Quer a continuação? Leia o livro.... (rsrsrs). Pauta para o blogueando. Tema: Apenas o primeiro capítulo.
Com as malas prontas, desci as escadas. A cada passo que dava, um pedaço de mim era jogado pelos degraus, completando minha chegada até ele, porém, somente com os resquícios de uma alma sofrida.
Um beijo longo e caprichado foi dado. Axels beijou-me com a alma e pude sentir sua dor em cada movimento que ele fazia. Pela primeira vez o vi chorar. Desmoronou-se em lágrimas e as nossas foram encontradas, enquanto a face dele roçava na minha.
- Nossos momentos estarão presentes em minhas lembranças. Não me deixe aqui sem notícias suas – ele falava, gaguejando e soluçando, enquanto seus olhos eram escondidos pelas gotas amargas da tristeza constante que se petrificava em sua face.
- Por onde quer que eu vá vou te levar para sempre. O que passamos está aqui – eu falava, colocando a mão em meu peito – e nada, nem o maior vendaval será capaz de varrer as lembranças que tivemos. Meu corpo encontrou a verdadeira vida quando encontrou a sua alma e, sem ela, voltarei ao poço da solidão e da vida inerte que tive. Você é a diferença que me completa! É por isso que te levo aqui no meu coração, aonde quer que eu vá, e voltarei para viver ao seu lado para sempre.
Um fio de riso foi visto nos lábios de Axels e mais um beijo foi dado, dessa vez mais intenso, querendo arrancar-me os lábios para senti-los durante a minha ausência.
- Eu te levo... Te levo aqui comigo, mas voltarei para deixar de ser a pobre mortal que me torno sem a sua presença constante ao meu lado.
Grande tormento que me assolas... Teus artefatos não passam de uma mera fantasia para a minha tristeza.
O sonho que tenho vai além de uma utopia constante de uma felicidade eterna, somente com a tua ausência. Que seja com a tua presença também, mas não tão frequente como assim o é.
Tu és minha companheira de todos os dias, de todas as ocasiões, das reflexões e principalmente daqueles momentos que ficam depois das despedidas entre as pessoas.
Os olhares íntimos e internos que ninguém tem a capacidade de enxergar em mim, você consegue captar.
Refugio-me em ti, com meu silêncio contínuo, e me embriago com a bebida das consequências que tua presença me causa.
Um dia você vai, mas sempre resolve voltar, nem que seja apenas para dormir comigo ou trazer-me inspiração para escrever.
Tua companhia não é o mesmo que uma respiração ou doces palavras ao pé do ouvido.
Por isso peço-te que me deixes. Deixe-me por um tempo e não queira voltar. Não tenha pressa para ter a minha presença novamente. Volte quando eu quiser escrever ou quiser chorar ao seu lado. Mas não me procure, deixe que eu te chame.
Enviaria um beijo a você, mas não tens um rosto para que pudesse sentir.
Desejaria paz em seu coração, mas não tens um. Existe apenas um grande vácuo no lugar dele.
Então despeço-me pedindo que fuja para bem longe. Não queira habitar em mim enquanto tiver pessoas ao meu redor.
A minha dor, quando estou com você, é pior do que um doce tormento.
Procure alguém que te queira. Eu não!
Amo-te? Não, não... Apenas aprecio alguns instantes ao seu lado: quando estou a observar a vida. Mas enquanto vivo-a, prefiro amar a doce companhia de pessoas e ser feliz, sem sentir o gosto amargo das intempéries que você me causa.
Para você, solidão...
Que consome minha vida destruindo os resquícios da minha alma.
Bob sempre ficava ali na sala, parado, observando os movimentos e com o jornal preso em sua arcada dentária e entregar somente para mim. Tomei-o em minhas mãos e logo no início estava estampado a seguinte frase: "Ele não morreu!"
Ansiosa para saber de fato sobre a informação: sentei no sofá e no mesmo instante em que lia, a notícia arrepiou a epiderme, mudou todo o sistema estomacal e o susto invadiu-me totalmente.
Abri então na página que esclarecia a notícia e lá informava exatamente assim:
Estima-se que Michael Jackson inventou sua morte porque estava com problemas graves de saúde e não queria cancelar ou adiar os shows informando aos fãs de uma possível doença, estava envergonhado com toda situação.
Cansado de se esconder das câmeras e da sociedade, Jackson resolveu se 'entregar' e, para alegria dos fãs, ele voltará a fazer shows e sua próxima turnê será no Brasil, passando um mês, seguidos de mais dez dias de descanso no país, para visitar os pontos mais frequentados pelos turistas.
