Um forte aliado do ser humano durante a quarentena dessa pandemia, com certeza, são os Streamings de televisão. Clássicos (para não chamar de velhos) e recentes cravam uma batalha de egos com o objetivo de acomodarem-se na casa ou no celular de vocês, caros leitores. Com isso, buscam sempre melhorar a qualidade das publicações, das imagens, cada vez mais Ultra HD, de modo a aumentar a aceitação do público.
Mas afinal, qual está sendo o melhor?
A Netflix chegou como quem não queria nada, com publicações de séries e filmes que passavam na Sessão da Tarde e evoluiu de forma satisfatória, acolhendo séries de fama mundial. Com o passar do tempo descobriram que era possível produzir os “Originais Netflix” e de fato lançaram ao público produções que bateram recordes de audiência (?).
O negócio é que a Clássica HBO já tinha um acervo gigantesco e deu um tiro certeiro quando produziram Game of Thrones.
A novata Amazon Prime Video tem trabalhado duro para se manter no mercado (Trabalhar duro no sentido de lançar grandes produções a ponto de bater de frente facilmente com as duas outras concorrentes).
Ainda nesse mundo sobra a Fox, mas que agora vem seguindo um caminho diferente. Recentemente a Disney lançou seu próprio canal de streaming e aproveitou que não estava fazendo nada, vamos ali libertar uns escravos, e decidiu comprar os Canais Fox. Com isso, não se sabe ao certo que rumos tomarão os app da Fox, até porque isso também implica nos canais ESPN, que, ontem, descobri, eles também televisionarão filmes e séries.
E mais recente ainda, entrando no mercado competitivo de streamings, temos a StarzPlay, que esse que vos escreve, infelizmente, não tem conhecimento nenhum do conteúdo por eles produzido.
Além disso, tem a Globo Play, que tem muito mais do que novelas e séries próprias, porém eu nunca tive interesse nem curiosidade em conhecer.
Portanto, neste post, focaremos apenas nos três mais conhecidos pelo público (ou por mim haha).
Por onde começamos?
Com o objetivo de aumentar a concorrência, todos esses aplicativos de streaming dão a oportunidade de conhecer o sistema, as comodidades do app e fazer um teste grátis por um período de tempo. Esse período, lógico, varia de app pra app.
Dando um passo para trás, a Netflix retirou do Brasil, desde o dia 03/12/2019 o teste grátis para novos usuários. Isso já havia acontecido muito antes em outros países lá para as bandas do Reino Unido e América Latina. Com isso, os novos assinantes terão que se contentar em pagar o primeiro mês uma parcela que, diga-se de passagem, só vem aumentando.
Nesse quesito, mantendo-se à frente da Netflix, a HBO GO mantém o teste grátis de 7 dias para qualquer pessoa. Basta baixar o aplicativo e seguir os passos como se fosse de fato comprá-lo. Sim! É necessário informar um número de cartão de crédito.
Porém, antes de comprar o aplicativo você é direcionado a essa semana livre de custos. Depois disso, dois dias antes de vencer a prestação de serviço gratuita, a tua loja de aplicativos te envia um e-mail avisando que o teste grátis está acabando. A partir daí, se você quiser cancelar a assinatura, basta ir no setor de assinaturas da tua loja de aplicativos e fazer o cancelamento. O teste grátis continua até finalizar os 7 dias, mesmo você cancelando a assinatura antes do prazo.
Caso você opte por manter a assinatura, não precisa fazer nada. Ao expirar os 7 dias de teste, a compra é feita automaticamente e faturada no teu cartão.
Mantendo vários passos à frente da HBO e, principalmente, da Netflix, a Amazon Prime te dá 30 dias de teste grátis. O processo é o mesmo descrito acima. Você faz a compra e eles te dão a oportunidade de testar gratuitamente por esse período. Depois, caso você queira cancelar, basta procurar a tua loja de aplicativos.
A Netflix há muito tempo vem deixando de lado a compra de materiais produzidos por outras empresas. Atualmente sua maior produção tem sido os famosos “Originais Netflix”, o que vem se mostrando um diferencial bastante positivo. Nos últimos meses tivemos bastantes coisas ótimas, a começar pelas séries “The Witcher” e “Carbono Alterado”. Sem contar a produção da tão querida “Stranger Things”. E podemos passar por “A maldição da residência Hill”, “The Ranch”, “Narcos” e dos sucessos atuais “Better Call Saul” e “Locke & Key”.
Nesse quesito a HBO já teve seus tempos de glória, mantendo sua fama por conta de “Game of Thrones”, uma série que, infelizmente, chegou ao fim. Porém, uma coisa que particularmente me agrada muito, é que o streaming em questão é grande produtora de séries e filmes que retratam temas históricos, principalmente sobre a Segunda Guerra Mundial. “Band of Brothers” é uma dessas séries. A série conta com um elenco de primeira e narra a trajetória de um dos primeiros pelotões a descobrir os famosos campos de concentração da Alemanha. E o que falar da perfeita “Chernobyl”?
A HBO GO também é ótima em produzir dramas. Recentemente lançou “I know this much is true”, que não teve tradução para o Brasil. O drama é estrelado por Mark Ruffalo, novo sempre Hulk, do universo Marvel.
Mantendo esse foco, a Amazon Prime não fica nem um pouco para trás.
