Herdeiras do Mar - quotes

Olá, leitores. Tudo bem?

Hoje preparei para vocês trechos do livro “Herdeiras do Mar”. Para conferir a resenha, basta clicar aqui

“Já faz quase dois meses que ela está presa, mas ali o tempo se move dolorosamente devagar. Ela prefere não se lembrar do que sofreu, do que eles a forçaram a fazer, do que a obrigaram a ser. Em casa, ela era outra pessoa, outra coisa.”

“Hana tem dezesseis anos e não conhece nada além de uma existência vivida sob a Ocupação. O Japão anexou a Coreia em 1910, e Hana fala japonês fluente, estuda a história e a cultura japonesas, mas é proibida de falar, ler ou escrever em coreano, sua língua nativa. Ela é uma cidadã de segunda classe em seu próprio país, com direitos de segunda classe, mas isso não diminui seu orgulho em ser coreana.”

“Hana sabe que proteger a irmã significa mantê-la afastada dos soldados japoneses. Sua mãe infundiu nela a lição: Nunca deixe que eles vejam você! E, acima de tudo, nunca fique sozinha com um deles!”

“Hana se sente incapaz de consolá-las. Histórias dos aldeões emergem em sua mente. Uma vez que são levadas, as meninas nunca mais voltam para casa. Seus pais enlutados não recebem nenhuma espada com palavras de apreço. As meninas desaparecem. Só rumores chegam aos lares, rumores que não podem ser compartilhados com as crianças que ficaram.”

“Keiko conduz Hana ao interior do bordel e escada acima, e depois a deposita no quarto onde morreu a garota que um dia ela foi.”

“Hana fecha os olhos. Ela está infectada? São os soldados que trazem as doenças para o bordel. Todas as garotas chegaram aqui limpas e inocentes. São os soldados os monstros infectados, a razão pela qual as garotas são submetidas a check-ups médicos humilhantes e recebem injeções de químicos tão pesados que seus braços às vezes incham e ficam dormentes. Esse soldado é o infectado.”

“'A pena é uma forma de gentileza', diz Keiko com a voz magnânima. 'Cada uma de nós merece pena, mas ninguém nessa terra abandonada tem a compaixão de nos dedicar esse tipo de gentileza. Então estamos presas aqui nessa humilhação, sendo torturadas dia após dia. Não nos resta nada a não ser compartilhar entre nós a menor gentileza que tivermos.'”

“Sua mãe acendeu um lampião a óleo e o colocou no chão. Então ela abriu a bolsa e tirou uma flor. Era um crisântemo, um símbolo de luto para os coreanos. O emblema imperial japonês era o crisântemo amarelo, um brasão que simbolizava o poder da família imperial. Emi já tinha se perguntado o que viera antes, o símbolo de poder ou o de luto.”

O que acharam dos trechos? Recomendo a leitura!

4 comentários:

  1. Cada quote do post, foi além de uma reflexão, um pequeno punhal no coração....

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  2. Oi, Ingrid! Estava ansiosa por essa postagem desde que acompanhei a resenha. Quero muito ler Herdeiras do mar. Os trechos trazidos mostram bem toda a dor contida nessa história. O quarto e o sexto são impactantes.

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  3. Cada quote mais impactante do que o outro, difícil escolher qual mexeu mais comigo.O livro traz uma história real de muita dor , crueldade, sofrimento.

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  4. Olá! Mas gente, agora fiquei ainda mais interessada em relação a leitura, na verdade a resenha em si já tinha feito um belo trabalho em aguçar meu interesse, pelo tema tão forte que a história aborda, agora lendo um pouquinho do que eu vou encontrar, mesmo sabendo que terei que separar uns lencinhos, sei que vai valer muito a pena.

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