Olá, leitores. Nós preparamos uma postagem com os melhores livros lidos por cada um durante esse ano e seus respectivos quotes, é claro. Para mim não foi um ano tão produtivo no quesito leitura, mas espero que para vocês a coisa tenha sido diferente.
Vamos lá? Preparem o papel e a caneta, pois as indicações são ótimas e para todo gosto.
No começo do ano finalmente dei início a série da Roda do Tempo, uma série de fantasia épica com simplesmente 14 livros (6 lançados aqui no Brasil por enquanto). O livro me ganhou logo de cara, com personagens incríveis, tanto masculinas como femininas, uma história muito envolvente e várias referências ao O Senhor dos anéis sem deixar de ter sua própria identidade.
Mas, o melhor de tudo, é que apesar do primeiro livro ter feito eu me apaixonar de cara, a sua continuação conseguiu elevar isso a outro patamar. A história é simplesmente impossível de largar, com um final que deixa qualquer sujeito de boca aberta. A grande caçada é um livro digno de grandes adaptações cinematográficas (não é em vão que A Roda do Tempo vai virar série de TV). É um livro que recomendo para todo mundo e foi impossível para outro livro superá-lo.
"Alguns homens [...] escolhem buscar a grandeza, ao passo que outros são forçados a ela. É sempre melhor escolher do que ser forçado. Um homem que é forçado nunca é inteiramente senhor de si, precisa dançar de acordo com os cordéis de quem o forçou" (p. 274)
Fernanda (Almas gêmeas)
Eu criei uma expectativa muito grande quando soube do lançamento desse livro e confesso que por vezes temi ficar frustrada. Mas tio Nicholas nunca decepciona e me presenteou com essa obra maravilhosa e completa.
Almas gêmeas não foi meu melhor livro do ano apenas por ser do meu autor favorito, mas por me despertar várias emoções e me fazer refletir sobre muita coisa sobre a vida. Eu terminei essa leitura engasgada e confesso que há muito não sentia o que essa leitura me proporcionou.
"– Uma das coisas maravilhosas em relação a uma folha – disse ele – é que ela nos lembra de viver da melhor maneira possível pelo máximo de tempo possível, até enfim chegar a hora de se soltar e se permitir sair de cena flutuando com leveza." (p. 38)
Marcos (À espera de um milagre)
Esse ano foi bem diferente para mim. Li uma quantia de livros que jamais sonhei em ler no período de um ano. Foram 62 livros. Sete do mestre Stephen King, dentre eles a releitura do meu preferido “A dança da morte”, mas também teve Edgar Allan Poe, teve Douglas Adams, Paulo Coelho, Asimov, Bram Stoker, Lewis, Vianco, Ariano Suassuna, enfim… uma infinidade de leituras maravilhosas. Sem contar que adquiri um forte gosto por não-ficção e li três livros maravilhosos: um sobre o ano de 1968, um sobre a história das invasões sobre Roma e o último sobre o Holocausto. Além de muito sci-fi. Porém, nem tudo foi um mar de rosas. Tudo isso aconteceu por causa de um acidente que eu sofri, me machuquei, precisei fazer uma cirurgia e ficar pelo menos três meses de cama. Logo, sem trabalhar é igual a ler muito. Este ano também foi bom porque ganhei meu primeiro sorteio: quatro livros da Dark Side.
Como eu disse, foram muitas leituras e graças a Deus a grande maioria foi muito boa, então fica difícil escolher um único livro para ser eleito o melhor do ano. Mas, para não perder o costume, elegerei a minha melhor leitura do ano, o livro À espera de um milagre, do Stephen King. É um livro lindo, muito longe do terror habitual que as pessoas tanto têm medo, e que precisa ser lido, independente do gosto literário de cada um.
- “Você fala, garotão?
- Sim, senhor, patrão, falo.
- Seu nome é John Coffey.
- Sim, senhor, patrão, como o que se toma com leite, só que não se escreve do mesmo jeito.
- Então você sabe soletrar, é? Ler e escrever?
