Ainda lembro de quando eu era pequeno e só podíamos entrar na internet de madrugada, e fazia o maior barulho. Ou até antes quando a maior diversão era ficar na rua, jogando bola, esconde-esconde e outras brincadeiras do tipo. Já hoje em dia a maioria da diversão das crianças se resume a celular, vídeo game e outros brinquedos eletrônicos. Mas agora imagine se eles resolvessem se virar contra você e tornar toda a humanidade os seus brinquedos? Pois, bem, em Robopocalipse é exatamente o que acontece, a tão temida revolução das máquinas, ou no caso, DA, máquina.

“Quando uma inteligência artificial chamada Archos conclui que os seres humanos são descartáveis, ela toma conta de toda forma de tecnologia on-line. Para detê-la, a humanidade deverá fazer algo que jamais foi tentado antes: unir-se por um objetivo em comum.”

A ideia é muito boa, apesar de não ser original. Já vimos em vários filmes isso acontecer, seja em Matrix, Eu Robô ou Exterminador do Futuro. As situações que o autor traz para nós faz com que essa ideia tenha um ar um pouco inovador do que estamos acostumados, porém, infelizmente o livro não funciona. Primeiramente que ele já se inicia no fim da guerra contra as máquinas, ou seja, você já sabe que os humanos ganharam, não existe nenhuma surpresa para você no fim do livro pois você já sabe como termina. Partindo desse ponto, você leitor, pode acabar ficando sem vontade de ler, afinal, já sabe como termina, para que vai continuar? Mas tudo bem. Você pode querer ver como ele se desenvolve até chegar aquele ponto. Então vamos lá.


Depois da mini introdução o livro vai se dividir em cinco partes, sendo a primeira para contar como tudo se originou e os primeiros ataques. O segundo, o começo dos ataques dos Robôs. O terceiro, como os humanos se agruparam. A quarta, como começaram a resistência e, a quinta e última, a batalha final (que você já sabe como termina).

O problema é que essas partes e cada capítulo dela são contados como se fossem relatos, feitos por alguma câmera, algum relato de alguém, etc. E são curtos. Os primeiros capítulos servem para apresentar os personagens relevantes para a trama, tanto como o surgimento de Archos. E, a cada final de capítulo, existe uma transcrição da importância daquele personagem na guerra contra as máquinas.

Só que você só fica naquela transcrição de algumas linhas, porque para cada parte saltam meses e você já vê o personagem fazendo outra coisa. Um exemplo é que em determinado capítulo uma garotinha passa por uma situação (relaxem, não tem spoilers) e ela vai começar a aprender a utilizar aquilo. No fim do capítulo diz que ela ia começando a aprender e aquilo seria de grande importância para a guerra. Então na próxima parte do livro, no capítulo dela, ela já está lá sabendo tudo.


A questão é... Não existe desenvolvimento nenhum dos personagens nesse livro. É impossível não fazer uma comparação por exemplo com A dança da morte, de Stephen King, onde nele 99% da população morre devido a um vírus que é espalhado no mundo. Lá King conta desde o começo como o vírus se espalhou, como ele foi passando adiante, como afetou a população, o que eles fizeram, etc. Tudo muito bem desenvolvido. Enquanto isso aqui nos é mostrado saltos temporais em formas de transcrições que não acrescentam em nada.

O livro infelizmente para mim decepcionou legal. A primeira parte pode ser até legal, mas, quando você começa a perceber que aquilo ali não muda, ele se torna chato. E, devido a esse início e que a ideia em si do livro é muito boa, porém, o formato o qual foi passado muito ruim, eu dou 3 estrelas (estando mais próximo do 2,5 do que do 3,5).

Então, formate seu pc, coloque no modo de segurança e vá ver um dos 3 filmes que indiquei no começo. Abraço.

Título: Robopocalipse (exemplar cedido pela editora)
Autor: Daniel H. Wilson
Editora: Record
Páginas: 406
Ano: 2017

18 comentários:

  1. Achei legal a proposta exatamente por lembrar tanta coisa que já vi antes. Essas coisas de saltos no tempo podem ser estranhas, mas talvez acelere a coisa toda pra dar mais graça, sei lá. Ficar enrolando muito também desanima. Aí vai depender.
    Não é um livro que me deu vontade de ler de cara mas acho que iria gostar se pegasse.

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    1. Olá Cristiane. Nesse caso achei que o principal problema foi a falta de desenvolvimento dos personagens. Não existiu, não dava tempo você se conectar com nenhum ou quase nenhum deles. Mas quem sabe? kkkk Se um dia pegar para ler me diz o que achou =D.

