Resenha: The heart of betrayal

17.2.17

Resenha: The heart of betrayal

Princesa Arabela Celestine Idris Jezelia voltou mais poderosa do que nunca. Forçada a viver entre os bárbaros de Venda – que descobriu nem serem tão bárbaros assim –, ela é nada mais que um troféu de guerra. Uma princesa estrangeira forçada a mostrar-se escrava de um líder manipulador, que usa de encenações para conquistar e manipular o seu povo. E quando o respeitado Komizar, líder do reino de Venda, decide que a quer a seus pés como uma demonstração de poder, Lia terá que escolher entre enfrentá-lo ou participar passivamente de suas dissimulações.

Nesta sequência vemos Lia se aproveitando dos sentimentos de Kaden para conseguir sobreviver a estadia forçada e também evitar qualquer avanço por parte do Komizar, se no primeiro livro aprendemos que Lia pode empunhar uma espada tão bem quanto um guerreiro da guarda real, neste aprendemos que ela pode manipular as pessoas como ninguém e que em uma batalha onde a inteligência tem mais valor do que a força física, a princesa possui vantagem.

Enquanto a princesa mantém status de troféu – e por isso, é bem tratada – Rafe é tratado como um prisioneiro, vigiado e trancafiado até que se comprove se o trunfo que o mantém vivo e dentro dos muros de Venda é verídico ou não. Sua verdadeira identidade pode ser descoberta a qualquer momento e ser reconhecido pode significar fim de linha para nosso amado príncipe.

Juntos, Lia e Rafe precisam arranjar uma forma de escapar ilesos do reino que mais parece uma fortaleza ao mesmo tempo em que fazem descobertas capazes de destruí-los e aos seus reinos. Aceitar e usar o dom pode ser a única forma de escapar dessa enrascada e salvar os reinos remanescentes.

The heart of betrayal foi muito aguardado por mim, tanto que pela primeira vez comprei um livro em pré-venda tamanha era minha ansiedade. Me encantei pelo protagonismo feminino que é característico nas Crônicas de amor e ódio e também um dos seus maiores diferenciais. Em The kiss of deception fui cativada pela garra de Lia, sua lealdade aos irmãos e a amiga Pauline e sua obstinada busca pela liberdade de escolher o próprio destino. Tudo isso se repete no segundo livro, com uma única diferença: Lia já sabe o que quer e fará de tudo para conseguir.

Vendo a forma como Lia enfrentou e contornou todas as adversidades que surgiram no reino de Venda e como Rafe se arriscou tanto para estar junto dela, senti que valeu a pena toda a espera. The heart of betrayal não apresenta uma narrativa muito romântica, o amor está representado em pequenos gestos e ações e o amor desses dois é um dos mais bonitos que já vi nas páginas de um livro. Isso ficou bastante evidente com o final que foi de parar o coração e que deixou essa leitora aqui sem respirar por alguns segundos, emocionada por ter lido o livro e triste por saber que teria que esperar meses pela leitura. Lia tem uma mensagem importante para passar a todos e merece ser lida e reverenciada como uma rainha.

A Darkside divulgou que ainda esse semestre irá publicar The beauty of darkness, então podem ler sem medo que a angústia pelo terceiro livro não irá durar muito tempo. Leiam, se apaixonem e voltem aqui para me dizer o que acharam.

"As regras da razão constroem torres que vão além da copa das árvores. As regras da confiança constroem torres que alcançam além das estrelas."

Autora: Mary E. Pearson

Editora: Darkside Books

Páginas: 402

Ano: 2016