocionada. A história toda parece trazer uma gama de emoções imensa né! Fiquei curiosa e aqui cheia de teorias de como esse reencontro foi possível, o jeito é conferir para descobrir se eu cheguei ao menos perto.
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