- Preciso te falar uma coisa, querida. - falou Patrick, no mesmo instante em que arrumava a blusa em Amy, que estava caída pelos ombros.
Os olhos daquela menina devoravam os dele, procurando descobrir o que ele tanto precisava dizer.
A ausência da conversa tomou conta do lugar e só podia se ouvir o som das ondas, cantando uma melodia para a revelação que seria apresentada.
- Diga, estou curiosa!
- É difícil de dizer, querida.
- Ora, papai, então por que começou?
- Calma, filha! O que eu tenho para te dizer é muito sério e desse dia em diante não serei mais o mesmo.
- Pode começar, papai! "Tô" aqui para te ouvir.
- Te trouxe aqui porque é o seu lugar preferido para conversar e quando você era bem pequenina, sempre te trazia aqui e a gente ficava pegando as conchas do mar. Sempre sentávamos bem aqui, onde estamos, e, no final da tarde, começávamos a contar quantas pegamos.
- Eu me lembro, papai. Você corria atrás de mim, juntos caíamos na areia e você fazia cócegas até que eu devolvesse as conchas que peguei das suas mãos - ela falava, complementando com um sorriso afável.
- Isso mesmo, querida. Minha vida se resume nesses momentos com você.
- Agora diga, papai.
- Você sabe como eu e sua mãe estamos, não sabe? Pois então... Os momentos que passamos juntos já não existem mais. A aliança entre eu e sua mãe foi rompida pela intempérie que passamos. Nós estamos nos separando.
- Não, papai. Nãããão...!
As lágrimas foram transparecendo e o desespero era notório, naquela pequena face. Grossas lágrimas caíram dos seus olhos, enquanto engasgada, dizia:
- E nós, papai? E nossos momentos? Não quero ficar longe de você, mas eu amo a mamãe.
- Minha vida se resume no que eu passei com você, filha.
- Mas não, não papai! Não quero que nossas vidas sejam cortadas.
- E não será, filha. Não será! Só estou saindo de casa, mas você poderá me ver quando quiser.
Os braços finos e frágeis foram protegidos pelos grandes e acolhedores de seu pai. Os soluços foram ouvidos e as lágrimas secadas pelas mãos fortes e firmes.
Ele pegou-a no colo e pôde sentir o medo e a tristeza através do batimento cardíaco da sua filha que ele, por instantes, precisava renunciar para não ter que viver no desgosto de uma pessoa que não tinha amor dentro de si.
Patrick levantou e com a filha ainda no colo, aproximou-se do mar querendo que as águas cristalinas molhassem seus pés e limpasse sua alma ferida.
Estava vindo em sua direção para entrar na sala de aula. Ergueu seu olhar e deparou com os dela, fixos, ao vagar por uma vasta dimensão naquele par de olhos verdes, mas pouco transmissor de ideias.
A pouca comunicação durou longos instantes. Ele, novamente, abaixou sua cabeça, colocando o dorso de sua mão no rosto, envergonhado e prosseguiu seus passos.
Há tantos meses ela estava ali, procurando um só motivo que o fizesse chegar nele, mas a vergonha, por ambos os lados, impedira tal ação.
Vermelha de vergonha, ela se aproximou dele e disse:
- Ei, você deixou cair isto aqui!
- Obrigado, mas acho que não é meu.
- É sim. Eu vi caindo do seu caderno enquanto passava por mim.
Ele pegou o papel em suas mãos e agradeceu.
Ela continuou lá, ainda parada, esperando que ele voltasse; achando que, por uma razão ou outra, aqueles passos voltariam em direção ao dela.
Ao desdobrar o papel, Taylor leu as palavras daquela garota que o admirava de longe.
Sem saber qual atitude tomar, ele olhou para trás e pôde notá-la fitando-o detalhadamente.
Envergonhado, ele não foi até ela, sentou-se na cantina da faculdade e voltou a ler aquelas palavras que penetraram seu ego; mas não foi o suficiente para inibir sua timidez.
Desconsolada ela partiu e enquanto virava as costas para descer as escadas... outra garota surgiu. Agora sentou-se na frente de Taylor e começou a conversar, tentando chamar a atenção dele. Mas dessa vez foi a vontade dele de querer partir e ir atrás da dona do bilhete, que moveu seu coração.
Ele assim o fez. Deixou-a lá e sem barreiras, sem medo, enfrentando sua vergonha, foi atrás da garota, tendo uma grande parte do seu interior sendo coberta pela timidez, mas não deixou que ela impedisse a sua felicidade.