Que eu amo suspense não é novidade para ninguém. Adoro sentir a sensação de tentar desvendar o que está acontecendo, principalmente quando isso envolve investigação criminal. Pistas submersas tem isso, é claro.
Tudo acontece em Doggerland, uma nação formada por grande extensão de terras. Atualmente, a maior parte submersas, das quais restaram apenas três ilhas, localizada em algum lugar entre o Reino Unido e os países nórdicos. É lá que Maria Adolfsson cria o cenário dessa história.
Aconteceu um festival das ilhas de Doggerland, norte da Escandinávia. Porém, o problema não foi só o evento em si, pior de tudo foi o dia seguinte em que algo provavelmente aconteceu. Aliás, sempre acontece alguma coisa em eventos grandes assim, não só em livros, não se engane.
Nesse dia seguinte, a detetive Karen Hornby acorda em um quarto de hotel com uma baita ressaca, mas não maior que os arrependimentos da noite anterior. Na mesma manhã, uma mulher foi encontrada morta, quase desfigurada, em outra parte da ilha. As notícias daquele crime abalam a comunidade. Karen é encarregada do caso, algo complexo pelo fato de a vítima ser ex-esposa de seu chefe. E é aí que tudo dá um nó em nossa cabeça e ficamos sem saber o que Karen vai fazer, o que seu chefe vai fazer, afinal, era ele quem estava no quarto com ela. Ela era o seu álibi, já que o ex é sempre o principal suspeito da morte da esposa. Correto? E então mais um motivo para o livro pegar fogo e nos prender.
O grande problema de Karen é que ela não podia contar a ninguém dessa noite, já que era O chefe, né? E além do mais, ele foi casado com a vítima, então o que ela poderia fazer? Nada, além de ficar com o bico calado e torcer para conseguir provar a inocência dele, já que as chances de fazer isso eram mínimas, se você analisar que existe um álibi, mas não pode ser utilizado.
Karen começa a seguir as pistas, que vão desenrolando um novelo de segredos há muito tempo enterrados. Talvez aquele evento tenha origem na década de 1970... Talvez o seu desfecho esteja relacionado a um telefonema estranho, naquela primavera. Ainda assim, Karen não encontra um motivo para o assassinato. Mas, enquanto investiga a história das ilhas, descobre que as camadas de mistérios daquelas terras submersas são mais profundas do que se imagina.
Talvez o maior problema que passei lendo esse livro, e único, seja o fato de não ter engrenado na leitura logo de cara. Não sei se foi porque eu estava de ressaca literária, pode até ser; mas acredito que o início seja um pouco lento, ainda que tenha esse baita acontecimento logo de cara. Vi algumas pessoas comentando isso também, então não sei precisar se foi a ressaca, porém, acho que contribuiu. No mais, quando você pega o pique não vai conseguir parar até descobrir o que de fato aconteceu. E tem um baita de um plot twist que me enganou direitinho. Recomendo!
Título: Pistas submersas (exemplar cedido pela editora)
Autora: Maria Adolfsson
Editora: Faro Editorial
Páginas: 368
Ano: 2020
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