- Só meu nome, patrão” (p.29-8)
“Brutal estava olhando para mim, a sobrancelhas erguidas, imóveis, a máscara nas mãos. Seus olhos indicavam que a decisão era minha, que eu faria o que decidisse. Pensei o mais rápido e o melhor que pude, mas era difícil com a cabeça latejando como estava. A máscara era uma tradição, não era lei. Na verdade, ela se destinava a poupar as testemunhas. E, de repente, decidi que elas não precisavam ser poupadas, não dessa vez. Afinal de contas, John não tinha feito uma única maldita coisa na vida para merecer morrer com uma máscara. Eles não sabiam disso, mas nós sim, e resolvi que lhe ia conceder seu último pedido” (p.377).
Sissi (Crônicas dos Mortos)
Ah, que TODO MUNDO estava esperando que eu fosse confessar isso, não é mesmo?
Impossível chegar aqui e não reafirmar que As crônicas dos mortos, do Rodrigo de Oliveira, foi o melhor que eu li esse ano. Poderia falar de vários outros livros internacionais ou mesmo nacionais, mas eu quis muito sair do looping de romance que sempre acabam me atraindo. E essa saga fez exatamente isso comigo.
Narrado com maestria, destruindo cidades que eu conheço e amo, arrasando com os personagens aos quais me apeguei… Caminhar ao lado de Ivan e Estela e depois dos seus descendentes me fez suspirar de emoção e reafirmar que muitas vezes os verdadeiros monstros são os seres humanos.
"A raça humana tem demonstrado ao longo dos séculos uma imensa capacidade de resistência, de adaptação aos cenários mais desfavoráveis." (O VALE DOS MORTOS)
"O inferno, naquele momento, sem dúvida explodia em festa. O Anticristo agora caminhava pela Terra. O profano finalmente havia sido desencadeado" (A BATALHA DOS MORTOS)
"Não creio que o destino esteja escrito, Ivan. Acho que nosso futuro é apenas os resultados de nossas escolhas, simples assim." (A SENHORA DOS MORTOS)
Natalia (Segredo de sangue)
Diferente do Marcos, li pouquíssimos livros, infelizmente. Fiquei bastante em dúvida na hora de eleger qual livro foi o melhor: Segredo de sangue ou Matem o presidente. Na verdade, este não ganhou por pouco. O desfecho me incomodou e fez com que Segredo de sangue merecesse destaque.
Ele nos apresenta a história de dois assassinatos e, num primeiro momento, pensamos que não há ligação entre eles, todavia, é aí que estamos enganados. Completamente enganados. É necessário apenas pensarmos um pouquinho mais, lermos adiante e teremos respostas, afinal, Cassandra Coyle e Timothy Mcdougal foram assassinados de forma cruel; seus corpos foram encontrados mutilados.
Cassandra tinha apenas 26 anos quando foi encontrada morta na cama de seu quarto com os dois globos oculares arrancados e deixados na palma de sua mão esquerda. Já Timothy tinha 25 anos e foi encontrado morto na véspera de Natal num píer com três flechas enfiadas em seu peito.
Eu não conhecia a escrita da Tess, mas já ouvi muitos elogios a respeito. E não se enganem, pelo fato de ela ser médica e narrar coisas bem técnicas, a história não se torna cansativa, pelo contrário.
Cassandra tinha apenas 26 anos quando foi encontrada morta na cama de seu quarto com os dois globos oculares arrancados e deixados na palma de sua mão esquerda. Já Timothy tinha 25 anos e foi encontrado morto na véspera de Natal num píer com três flechas enfiadas em seu peito.
Eu não conhecia a escrita da Tess, mas já ouvi muitos elogios a respeito. E não se enganem, pelo fato de ela ser médica e narrar coisas bem técnicas, a história não se torna cansativa, pelo contrário.
“Monstros podem aparecer em diferentes formas e tamanhos, e os mais perigosos são aqueles que passam insuspeitos, aqueles em que se acha que pode confiar.”Contem pra gente qual foi a melhor leitura de vocês. Nos encontramos nos comentários.