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  2. Que pena que você não curtiu. Gosto é muito pessoal mesmo, já recebi feedbacks ótimos a respeito desse livro. Eu não gosto muito de ficção científica, mas essa pegada de rebelião das máquinas eu curto.
    Não leria o livro no momento porque não estou na vibe, mas um dia darei uma chance e espero curtir.

    Beijocas
    - Tami
    http://www.meuepilogo.com

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    1. Olá Tamires.

      Verdade, achei que fosse gostar mas acabei me decepcionando um pouco. Gosto realmente é uma coisa louca, sempre tem aqueles livros que todo mundo gosta mas outra pessoa não, ou o contrario, todo mundo odeia mas aquela outra pessoa adora kkkk. Por isso que digo que mesmo vendo uma critica negativa, que leia o livro para dar a própria opinião.

      Dê uma chance sim, e me diga o que achou =D.
      Beijos =*

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  3. O fato de tu não ter curtido me deixou com mais vontade de ler hahaha. E como já viu os 3 filmes citados vou me aventurar nessa. Nem que seja pra falar mal depois 😂
    Beijo

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    1. Olá Kéziah.

      kkkkk Pois faça isso. Quero saber sua opinião depois kkkkkk

      Beijos

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  4. Oi Fábio, tudo bem?
    Acho tão chato quando um livro não desenvolve os personagens. :( E achei estranha a decisão de contar o final primeiro. É como se fosse spoiler do próprio livro hahaha!
    Beijos,

    Priih
    Infinitas Vidas

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    1. Olá Priscilla

      Pois é, já começa o livro tomando spoiler do próprio livro. Pode isso? kkkk
      Não sei não viu, vai entender kkkk E o desenvolvimento dos personagens achei muito pouco.

      Bjs

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  5. Oi Fábio, puxa que pena, a premissa é tão boa, mas pela resenha parece que será um tipo de livro que vou morrer de tédio hehehehehe melhor deixar passar!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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    1. Ola Mi

      Olha, prefiro recomendar para você Carbono Alterado. Em breve tem resenha. Fica ligada.

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  6. já eu amei o livro, a ideia em si é muito boa e adorei a forma dos capitulos serem escritos como relatos cursos. eu me envolvi demais em todos os momentos da trama.
    http://dose-of-poetry.blogspot.com.br/

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    1. Olá Carla.

      Isso é bom. Gosto quando tem resenhas tanto boas como ruins. Porque aí o público acaba tendo que decidir por ele mesmo. Porque as vezes quando uma pessoa ve uma resenha ruim acaba desistindo logo, sendo que pode ser algo que ela acabasse gostando.

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  7. Fábio!
    Gosto demais de livros de ficção, principalmente quando tem robos e tecnologia envolvida, porque fica tão próximo da nossa realidade, não é mesmo?...
    Mas, diante de suas ressalvas, o livro dá a impressão de ser raso e sem grande desenvolvimento dos fatos e/ou explicações e ler um livro de ficção assim, será que tem graça?
    Desejo uma ótima semana, cheia de luz e paz!
    “Que o novo ano que se inicia seja repleto de felicidades e conquistas. Feliz ano novo!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!

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    1. Olá Rudynalva

      Eu sinceramente achei o livro muito fraco. Não fui o único mas tambem existem muitas resenhas boas. Esse é aquele livro que não tem jeito, só lendo para tirar as próprias conclusões.

      Bjs

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  8. Gosto de historias que envolvem máquinas e que elas criam seus ideais, todo o desenvolvimento é interessante, pena que esse não foi, achei estranho logo no começo já saber quem ganha a guerra e tudo mais, isso estraga a expectativa do leitor quanto ao que vai acontecer, confesso que esperava mais desse livro.

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  9. Oi, Fábio!
    Nossa esse livro tinha tudo para dar certo mas sem um desenvolvimento na história fica complicado até compreendermos a fundo o que realmente acontece na história.
    Bjos

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  10. Pela premissa é uma historia muito boa, mas pela resenha acho que não vou gostar muito, simplesmente pelo fato dele começar pelo final. Eu adoro suspense, e não existir nenhuma surpresa para o final acaba quebrando o encanto pra mim.
    Bjos!!

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  11. A premissa é muito boa, acho que trás uma reflexão de até onde deixaremos as maquinas e a tecnologia nos levar. Mas senti que a leitura talvez seja um pouco monótona demais, caminhando a passos lentos e como você disse sem muito desenvolvimento. É uma pena

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