Ela parece ser bastante fã de Neil Gaiman (coisa que eu não sou hahaha). Ela produziu “Good Omens” (que até é legal) e também “Deuses Americanos”, muito aclamada pelo público, mas que para este que vos escreve foi uma perda de tempo. Porém, ela também é fã de Philip Dick (emoji com olhos de coração). Em suas produções originais temos “O homem do Castelo Alto” e a recente “Sonhos elétricos”, uma série de dez episódios independentes, à lá “Black Mirror”.
Mas não para por aí. A produção de originais da Amazon é vasta e conta com um acervo de temáticas muito variadas. Ótimas séries para serem assistidas são “Jack Ryan” e “The Boys”. Há ainda quem indique “Carnival Row”, fantasia estrelada por Orlando Bloom e Cara Delevinge”.
Enfim, acredito que nesse quesito cada um dos streamings tem seu ponto positivo.
A Amazon Prime, porém, tem um ponto a mais. Ela tem direitos sobre animações e live actions da Disney.
Aí a Amazon Prime ganha de lavada.
A Netflix tem planos mensais que variam do Básico (R$ 21,90 – para 1 tela) até o Premium (R$ 45,90 – para até 4 telas simultâneas) sem limites de IP. Isso quer dizer que você pode logar em qualquer computador, tablet ou celular (com suas devidas vantagens e desvantagens, como ter ou não ter HD).
Já a HBO GO tem o plano mensal de R$ 34,90, que diminui conforme você aumenta o prazo de fidelidade. Na assinatura anual, o valor fica em R$ 290,00, pago de uma vez. Mas, se analisado, esse valor, dividido em 12 meses, fica R$ 24,16.
Porém, ele te dá a liberdade de escolher apenas três IP para logar e somente duas telas simultâneas.
Já a Amazon Prime tem o pacote mais barato, além disso, não existem planos. O valor pago sempre será de R$ 9,90 por mês. Caso você opte pela assinatura anual, você pagará R$ 89,90 (em uma única vez), ganhando 25% de desconto, o que seria a mesma coisa de pagar R$ 7,42 mensais. Entretanto, o streaming te dá a disponibilidade de 3 telas simultâneas, mas não te dá a opção de criar perfiz, como na Netflix, onde você pode criar até cinco deles.
A Amazon Prime, porém, é o streaming que traz muitos outros benefícios:
1) Você ganha frete grátis em todo site da Amazon. Geralmente você tem que comprar, pelo menos na parte de livros é assim, R$ 100,00 em produtos para ter frete grátis. Assinando a Amazon Prime você não precisa mais pagar frete. Inclusive, isso funciona durante os 30 dias grátis para teste (experiência própria);
2) Você terá acesso ao app Amazon Music, aplicativo de música semelhante ao Spotify, Deezer ou Youtube Music;
3) Algumas ofertas no site da Amazon são só para assinantes da Amazon Prime;
4) Alguns jogadores também conseguem muitos bônus em jogos e consoles.
Os três streamings em questão têm suas particularidades, mas também têm seus defeitinhos.
A HBO GO não marca onde você parou de assistir. Se você pretende parar um episódio ou um filme pela metade, precisa se atentar ao tempo decorrido, porque quando você voltar, não estará marcado. Ao contrário da Netflix e da Amazon Prime. Sem contar que é o app que mais trava.
Um ponto positivo para a Netflix é a qualidade da legenda (no sentido de visualização). Ela é maior e mais gordinha, como se estivesse em negrito, ao passo que as legendas da HBO GO e da Amazon são pequenas e no estilo “Closed Caption”, no que se refere à fonte. A diferencial da Amazon Prime neste caso é que você pode optar uma extensa paleta de cores para as legendas. Além disso, você pode colocá-las em um fundo que dê mais contraste. Isso, entretanto, prejudica a visualização do que se está assistindo.
Porém, os três streamings tem uma particulares em comum: os tradutores.
Talvez com o intuito de fazer com que o telespectador não perca a legenda, muitos tradutores acabam resumindo o que foi dito pelo personagem. Por exemplo, se num diálogo alguém diz: “Espero que na próxima semana você se saia melhor”, os streamings vão traduzir “Na próxima dá certo”. O problema é que, mesmo pensando dessa forma, muitas vezes as legendas passam muito rapidamente, e algumas vezes elas nem aparecem.
NO TRATO DO APLICATIVO
A Netflix talvez tenha o aplicativo mais fácil de manusear.
Mas o mais bonito, com certeza, é o da Amazon.
Eu não sei vocês, mas toda vez que eu estou assistindo a alguma coisa, tenho vontade de descobrir onde eu vi determinado ator.
O streaming da Amazon tem um sistema de contagem de cenas. Em cada cena, ele mostra qual música de qual banda está tocando, mostra a foto de quem são os atores presentes naquela cena, e ao lado da foto de cada um descreve os últimos trabalhos deles.
Os resumos e sinopses da Amazon também são melhores. Eu já deixei de assistir muita coisa na Netflix por não gostar da sinopse.
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Por fim, vale lembrar que em determinados comentários estou dando a minha opinião de usuário, de consumidor. É minha experiência com os streamings. Logo, é importante que cada um tenha sua própria experiência, e aquele período de teste grátis ajuda muito.
Porém, se analisarmos friamente a questão “custo-benefício”, principalmente para nós, compradores de livros, a Amazon será a melhor escolha.